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                          IEDI na Imprensa - País atrai mais recurso externo, mas investidor busca setores básicos

                          Publicado em: 23/10/2025

                          O Globo

                          Desafio do Brasil é diversificar destino do investimento estrangeiro, hoje concentrado em segmentos como os de energia e de mineração

                          Taís Hirata

                          O Brasil ampliou a atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas para o futuro da economia global. Porém, essa alta ainda é impulsionada por setores de recursos naturais, como energia e mineração. O valor destinado a indústrias avançadas - como as de veículos elétricos, baterias e semicondutores - está em queda, na contramão da média global. Os dados são de estudo da consultoria McKinsey.

                          Desde 2022, a média anual dos investimentos estrangeiros diretos no país avançou, no total, 67% na comparação com o período de 2015 a 2019 - considerando apenas projetos “greenfield” anunciados, ou seja, aqueles que criam nova capacidade produtiva no país. Já no setor de energia, esses investimentos avançaram 158,78% no mesmo intervalo, alcançando uma média anual de US$ 17 bilhões, cerca de 46,5% do total. Na categoria de indústrias avançadas, por outro lado, houve queda de 31,1% nos últimos anos, com média anual de US$ 2,9 bilhões.

                          Para Nelson Ferreira, sócio sênior da McKinsey, o Brasil deverá seguir atraindo investimentos ligados a commodities. “Em áreas como agricultura, energia renovável, o país tem competitividade muito forte. Há interesse em terras raras, em metais como cobre, ouro. Essas são áreas em que estrangeiros estão investindo. E tudo aquilo que depende de energia renovável, como data centers”, afirmou Ferreira.

                          Porém, na área industrial, ele ainda vê um desafio para ampliar a atração de recursos. “Condições macroeconômicas, como taxa de juros, tornam o retorno sobre o investimento difícil, especialmente em indústrias avançadas. No Brasil, a competitividade no setor industrial vem se deteriorando. O país precisaria passar por um novo ciclo de investimento em parque industrial, inteligência artificial, para retomar sua competitividade nesses setores mais estratégicos”, disse o sócio da McKinsey.

                          As barreiras para o avanço das indústrias avançadas são diversas, segundo Rafael Cagnin, diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). “O grande obstáculo é o custo de produção, que passa em boa medida por questões tributárias, mas não apenas. Há fatores como o custo de capital, a volatilidade cambial, que dificultam o cálculo do investimento estrangeiro”, afirmou Cagnin.

                          Os gargalos de escoamento logístico da produção são outro problema. “Principalmente nessas áreas estratégicas, a escala do mercado interno vai ser insuficiente para responder às necessidades, e o país têm um grande obstáculo de infraestrutura, o que reduz a competitividade. Além disso, seria bom haver uma estratégia mais clara de integração internacional. O multilateralismo passa por vicissitudes, mas acordos bilaterais precisam avançar”, disse o diretor do IEDI.

                          Outras preocupações nesse cenário destacadas por Cagnin são a necessidade de modernização dos marcos regulatórios e a penetração do crime organizado em atividades econômicas reguladas, fatores que também afastam investidores de fora.

                          A capacitação da mão de obra é outro aspecto que precisa avançar no país para viabilizar indústrias avançadas, segundo o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Roberto de Medeiros.

                          Ele avalia ainda que, para atrair aportes internacionais, é necessário também haver um desenvolvimento da tecnologia brasileira, o que é um grande desafio. “É preciso ter uma competência tecnológica mínima para ter sucesso na atração de investimento”, afirmou.

                          Por conta dessas dificuldades, especialistas acreditam que o Brasil vem desperdiçando uma oportunidade de aproveitar melhor seus potenciais naturais para desenvolver também a indústria local em setores estratégicos para a economia global.

                          Na categoria de indústrias avançadas, houve queda de 31,1% nos últimos anos, com média anual de US$ 2,9 bi

                          Venilton Tadini, presidente-executivo na Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), afirma que, no passado, na privatização da telefonia, o país já deixou de aproveitar a onda de investimentos e não conseguiu consolidar uma indústria local nessa área. Segundo ele, o mesmo se deu no setor de geração renovável, que recebeu um volume elevado de investimentos nos últimos anos.

                          “Infelizmente, não houve uma articulação adequada entre os investimentos no setor e a indústria local. Na parte fotovoltaica, os painéis são todos importados, é um efeito que devia ter sido voltado para dentro. Na geração eólica, algumas empresas até saíram do país”, disse.

                          Segundo Tadini, hoje a entidade setorial está formando um grupo de trabalho na área de data centers, para ajudar empresas locais a aproveitarem as oportunidades de novos projetos. “É uma oportunidade fantástica para o Brasil ser ator relevante global. Não podemos perder esse tipo de janela”, afirmou.

                          Apesar dos diversos desafios, os especialistas veem também avanços. Cagnin, do IEDI, aponta a reforma tributária e a existência de uma política industrial compromissada com a agenda de sustentabilidade como fatores positivos - embora, para ele, o ritmo do desenvolvimento ainda seja insuficiente.

                          O estudo da McKinsey também indica uma tendência global que, na visão de Ferreira, pode ser positiva para o Brasil: os investimentos diretos estrangeiros, no mundo, estão ampliando sua distância geográfica, porém, com cada vez menos distância geopolítica.

                          Com isso, apesar das turbulências de curto prazo, a postura historicamente neutra do Brasil no cenário geopolítico tende a ser positiva para o país, no atual contexto global, de acordo com o sócio da consultoria.

                          Nesse cenário, ele avalia que o país deverá ter uma diversificação maior na origem dos investimentos estrangeiros diretos, hoje bastante concentrados na Europa e na América do Norte. “Veremos cada vez mais projetos do Oriente Médio, dos Emirados Árabes, Arábia Saudita, China e Índia. Vamos ver novos investidores da Ásia, porque o centro de gravidade econômica hoje está na região e eles precisam dos recursos naturais do Brasil.”

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