Carta IEDI
A atividade econômica do país perdeu dinamismo no 3º trim/23, sobretudo devido a serviços e indústria, motivando algumas revisões para baixo no PIB estimado para 2023.
O déficit da balança comercial da indústria de transformação recuou mais intensamente no 3º trim/23, devido aos grupos de alta, média-alta e média-baixa tecnologia.
O quadro da indústria no 3º trim/23 seguiu sendo de estagnação, com deterioração mais intensa em macrossetores mais suscetíveis aos impactos adversos das elevadas taxas de juros no país.
Os dados mais recentes da UNCTAD mostram que o IDE global se retraiu em 2022, mas a entrada e investimentos no Brasil avançou fortemente, elevando nossa colocação no ranking mundial dos maiores receptores de IDE.
O Brasil e o mundo compartilham de um quadro de virtual estagnação de sua produção manufatureira em 2023, mas em relação a um ano atrás estamos piores.
Estudo de Dani Rodrik e outros pesquisadores indica motivos teóricos e evidências empíricas em favor da política industrial e caracterizam as experiências recentes no mundo.
A contar por jul-ago/23, o nível de atividade econômica do 3º trim/23 poderá ser mais fraco, em função de quase todos os grandes setores econômicos, inclusive a indústria.
A indústria brasileira conseguiu crescer na passagem de jul/23 para ago/23, ajudada por base baixa de comparação e sem se distanciar muito da estabilidade, como tem sido a regra em 2023.
Estudo do IPEA analisa um conjunto de instrumentos de compras públicas que podem ser usados para fomentar a inovação privada no Brasil.
No 2º trim/23, as novas concessões de crédito bancário recuaram em relação a um ano atrás, puxadas pelas operações junto a empresas no segmento livre.
No 2º trim/23, a indústria de transformação registrou um recuo mais intenso do que no 1º trim/23, influenciada pela deterioração do desempenho de seus ramos de maior intensidade tecnológica.
Na entrada da segunda metade de 2023, a indústria brasileira apresentou novo declínio da produção, bastante disseminado entre seus ramos e parques regionais.
Na entrada de 2023, devido às altas taxas de juros no país e à desaceleração da demanda interna, o custo financeiro das empresas aumentou e sua rentabilidade líquida caiu.
Na primeira metade de 2023, houve redução do déficit da indústria de transformação, sob influência do menor déficit da indústria de média-alta tecnologia e da resiliência do superávit da indústria de média-baixa.
Estudo do Banco Mundial com empresas brasileiras mostra que a exportação tem efeito positivo na probabilidade de as empresas adotarem tecnologias avançadas em diversas funções do negócio.
No 1º sem/23, enquanto as expectativas para o PIB do presente ano eram revistas para cima, atividades mais dependentes do crédito seguiam restringidas pelas elevadas taxas de juros.
Estudo do Mdic apresenta um perfil abrangente das empresas exportadoras brasileiras, bem como analisa a dinâmica de entrada e permanência no comércio internacional.
A indústria brasileira encerrou a primeira metade de 2023 apresentando resultado muito próximo da estabilidade, com mais da metade de seus ramos no vermelho.
O aumento dos juros no mundo e a desaceleração do PIB global tiveram impacto nas vendas externas do Brasil no 1º sem/23, por meio tanto dos preços como das quantidades exportadas.
No 1º trim/23 houve aumento mais moderado do emprego no setor privado, inclusive na indústria, mas os postos com carteira assinada seguiram na frente.