Carta IEDI
A construção de um Observatório de política industrial permitiu ao FMI identificar tendências recentes (2023) tanto em economias avançadas como em países emergentes e em desenvolvimento.
Embora não haja como negar o sinal negativo de jan/24, há fatores atenuantes importantes que acabaram sendo ofuscados pelo desempenho agregado. O IEDI destaca oito deles.
O déficit em bens da indústria de transformação caiu em 2023, sob influência de bens de média-alta e média-baixa tecnologia, mas não se deu em função da alta de exportações.
Estudo divulgado pela CEPAL aponta desafios da implementação do plano Biden e identifica potenciais efeitos para os países da América Latina e Caribe.
Em 2023, a indústria ajudou menos do que poderia o dinamismo econômico geral do país, em boa medida bloqueada pelos níveis ainda elevados de taxas de juros. Em 2024 este quadro deve se reverter.
Estudo da OCDE analisa as políticas de inovação orientadas à missão para alcançar o objetivo de emissões líquidas zero de gases de efeito estufa adotadas por seus países-membros.
A indústria brasileira, em 2023, conseguiu evitar um novo retrocesso, mas foi por pouco. Para 2024, há sinais favoráveis, mas o que o setor precisa é mais do que uma reativação conjuntural.
Relatório da UNCTAD identifica janelas de oportunidade verdes para os países emergentes e em desenvolvimento e defende estratégias industriais com foco em PD&I para aproveitá-las.
No 3º trim/23, a indústria de transformação mundial seguiu virtualmente estagnada em função da evolução dos países de alta renda, ainda que ramos de maior intensidade tecnológica tenham evitado um resultado mais fraco.
Em nov/23, todos os grandes setores econômicos cresceram, sendo que indústria e comércio ficaram na frente, embora no acumulado jan-nov/23 os serviços sigam na liderança.
A ocupação cresceu pouco no 3º trim/23, mas a formalização do emprego e a desaceleração da inflação permitiram expansão mais forte da massa de rendimentos reais, o que ajudou o consumo das famílias no período.
Depois de muitos meses marcados pela inatividade, em nov/23, a produção industrial voltou a crescer, que veio acompanhado de uma avaliação menos adversa da situação atual pelos empresários do setor e redução de estoques.
No mês de out/23, não houve crescimento nos grandes setores econômicos, embora a indústria, diferentemente do comércio e serviços, tenha evitado o terreno negativo.
Para a indústria, o último trimestre de 2023 teve início repetindo o quadro de paralisia que preponderou ao longo de todo o ano, devido sobretudo aos ramos de bens de capital.
Em 2023, a queda das importações explica o forte aumento do superávit comercial de bens, em um contexto marcado pela estagnação das exportações.
Em 2023, a indústria de transformação brasileira está perdendo produção e isso vem ocorrendo sob influência, sobretudo, dos ramos de maior intensidade tecnológica.
O governo federal adotou, ao longo do ano de 2023, uma série de iniciativas com o objetivo de promover a modernização do setor industrial e reverter o processo de desindustrialização do país.
No 3º trimestre, as concessões de novos financiamentos perdem força, atingindo sobretudo as empresas, com destaque para as do setor industrial e de serviços.
O atual cenário econômico do FMI continua indicando desaceleração para o PIB global em 2023-2024, mas agora com menos risco de “hard landing”.
A atividade econômica do país perdeu dinamismo no 3º trim/23, sobretudo devido a serviços e indústria, motivando algumas revisões para baixo no PIB estimado para 2023.