• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 01/09/2023

                          Melhora no mercado interno

                          No 2º trim/23, pela segunda vez consecutiva, o PIB brasileiro surpreendeu positivamente. Os dados divulgados hoje pelo IBGE registram alta de +0,9%, já descontados os efeitos sazonais, ante expectativas de mercado que apontavam para um resultado mais próximo da estabilidade. 

                          Tal como no trimestre passado, muito deste crescimento inesperado esteve associado a atividades primárias. A indústria extrativa foi o setor que melhor se saiu no 2º trim/23 ao registrar +1,8% frente ao 1º trim/23, com ajuste sazonal. A agropecuária, depois de avançar +21% no 1º trim/23, caiu menos do que se avaliava agora no 2º trim/23 (-0,9%).

                          Estes são resultados muito bem vindos, inclusive por ajudarem nosso desempenho exportador (+2,9%, com ajuste). Mas como já ressaltamos em outras ocasiões, como na Carta IEDI n. 1163, tanto a agropecuária como o setor extrativo têm uma capacidade mais limitada de espalhar seu dinamismo para o restante da economia. Ou seja, possuem menor “efeito multiplicador”.

                          Por isso, é importante notar a melhora progressiva do mercado interno no 2º trim/23 casada com o dinamismo do setor de serviços e a atenuação de setores da indústria, ainda restringidos pelos níveis elevados de juros no país.

                          Como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, o consumo das famílias ganhou um pouco mais de vigor e registrou +0,9% ante o 1º trim/23, enquanto o consumo do governo acelerou para +0,7%. Ambos componentes da demanda estão em um ritmo que é praticamente o dobro daquele do 4º trim/22.

                               •  PIB total: +0,1% no 4º trim/22; +1,8% no 1º trim/23 e +0,9% no 2º trim/23;

                               •  Consumo das famílias: +0,4%; +0,7% e +0,9%, respectivamente;

                               •  Consumo do governo: +0,3%; +0,4% e +0,7%;

                               •  Formação bruta de capital fixo: -1,2%; -3,4% e +0,1%;

                               •  Exportação: +3,5%; +0,3% e +2,9%;

                               •  Importação: -3,7%; -3,9% e +4,5%, respectivamente.

                          Fatores como a redução da taxa de desemprego, que, como visto ontem, voltou a um patamar próximo ao período 2012-2013, a desaceleração da inflação e a expansão da massa de rendimentos reais, além de ações de governo, como as mudanças no Bolsa Família, contribuíram para isso.

                          Muito deste dinamismo foi canalizado para o setor de serviços, cuja atividade está mais associada à renda corrente da população. Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (+1,3%) e outras atividades de serviços (+1,3%) estiveram entre os poucos setores a crescer mais fortemente que o PIB geral no 2º trim/23.

                          Em oposição, a despeito de alguma atenuação frente aos trimestres anteriores, os investimentos seguiram sendo um obstáculo a um dinamismo maior do PIB. Depois de recuos no 4º trim/22 e 1º trim/23, a formação bruta de capital fixo ficou estagnada no 2º trim/22: +0,1%, já descontados os efeitos sazonais. 

                          Com isso, a taxa de investimento, que havia ficado em 18,3% no segundo trimestre de 2021 e 2022, caiu para 17,2% no 2º trim/23. Os níveis elevados de taxas de juros no país seguem prejudicando as decisões de investimento e o desempenho de setores cujos mercados dependem mais do crédito.

                          Tanto é que a indústria de transformação, após três trimestres consecutivos de retração, variou apenas 0,3% na passagem do 1º trim/23 para o 2º trim/23, com ajuste sazonal. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, seguiu sendo a única atividade econômica no vermelho: -1,7%, isto é, quase o dobro do ritmo de queda do 1º trim/23 (-0,9%).

                          A construção é outro ramo da indústria total que pouco tem crescido. Na série com ajuste, a despeito da base baixa de comparação, após declínios sucessivos, registrou +0,7% no 2º trim/23, suficiente apenas para compensar o resultado do 1º trim/23 (-0,7%). Frente ao mesmo período do ano passado, mal saiu do lugar: +0,3%.

                          O pouco dinamismo na construção e o fato de bens de capitais estarem entre os destaques negativos na indústria de transformação, como os dados mensais do IBGE já vinham apontando, guardam relação com a contração de -2,6% da formação bruta de capital fixo, o único componente da demanda com perda na comparação com o 2º trim/22.

                          Nos serviços, por sua vez, o comércio se destacou por ter sido o único setor que não cresceu. Variou +0,1% tanto em relação ao 1º trim/23 como frente ao mesmo período do ano anterior. Pesquisas anteriores do IBGE apontam como obstáculos os segmentos cujas vendas dependem mais do crédito. E isso apesar do pacote de isenções tributárias que turbinou as vendas de veículos no mês de jun/23 (+17,9% ante jun/22).

                          Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou R$2,651 trilhões a preços correntes no segundo trimestre de 2023, variação positiva de 0,9% frente ao trimestre anterior na série com ajuste sazonal. 

                          Com relação ao primeiro trimestre de 2022, houve variação positiva de 3,4%. No acumulado nos últimos quatro trimestres frente a igual período anterior, houve acréscimo de 3,2%. No acumulado ao longo do ano o PIB apresentou variação positiva de 3,7%.

                          Ótica da oferta. Frente ao trimestre imediatamente anterior (primeiro trimestre de 2022), a partir de dados dessazonalizados, houve queda de 0,9% no setor agropecuário, além de aumento de 0,9% no setor da indústria e de 0,6% no setor de serviços.

                          No setor da indústria, na mesma base de comparação, verificou-se variação positivas em todos os quatro subsetores : indústrias extrativas (1,8%), construção (0,4%), eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,3%) e indústrias de transformação (0,3%).

                          No setor de serviços, ainda sobre o trimestre anterior e com ajuste sazonal, todos os sete subsetores apresentaram variação positiva: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), outros serviços (1,3%), transporte, armazenagem e correio (0,9%), informação e comunicação (0,7%), atividades imobiliárias (0,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e comércio (0,1%).

                          Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (abr-mai-jun 2022), o setor agropecuário apresentou variação positiva de 17,0%, enquanto o setor da indústria obteve avanço de 1,5% e o setor de serviços registrou crescimento de 2,3%.

                          Para o setor industrial, na mesma base de comparação, houve variação positivas em três dos quatros subsetores: indústrias extrativas, com 8,8%, eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos com 4,8% e construção (0,3%). O subsetor de indústrias de transformação registrou queda de -1,7% no período.

                          No setor de serviços, ainda sobre o trimestre anterior e com ajuste sazonal, todos os sete subsetores apresentaram variação positiva: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,9%), informação e comunicação (3,8%), transporte, armazenagem e correio (3,4%), atividades imobiliárias (2,8%), outros serviços (2,4%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,6%) e comércio (0,1%).

                          No acumulado nos últimos quatro trimestres frente ao mesmo período do ano anterior, o setor agropecuário apresentou aumento de 11,2%, observou-se expansão de 2,2% no setor industrial e crescimento de 3,3% no setor de serviços.

                          Para o setor industrial, ainda no acumulado nos últimos quatro trimestres frente ao mesmo período anterior, houve crescimento em três dos quatros subsetores: eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (8,1%), indústrias extrativas (3,5%) e construção (2,9%). O subsetor de indústrias de transformação registrou estabilidade no período.

                          No setor de serviços, todos os sete segmentos apresentaram incremento: outros serviços (6,2%), transporte, armazenagem e correio (5,6%), informação e comunicação (5,6%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,9%), atividades imobiliárias (3,0%), comércio (1,5%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,8%).

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, todas cinco as categorias apresentaram expansão frente ao trimestre imediatamente anterior (1º trimestre de 2023), para dados com ajuste sazonal,: importação de bens e serviços (4,5%), exportações de bens e serviços (2,9%), consumo das famílias (0,9%), consumo do governo (0,7%) e formação bruta de capital fixo (0,1%).

                          Na comparação com o segundo trimestre de 2022 (mesmo trimestre do ano anterior), houve acréscimos em quatro das cinco categorias: exportações de bens e serviços (12,1%), consumo das famílias (3,0%), consumo do governo (2,9%) e importações de bens e serviços (2,1%). A categoria de formação bruta de capital fixo caiu (-2,6%).

                          Por fim, na comparação da taxa acumulada nos quatro últimos trimestres em comparação com o mesmo período do ano anterior, todas cinco categorias apresentaram variação positiva: exportações de bens e serviços (9,8%), importações de bens e serviços (4,9%), consumo das famílias (3,9%), formação bruta de capital fixo (1,7%) e consumo do governo (1,4%).

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - No mesmo padrão
                          Publicado em: 03/09/2025

                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Menos demanda interna
                          Publicado em: 02/09/2025

                          Fator decisivo para a desaceleração do nosso PIB no 2º trim/25 foi a alta dos juros, restringindo o investimento e o consumo e levando nossas importações ao terreno negativo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Freios no Nordeste e em São Paulo
                          Publicado em: 11/07/2025

                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Frenagem industrial
                          Publicado em: 02/07/2025

                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Indústria do Nordeste: exceção em abr/25
                          Publicado em: 11/06/2025

                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Dificuldades para crescer
                          Publicado em: 03/06/2025

                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Crescimento do PIB, mas perda de tração na indústria
                          Publicado em: 30/05/2025

                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Trimestre mais fraco, sobretudo, no Norte e Nordeste
                          Publicado em: 14/05/2025

                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Mais juros, menos dinamismo em bens de capital
                          Publicado em: 07/05/2025

                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Há quase um semestre sem crescer
                          Publicado em: 02/04/2025

                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.