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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 11/11/2021

                          O peso da inflação

                          Não foi apenas a indústria que terminou o 3º trim/21 no vermelho. O comércio varejista registrou -1,3% na passagem de agosto para setembro, já descontados os efeitos sazonais e a inflação. Em seu conceito ampliado, que inclui veículos, autopeças e material de construção, o declínio de suas vendas reais foi de -1,1% na mesma comparação.

                          E assim como o setor industrial, variações negativas também se tornaram mais frequentes para o varejo. Em set/21, pela primeira vez nesse ano, o setor apresentou duas quedas consecutivas na série com ajuste sazonal e também na comparação com o ano passado. Ao que tudo indica o agravamento do quadro inflacionário pesa sobre o setor.

                          Deste modo, suas vendas voltaram a um nível inferior ao pré-pandemia: -0,4% no conceito restrito e -1,7% no conceito ampliado ante fev/20. Cabe lembrar que alguns ramos do comércio não chegaram a ser muito prejudicados pela pandemia, dadas as transformações na demanda das famílias ao longo dos períodos de isolamento, como supermercados e alimentos, artigos farmacêuticos e até mesmo material de construção e móveis e eletrodomésticos.

                          Em dez/20, metade dos dez ramos acompanhados pelo IBGE tinham vendas em patamares acima do pré-pandemia. Em set/21, apenas 30% estavam nesta situação. Retrocessos importantes foram registrados em supermercados, alimentos, bebidas e fumo e combustíveis e lubrificantes, cujos preços têm liderado a aceleração da inflação, bem como em móveis e eletrodomésticos e equipamentos de informática e comunicação, prejudicados pelo encarecimento do crédito e recomposição do peso dos serviços no orçamento das famílias com o avançar da vacinação.

                          Com o arrefecimento recente, o 3ª trim/21 foi negativo para o varejo restrito quando comparado com igual período do ano anterior e se aproximou da estabilidade ao considerarmos o setor em seu conceito ampliado. Em relação a 2020, metade dos dez ramos pesquisados ficou no vermelho e, como mostram as variações a seguir, coube a móveis e eletrodomésticos o pior desempenho.

                               •  Varejo restrito: -0,7% no 1ºtrim/21; +14,8% no 2º trim/21 e -1,3% no 3º trim/21;

                               •  Varejo ampliado: +1,4%; +24,8% e +0,9%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -2,5%; -3,0% e -3,4%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +1,5%; +21,6% e -18,2%;

                               •  Material de escritório, informática e comunicação: -8,3%; +24,7% e -9,6%;

                               •  Material de construção: +20,4%; +22,7% e -7,3%;

                               •  Veículos e autopeças: +0,1%; +68,9% e +12,2%, respectivamente.

                          Entre aqueles que perderam vendas em comparação com o 3º trim/20 estão segmentos com bases de comparação mais elevadas, que incluem bens de consumo duráveis, como móveis e eletrodomésticos, informática e comunicação e material de construção, mas também supermercados, alimentos, bebida e fumo.

                          No extremos oposto, entre as maiores altas encontram-se aqueles segmentos mais duramente afetados pela alteração no perfil do consumo da população na pandemia: veículos e autopeças e tecidos, vestuário e calçados. Ambos segmentos registram taxas de dois dígitos no 3ª trim/21.

                          Com crescimento em ritmo razoável, embora inferior a trimestres anteriores, estão produtos farmacêuticos, médicos e de perfumaria e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que acumulam cinco trimestres seguidos de aumento das vendas. São segmentos que tiveram perdas muito pontuais apenas no início da pandemia no Brasil.

                          Por fim, combustíveis e lubrificantes diante da elevação dos seus preços dão claros sinais de enfraquecimento. Suas vendas cresceram apenas +1% no 3º trim/21, mas tomado o mês de set/21 isoladamente registra queda de -4%. Na série com ajuste sazonal já são quatro meses seguidos no vermelho.

                          A partir dos dados de setembro de 2021 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou retração de 1,3% frente ao mês imediatamente anterior na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de setembro de 2020, houve uma retração de 5,5%. Para o acumulado nos últimos doze meses e para o acumulado no ano (jan-set) aferiu-se expansão de 3,8% e 3,9%, respectivamente. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de 1,1% em relação a agosto de 2021, a partir de dados livres de influências sazonais. Frente a setembro de 2020 houve retração de 4,2%. No acumulado nos últimos 12 meses e no acumulado no ano (jan-set) verificou-se aumento de 8,0% e 7,0%, respectivamente.

                          Em comparação com o mês imediatamente anterior (agosto/2021), a partir de dados dessazonalizados, um dos oito setores analisados apresentou expansão: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%). O setor de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou estabilidade no período. O seis setores restantes registraram variação negativa no período: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-3,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,5%), combustíveis e lubrificantes (-2,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,1%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se retração de 1,1%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 1,7%, enquanto material de construção apresentou decréscimo de 1,1%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (setembro de 2020), registrou-se expansão em uma das oito atividades consideradas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,3%). Por outro lado, houve queda nos sete setores analisados restantes: móveis e eletrodomésticos (-22,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,9%), combustíveis e lubrificantes (-4,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,7%), livros, jornais, revista e papelaria (-3,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,1%). No comércio varejista ampliado houve retração de 4,2% na mesma base de comparação, com o setor de veículos e motos, partes e peças apresentando expansão de 2,9% e o setor de material de construção declínio de 10,3%.

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-setembro de 2021), aferiu-se expansão de 3,8% no comércio varejista, e registraram-se crescimentos em cinco dos oito segmentos analisados: tecidos, vestuário e calçados (24,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,3%), combustíveis e lubrificantes (2,9%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,3%). Em sentido oposto, os três outros segmentos analisados apresentaram decréscimos: livros, jornais, revista e papelaria (-19,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,0%) e móveis e eletrodomésticos (-0,9%). No comércio varejista ampliado houve variação positiva de 8,0% no período, sendo que veículos e motos, motocicletas, partes e peças apresentou acréscimo de 21,6% e material de construção obteve expansão de 9,7%. 

                          Por fim, comparando setembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior (setembro/2020), uma das 27 unidades federativas apresentou crescimento no volume de vendas do comércio varejista: o estado do Espírito Santo (4,4%). As 26 unidades federativas restantes apresentaram decréscimo no volume de vendas do comércio varejista, sendo as maiores: Maranhão (-12,7%), Sergipe (-11,9%), Rondônia (-11,8%), Ceará (-11,0%), Paraíba (-10,4%) e Amazonas (-10,0%).

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Fator decisivo para a desaceleração do nosso PIB no 2º trim/25 foi a alta dos juros, restringindo o investimento e o consumo e levando nossas importações ao terreno negativo.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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