• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/07/2021

                          O primeiro avanço industrial do ano

                          Na passagem de abril para maio deste ano, a produção industrial voltou a se expandir, algo que ainda não havia ocorrido em 2021, já que o melhor que se obteve foi uma virtual estabilidade em jan/21. A alta foi de +1,4%, já descontados os efeitos sazonais, suficiente apenas para recompor parte do retrocesso anterior. 

                          Assim, o nível de produção de mai/21 permaneceu 3,1% abaixo daquele de dez/20 e ficou exatamente no mesmo patamar de fev/20, isto é, do pré-pandemia de Covid-19. Ou seja, por ora, 2021 em nada contribuiu para a recuperação industrial.

                          O crescimento de mai/21 foi puxado por pouco mais da metade dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE. Ao todo, 15 deles tiveram aumento de produção frente a abr/21, com destaque para aqueles que permanecem em um patamar muito distante do pré-pandemia, como vestuário e calçados, indústria extrativa, metalurgia e derivados de petróleo, com influência positiva da retomada da economia mundial, além de alimentos, bebidas e produtos farmacêuticos.

                          Com a reedição do auxílio emergencial e com o avanço da vacinação no Brasil e em outras partes do mundo, o que vem reaquecendo o comércio global, a alta de mai/21 sinaliza para um retorno mais difundido do crescimento industrial. O ano de 2021 para a indústria pode estar começando só agora. Mas que fique claro que há riscos novos também, como a crise hídrica, cujo efeito na inflação tende a corroer o poder de compra da população e aumentar os custos de produção.

                          Entre os macrossetores industriais, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, metade conseguiu crescer, mas a outra metade permaneceu no vermelho, apontando para a parcialidade da reação de mai/21.

                               •  Indústria geral: -2,3% em mar/21; -1,5% em abr/21 e +1,4% em mai/21;

                               •  Bens de capital: -7,0%; +3,0% e +1,3%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: 0%; -1,1% e -0,6%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -5,6%; -1,7% e -2,4%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -10,3%; -0,9% e +3,6%, respectivamente.

                          Chama atenção a sequência de recuos que bens de consumo duráveis vêm apresentando. Não há um mês sequer de crescimento desde nov/20 na série com ajuste. Isto é, não há recuperação para esta parcela da indústria desde final do ano passado. Com isso, seu nível de produção de mai/21 encontra-se 16% abaixo de dez/20 e 14,5% abaixo do pré-pandemia. Sinal positivo ocorre apenas em comparação com o mesmo período do ano anterior, dada a base muito deprimida de comparação (+149,4% ante mai/20).

                          Outro macrossetor com dificuldades é o de bens intermediários, que em 2021 ou perdeu produção ou ficou estagnado. Agora em mai/21 registrou -0,6%, ficando 2,2% aquém do nível de dez/20. Os dados mostram que este comportamento tem sido muito distinto do de mai-set/20, um período de retomada persistente mês após mês, que levou o setor a superar o pré-pandemia.

                          Já bens de consumo semi e não duráveis foi quem registrou a maior taxa de crescimento na passagem de abr/21 pra mai/21, já corrigidos os efeitos sazonais: +3,6%, sob influência de alimentos, bebidas, vestuário e calçados. Isso, porém, ocorre após três meses seguidos de declínio, que explicam porque sua produção encontra-se 6,5% abaixo de dez/20 e 6,3% abaixo do pré-pandemia.

                          A trajetória mais consistente tem sido a de bens de capital, que cresceram +1,3% frente a abr/21 e estão em um nível de produção 14,1% acima do pré-pandemia. Também é o macrossetor com a menor defasagem em relação a dez/20 (-1,1%) e tem recebido impulso sobretudo de bens de capital para agricultura, transporte e construção. Vale observar que máquinas e equipamentos é o setor industrial que melhor se encontra em relação ao pré-pandemia: +18,4% frente fev/20.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal para o mês de maio de 2021 divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou expansão de 1,4% frente ao mês de abril, na série livre de influências sazonais. Para o acumulado em doze meses registrou-se acréscimo de 4,9% e considerando o acumulado do ano houve crescimento de 13,1%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (maio de 2020), aferiu-se incremento de 24,0%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (abril/2021), segundo dados sem influência sazonal, três dos cinco segmentos analisados apresentaram expansões: bens semiduráveis e não duráveis (3,6%), bens de consumo (1,5%) e bens de capital (1,3%). De outro lado, apresentaram retrações os dois segmentos restantes: bens duráveis (-2,4%) e bens intermediários (-0,6%). 

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (maio/2020), os cinco segmentos analisados apresentaram acréscimos: bens de consumo duráveis (149,4%), bens de capital (76,7%), bens de consumo (27,0%), bens intermediários (18,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (13,2%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se acréscimos em todos os segmentos analisados: bens de capital (14,1%), bens duráveis (6,3%), bens intermediários (5,8%), bens de consumo (1,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,7%). Por fim, considerando o acumulado do ano (janeiro-maio), todos os segmentos apresentaram variações positivas, na seguinte ordem: bens de capital (43,7%), bens duráveis (37,5%), bens de consumo (11,7%), bens intermediários (10,9%) e bens semiduráveis e não duráveis (6,3%). 

                          Setores. Na comparação com maio de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 22 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (216,0%), outros equipamentos de transporte (192,2%), produtos diversos (107,1%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (97,6%), produtos têxteis (70,2%), máquinas e equipamentos (64,9%) 4, couro, artigos de viagem e calçados (56,2%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (-5,9%), produtos alimentícios (-4,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,6%), e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-2,2%).

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2021 (janeiro-maio), frente igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 21 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: veículos automotores, reboques e carrocerias (52,9%), máquinas e equipamentos (39,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (36,6%), produtos têxteis (36,3%), produtos de minerais não-metálicos (32,6%), produtos diversos (30,8%), outros equipamentos de transporte (29,7%) e móveis (29,4%). Em sentido oposto, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: produtos alimentícios (-5,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-5,2%),  perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-3,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,0%), coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-1,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-1,5%). 

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - No mesmo padrão
                          Publicado em: 03/09/2025

                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Menos demanda interna
                          Publicado em: 02/09/2025

                          Fator decisivo para a desaceleração do nosso PIB no 2º trim/25 foi a alta dos juros, restringindo o investimento e o consumo e levando nossas importações ao terreno negativo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Freios no Nordeste e em São Paulo
                          Publicado em: 11/07/2025

                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Frenagem industrial
                          Publicado em: 02/07/2025

                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Indústria do Nordeste: exceção em abr/25
                          Publicado em: 11/06/2025

                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Dificuldades para crescer
                          Publicado em: 03/06/2025

                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Crescimento do PIB, mas perda de tração na indústria
                          Publicado em: 30/05/2025

                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Trimestre mais fraco, sobretudo, no Norte e Nordeste
                          Publicado em: 14/05/2025

                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Mais juros, menos dinamismo em bens de capital
                          Publicado em: 07/05/2025

                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Há quase um semestre sem crescer
                          Publicado em: 02/04/2025

                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.