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                          Carta IEDI

                          Edição 740
                          Publicado em: 08/07/2016

                          Cresce Mais Quem Exporta Mais – A Indústria no Mundo no Começo de 2016

                          Sumário

                          A Carta IEDI de hoje analisa os dados da indústria de transformação no mundo a partir do relatório trimestral da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization). No primeiro trimestre de 2016, a indústria mundial registrou crescimento de 2,1% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Cerca de 90% do aumento se deveu às economias emergentes industrializadas e em desenvolvimento, devido sobretudo à produção de bens duráveis, como veículos automotivos e eletrônicos de consumo. Já em relação ao último trimestre de 2015, sem efeitos sazonais, houve expansão de 5,2%.

                          O desempenho industrial das economias emergentes e em desenvolvimento continuaram bastante acima da média mundial, atingindo crescimento de 4,7% no primeiro trimestre de 2016, frente ao mesmo trimestre de 2015.  Mas esse ritmo de crescimento continua historicamente baixo por conta da desaceleração dos influxos de capitais originados nas economias industrializadas e da redução nas exportações – da ordem de 13% em 2015 conforme a UNCTAD.

                          As menores exportações das economias industriais emergentes e em desenvolvimento foram condicionadas pela recuperação das economias europeias e da América do Norte, para a qual as vendas externas foram importantes. O ganho de fatias do comércio internacional pelos países desenvolvidos expos os sistemas produtivos de muitos países emergentes e em desenvolvimento aos seus problemas estruturais de competitividade. A isso, somou-se a elevada vulnerabilidade desses sistemas à queda dos preços do petróleo e de outras commodities.

                          Nesse quadro, entre os países com maiores perdas encontram-se aqueles da América Latina, cuja indústria de transformação teve queda de 3,3% na produção em janeiro-março de 2016 frente a igual período de 2015. Apesar de ruim, esse desempenho é um pouco melhor do que aquele do último trimestre de 2015 (-4,6%).

                          O principal responsável pelo resultado latino-americano continua sendo o Brasil, cuja fabricação de manufaturas caiu nada menos de 11,2% no primeiro trimestre do ano frente a igual período do ano passado. Em contrapartida, na Colômbia e no México houve crescimento a taxas relativamente altas e na Argentina e no Chile houve crescimento inferior a 1%.

                          Mas algumas economias em desenvolvimento se mostraram mais resilientes. Foi o caso da China, cuja indústria continua em aceleração: 7,4% no primeiro trimestre de 2016 frente a igual período de 2015, após ter experimentado a menor taxa de expansão desde 2005 no terceiro trimestre do ano passado. Outros destaques positivos foram Indonésia e Vietnã, com aumento de dois dígitos de suas produções industriais.

                          As economias industrializadas, por sua vez, cresceram 0,3% no primeiro trimestre de 2016 relativamente ao mesmo período do ano anterior, variação em linha com a registrada no quarto trimestre de 2015 (0,2%), na mesma comparação. Nas economias industrializadas da Ásia a queda foi de 2,9%, notadamente por causa da retração na produção das indústrias de transformação japonesa e coreana com a valorização cambial.

                          Na Europa, o resultado positivo de 2,3% em janeiro-março de 2016 relativamente ao mesmo período de 2015, revelou-se a maior taxa da região desde o início de 2014. A maioria de seus países assinalou elevação da produção industrial, com destaque para Suíça, Irlanda, Lituânia e Eslovênia. Em sentido oposto, houve retração no Reino Unido, devido aos riscos de sua saída da União Europeia (Brexit), e nos países produtores de petróleo, como Noruega e Rússia.

                          Na América do Norte, a seu turno, a produção da indústria de transformação expandiu 0,9% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. O resultado foi o mesmo visto no trimestre anterior na mesma comparação, mas houve mudança em sua composição.

                          A produção industrial do Canadá cresceu em ritmo superior nesse início de ano, enquanto a dos EUA se desacelerou, passando de +1,1% no último trimestre de 2015 para +0,7% no primeiro trimestre de 2016, sempre frente ao mesmo período do ano anterior. Isso ocorreu devido, sobretudo, ao fraco crescimento do consumo dos americanos e à valorização do dólar, dificultando as vendas externas do país.

                          Em termos setoriais, quase todos ramos industriais tiveram crescimento da produção frente ao primeiro trimestre de 2015, exceto máquinas e equipamentos (-1,1%) e produtos de tabaco (-3,4%). No grupo de países industrializados, a produção caiu em máquinas e equipamentos (-3,4%), vestuário (-4,2%), couro (-2,0%), metais básicos (-2,4%), mas cresceu em veículos automotores (3,9%) e produtos de madeira (3,3%).

                          Nas economias emergentes e em desenvolvimento, somente produtos de tabaco tiveram queda. Altas expressivas de produção foram verificadas em minerais não metálicos (8,0%), equipamentos de escritório, computação e contabilidade (7,7%) e produtos de metais (6,4%), coque e petróleo refinado (6,2%) e têxteis (6,1%).

                           
                          A Indústria de Transformação Mundial no Primeiro Trimestre de 2016. Conforme os dados do relatório trimestral da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization), no primeiro trimestre de 2016 a indústria de transformação mundial cresceu 2,1% em relação ao mesmo trimestre de 2015, com ajuste sazonal. Uma parcela de 90% desse crescimento se deveu à maior produção nas economias emergentes industrializadas e em desenvolvimento, puxada por bens duráveis, como veículos automotivos e eletrônicos de consumo. Em relação ao último trimestre de 2015, por sua vez, a produção industrial mundial expandiu 5,2%.

                          A indústria das economias desenvolvidas cresceu 0,3% no primeiro trimestre de 2016 relativamente ao mesmo período do ano anterior, variação um pouco maior do que a registrada no quarto trimestre de 2015 (0,2%), na mesma comparação. Embora a elevação na Europa tenha sido um pouco mais forte, chegando a 2,3%, nas economias industrializadas da Ásia houve queda de 2,9%, notadamente por causa da retração na produção das indústrias de transformação japonesa e coreana em função da valorização de suas moedas.

                          Por sua vez, nas economias industriais emergentes e em desenvolvimento, o crescimento foi de 4,7% no primeiro trimestre de 2016, frente ao primeiro trimestre de 2015, um resultado um pouco melhor daquele do último trimestre de 2015 (4,5%) na mesma comparação. O ritmo de crescimento continua baixo por conta da desaceleração da entrada de capitais originários das economias industrializadas e da redução nas exportações – da ordem de 13% em 2015 conforme a UNCTAD. Isso porque a recuperação das economias europeias e da América do Norte dependeu muito dos mercados externos, de forma que as estruturas domésticas de produção dos países em desenvolvimento e emergentes ficaram expostas aos seus problemas estruturais de competitividade em alguns casos, além da vulnerabilidade causada pela queda dos preços do petróleo e de outras commodities.





                          Resultados dos Países Desenvolvidos. No primeiro trimestre de 2016, a produção da indústria de transformação se elevou 0,3% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Mas na comparação com o trimestre imediatamente anterior, isto é, outubro-dezembro de 2015, com ajuste sazonal, apresentou queda de 0,3%.

                          Em janeiro-março de 2016, o crescimento de 2,3% da produção europeia da indústria de transformação relativamente ao mesmo período de 2015 consistiu na maior taxa de variação da região desde o início de 2014, puxando para cima o resultado da indústria das economias avançadas mostrou-se a. A maior parte de seus países assinalou elevação, com destaque para Suíça, Irlanda, Lituânia e Eslovênia. Entretanto, a produção deste setor caiu 1,5% no Reino Unido, devido às incertezas em relação à saída do país da União Europeia (Brexit). Os países europeus produtores de petróleo também assinalaram retração na indústria de transformação: Noruega (-6,4%), Rússia (-3,4%).

                          Tomando-se somente as economias da zona do Euro, o crescimento foi de 2,2% em janeiro-março de 2016 comparativamente à janeiro-março de 2015, graças ao bom desempenho da fabricação de manufaturados na Alemanha (1,8%), Itália (2,1%), França (0,9%), Bélgica (2,5%), Holanda (1,5), Espanha (4,9%), e até mesmo na Grécia (1,4%, segundo resultado positivo consecutivo).

                          Na América do Norte, por sua vez, a produção da indústria de transformação expandiu 0,9% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. O resultado foi o mesmo visto no trimestre anterior na mesma comparação. No primeiro trimestre de 2016, a produção industrial do Canadá apresentou aceleração e cresceu 2,7%. Já nos EUA, o desempenho do início de 2016 foi de 0,7% frente a 1,1% no último trimestre de 2015, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa desaceleração deveu-se sobretudo ao fraco crescimento do consumo e à valorização do dólar, dificultando as vendas externas do país.

                          Por fim, no Leste asiático, a queda de 2,9% foi liderada pelo Japão (-3,2%), Singapura (-1,8%) e Coreia do Sul (-3,8%), enquanto na Malásia houve aumento de 4,2%.

                          Resultados dos Países em Desenvolvimento e Emergentes. A expansão de 4,7% da indústria de transformação no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior nos países industriais em desenvolvimento e emergentes foi marcada pelo segundo resultado de aceleração consecutiva da China (7,4%), que havia experimentado a menor taxa de expansão desde 2005 no terceiro trimestre de 2015. O país tem conseguido preservar crescimento importante de sua indústria de transformação a despeito da desaceleração dos influxos de capitais e de suas exportações.

                          Em contrapartida, a indústria de transformação da América Latina tem sido mais afetada pelo cenário internacional, com queda de 3,3% na produção em janeiro-março de 2016 frente a igual período de 2015, e retração de 0,7% relativamente ao trimestre anterior. O principal responsável pelo resultado continua sendo o Brasil, cuja fabricação de manufaturas caiu 11,2% em janeiro-março comparativamente ao mesmo trimestre do ano passado. Na Colômbia e no México houve crescimento a taxas relativamente altas; na Argentina e no Chile houve crescimento inferior a 1%; e no Peru a produção da indústria de transformação retraiu 1,6%.

                          Já nas economias asiáticas emergentes e em desenvolvimento, o crescimento foi de 6,3% em janeiro-março de 2016 em relação a janeiro-março de 2015. Destaca-se a expansão de dois dígitos da produção da indústria de transformação do Vietnã, relacionada à entrada de investimentos estrangeiros diretos e ao crescimento das exportações. A Indonésia (3,7%) também apontou resultados expressivos, tornando-se uma das dez maiores economias produtoras de manufaturas do mundo. Índia e Paquistão, em contraste, registraram queda de na produção desses bens em janeiro-março de 2016.

                          Finalmente, na África a produção da indústria de transformação se reduziu em 0,8% no primeiro trimestre de 2016 relativamente ao mesmo trimestre de 2015, por conta das retrações nos seus maiores produtores: Egito (-1,4%) e África do Sul (-0,8%). Senegal e Tunísia também assinalaram variação negativa, enquanto Marrocos e Costa do Marfim tiveram resultados positivos.



                          Setores. A produção da indústria de transformação do mundo no primeiro trimestre de 2016 relativamente à igual período de 2015, com ajuste sazonal, contou com o crescimento da maior parte dos setores exceto máquinas e equipamentos (-1,1%) e produtos de tabaco (-3,4%), no primeiro caso por conta da produção negativas nas economias industrializadas e no segundo nas economias em desenvolvimento e industriais emergentes. Máquinas e equipamentos assinalam a terceira variação negativa consecutiva neste indicador.

                          No grupo de países industrializados, também houve retração na produção de vestuário (-4,2%), couro (-2,0%), produtos do papel (-0,2%) e impressão (-0,2%), metais básicos (-2,4%), outros equipamentos de transporte (-0,3%). Por outro lado, nesses países destacou-se o crescimento de veículos automotores (3,9%) e de produtos de madeira (3,3%).

                          Nas economias emergentes e em desenvolvimento, somente produtos de tabaco tiveram queda. De outro modo, apontaram elevação expressiva produtos minerais não metálicos (8,0%), equipamentos de escritório, computação e contabilidade (7,7%) e produtos de metal (6,4%), coque e petróleo refinado (6,2%) e têxteis (6,1%).

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                          A desaceleração do final de 2022 adentrou 2023, levando os serviços e a indústria ao terreno negativo e mantendo o varejo ampliado muito próximo da estagnação.

                           
                           
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                          O ano de 2022 foi um período de expansão e formalização do emprego industrial, mesmo com alguma desaceleração decorrente do menor nível de atividade econômica no último trimestre.

                           

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                          Carta IEDI n. 1196 - Sem progressos na virada do ano
                          Publicado em: 06/04/2023

                          Na entrada de 2023, a indústria não registrou progressos e sua produção voltou a encolher, com resultados ainda mais diversos em muitos de seus ramos e parques regionais.

                           

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