• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 15/09/2023

                          Melhor do que no ano passado

                          As vendas reais do comércio varejista, depois de três meses de recuo ou estagnação, registraram crescimento de +0,7% na passagem de jun/23 para jul/23, já descontados os efeitos sazonais. Apesar disso, se também forem consideradas as vendas de veículos, autopeças, atacarejo e material de construção, o quadro do varejo foi outro: -0,3% nesta mesma comparação.

                          Muito deste sinal negativo para o conceito ampliado do comércio varejista deveu-se ao recuo do segmento de veículos e autopeças (-6,2%, com ajuste), após o forte avanço de jun/23 (+8,8%), motivado pelo programa de redução de tributos para este setor. Mesmo desconsiderando este fator, o desempenho do varejo como um todo foi menos positivo do que parece.

                          Tanto é que dos 10 ramos identificados pelo IBGE apenas 2 realmente obtiveram expansão de vendas em jul/23; os demais ou ficaram virtualmente estáveis ou declinaram na série com ajuste. As altas de destaque couberam a equipamentos de escritório, informática e comunicação (+11,7% ante a jun/23) e ao segmento de artigos de uso pessoal e doméstico (+8,4%).

                          Cabe observar que estes dois ramos vinham acumulando resultados desfavoráveis nos meses anteriores, fazendo com que suas bases de comparação se tornassem muito deprimidas. Outros artigos de uso pessoal e doméstico não cresciam desde jan/23 e equipamentos de informática e comunicação, também desde o início de 2023, vinham em uma gangorra, em que as quedas eram mais intensas do que as altas. 

                          O mês de jul/23 foi de virtual estabilidade para combustíveis e lubrificantes (-0,1% ante jun/23), artigos farmacêuticos e de perfumaria (+0,1%), supermercados, alimentos, bebidas e fumo (+0,3%) e material de construção (+0,3%). Para 40% dos ramos, o quadro foi de retração: -2,7% em tecidos, vestuário e calçados, -2,6% em livros, jornais e papelaria e -0,9% em móveis e eletrodomésticos, além de veículos e autopeças, como mencionado anteriormente. 

                          As fragilidades remanescentes na trajetória do varejo não anulam, contudo, a melhora verificada em relação ao ano passado, como mostram as variações interanuais a seguir. Isso devido à desaceleração da inflação e aos progressos do emprego, mas também a ações do governo, como a redução de impostos para veículos. Outros fatores poderão ajudar nos próximos meses, como o Programa Desenrola, a mudança nas regras do saque aniversário do FGTS e o recente início da fase de redução dos juros pelo Banco Central.

                               •  Varejo estrito: +2,4% no 1º trim/23; +0,2% no 2º trim/23 e +2,4% em jul/23;

                               •  Varejo ampliado: +3,3%; +4,6% e +6,6%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: +2,6%; +2,6% e +3,0%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -4,7%; -12,2% e +1,6%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +2,3%; -0,2% e +3,4%;

                               •  Veículos e autopeças: +4,9%; +5,8% e +9,8%;

                               •  Material de construção: -3,3%; -3,9% e -0,3%, respectivamente.

                          Neste início do terceiro trimestre do ano, a sinalização é de reforço do resultado vis-à-vis o ano passado tanto para o varejo restrito como para o varejo ampliado, mas sobretudo para este último. Como dito anteriormente, em boa medida graças ao avanço das vendas de veículos e autopeças (+9,8% ante jul/22), embora este fator tenda a se esgotar nos próximos meses.

                          Para 82% dos ramos do varejo ampliado jul/23 aponta dias melhores em comparação com igual período de 2022. Além de veículos, podemos citar as vendas do atacarejo (+19,6%), de equipamentos de escritório, informática e comunicação (+6,9%) e artigos farmacêuticos e de perfumaria (+6,2%). Estes foram os que mais cresceram no período.

                          Apesar disso, ainda existe uma parcela de 37% de ramos no vermelho. São os casos de livros, jornais e papelaria (-7,3% ante jul/22); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,9%); combustíveis e lubrificantes (-2,8%) e material de construção (-0,3%).

                          Ou seja, segue incompleta a obtenção de uma performance superior, mas os ramos que vêm progredindo dão o tom de 2023. Tanto é assim que no acumulado jan-jul/23 o varejo restrito registra alta de +1,5%, resultado que sobe para +4,3% se incluídas as vendas de veículos, autopeças, material de construção e atacarejo.

                          A partir dos dados de julho de 2023 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou crescimento de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior (junho/2023), na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de julho de 2022, houve acréscimo de 2,4%. Para o acumulado nos últimos doze meses aferiu-se crescimento de 1,6% e no acumulado no ano houve expansão de 1,5%.

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças, de materiais de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou-se variação negativa de 0,3% em relação a junho de 2023, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de julho de 2022 houve variação de 6,6%. Para o acumulado nos últimos 12 meses verificou-se aumento de 2,3%.

                          A partir de dados dessazonalizados, na comparação com o mês imediatamente anterior (junho/2023), quatro dos oito setores analisados apresentaram expansão: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%). Os setores que caíram foram: tecidos, vestuário e calçados (-2,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%), móveis e eletrodomésticos (-0,9 %) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%). Para o comércio varejista ampliado, a atividade de material de construção subiu 0,3% e a de veículos e motos, partes e peças caiu em 6,2%. O setor de atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo ainda não tem dados suficientes para o ajuste sazonal.

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (julho de 2022), cresceram cinco dos oito segmentos: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,5%), móveis e eletrodomésticos (3,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,0%) e tecidos, vestuário e calçados (1,6%). Houve queda em três setores, sendo eles: livros, jornais, revistas e papelaria (-7,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,9%) e combustíveis e lubrificantes (-2,8%). Para o comércio varejista ampliado, o setor de atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve crescimento de 19,6% e o de veículos e motos, partes e peças de 9,8%. A categoria de material de construção caiu 0,3%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-julho), os resultados mostram que cinco dos oito setores cresceram: combustíveis e lubrificantes (11,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%), móveis e eletrodomésticos (1,4%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,1%). Por outro lado, os setores em queda foram: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,5%), tecidos, vestuário e calçados (-7,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,7%). No comércio varejista ampliado, o setor de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 9,8% e o de veículos, motos, partes e peças 6,0%, enquanto a categoria de material de construção recuou -3,1%.

                          Por fim, comparando julho de 2023 com o mesmo mês do ano anterior (julho/2022), 21 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Tocantins (14,6%), Ceará (12,3%), Maranhão (11,0%), Bahia (10,3%) e Acre (6,9%). Amapá e Piauí mostraram estabilidade. Por sua vez, as UFs com maiores quedas foram: Rondônia (-1,6%), Mato Grosso (-1,1%), Mato Grosso do Sul (-0,6%) e Paraná (-0,3%).

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Mais juros, menos dinamismo em bens de capital
                          Publicado em: 07/05/2025

                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Há quase um semestre sem crescer
                          Publicado em: 02/04/2025

                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Quedas mais difundidas
                          Publicado em: 18/03/2025

                          Em jan/25, a indústria brasileira ficou estável, com uma difusão de sinal negativo que foi maior do ponto de vista regional do que do ponto de vista setorial.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Sem crescimento
                          Publicado em: 11/03/2025

                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Enfraquecimento do PIB no final de 2024
                          Publicado em: 07/03/2025

                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Comércio Varejista - Comércio também em desaceleração
                          Publicado em: 13/02/2025

                          Os sinais de desaceleração marcam não apenas a indústria e os serviços, mas também o comércio varejista, de modo bastante difundido entre seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Serviços - Final de ano de desaceleração também nos serviços
                          Publicado em: 12/02/2025

                          No final do ano passado não foi apenas a indústria que apresentou sinais de desaceleração, o mesmo se verificou nos serviços, ainda que de modo mais incipiente.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Mudança de rota em 2024 para São Paulo e Nordeste
                          Publicado em: 11/02/2025

                          Quase todos os parques regionais da indústria aumentaram produção em 2024, com destaque para São Paulo e Nordeste, que há alguns anos estavam sem crescer.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - A expansão industrial de 2024
                          Publicado em: 05/02/2025

                          A indústria brasileira fechou 2024 com razoável crescimento, após a estabilidade de 2023, mas há sinais negativos de curto prazo, apontando para uma precoce desaceleração.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Emprego - Taxa de desemprego em patamares mínimos
                          Publicado em: 31/01/2025

                          Em 2024, a taxa de desemprego do país atingiu seu patamar mais baixo, considerada a série histórica da Pnad/IBGE.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.