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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 05/01/2023

                          Novamente sem crescimento

                          A indústria brasileira vai encerrando o ano de 2022 como previsto: em baixa rotação. Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram um setor estagnado: -0,1% na passagem de out/22 para nov/22, já descontados os efeitos sazonais. Não é um bom resultado, mas há um atenuante: a maioria de seus ramos conseguiu evitar o terreno negativo.

                          Dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE, 11 ficaram no vermelho na série com ajuste sazonal, o que equivale a uma parcela relevante, por certo, mas ainda assim minoritária (42% do total). Quanto aos macrossetores, três progrediram e apenas um perdeu produção na mesma comparação.

                          Coube a bens de consumo duráveis a exceção, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir. Sua produção recuou -0,4% ante out/22, a terceira taxa negativa consecutiva. Bens de capital cresceram, mas após dois meses de retração. Os sinais mais favoráveis, pela reincidência de resultados positivos, marcaram a evolução de bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários.

                               •  Indústria geral: -0,7% em set/22; +0,3% em out/22 e -0,1% em nov/22;

                               •  Bens de capital: -0,4%; -4,0% e +0,8%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -1,0%; +0,8% e +0,4%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -0,5%; -3,2% e -0,4%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -1,4%; +0,3%; +0,6%, respectivamente.

                          Frente a 2021, bases deprimidas de comparação, em função do enfraquecimento industrial da segunda metade do ano passado, vêm permitindo a obtenção de taxas positivas nos últimos meses. Por isso, o desempenho no acumulado de 2022 tem melhorado. 

                          De todo modo, 2022 ainda é um ano de perda para o agregado da indústria. E dado que os onze primeiros meses deste ano já estão cobertos pelas estatísticas do IBGE, o que se espera é que 2022, de fato, se conclua com retração da produção física do setor.

                          Em jan-nov/22, a indústria geral acumula queda de -0,6% ante jan-nov/21, a despeito da sinalização positiva no bimestre out-nov/22 (+1,3% ante out-nov/21). A maioria dos ramos industriais (61,5% do total) estão em retrocesso, com destaque para produtos de metal (-9,8%), metalurgia (-4,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,9%) e produtos de borracha e de material plástico (-6,0%).

                          Entre os macrossetores industriais, nenhum se salva. Todos os quatros acumulam queda em jan-nov/22, sobretudo, bens de consumo duráveis, com -3,2%, pressionados pela redução na fabricação de eletrodomésticos (-13,8%), especialmente os da “linha branca” (-18,8%). 

                          Essa parcela da indústria é particularmente prejudicada pelo aumento das taxas de juros e do endividamento pessoal e pela recomposição do consumo de serviços no orçamento das famílias (notadamente as de maior renda), adiando suas decisões de reposição de eletrodomésticos. 

                          Entretanto, recentemente há um dinamismo importante em alguns ramos da indústria de bens de consumo duráveis, como em automóveis (+17,5% em out-nov/22) e outros equipamentos de transporte (+20,5%), que está alavancando a produção deste macrossetor como um todo (+6,8% em out-nov/22).

                          Quanto aos demais macrossetores, a intensidade de declínio no acumulado do ano até nov/22 é bem mais moderado: -0,4% em bens de capital e -0,5% tanto em bens de consumo semi e não duráveis como em bens intermediários.

                          Em todos estes casos, o último bimestre com dados disponíveis traz ventos favoráveis, mas importante notar que em dois deles a melhora é muito tênue. Em out-nov/22, a produção de bens de capital e bens de consumo semi e não duráveis ficou praticamente estagnada: +0,2% e +0,3%, respectivamente, ante out-nov/21.

                          Bens intermediários se saíram um pouco melhor, registrando +1,6% em out-nov/22, mas isso devido a apenas um ramo importante: intermediários da indústria alimentícia, cuja produção avançou de +2,1% em jul-set/22 para +23,8% em out-nov/22, sempre na comparação com o mesmo período do ano anterior.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de novembro de 2022 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou variação de +0,1% frente ao mês de outubro, na série livre de influências sazonais. Para o acumulado de doze meses registrou-se decréscimo de -1,0% e no acumulado no ano houve retração de -0,6%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (outubro de 2021), aferiu-se aumento de +0,9%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (outubro/2022), três das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens de capital (0,8%), bens semiduráveis e não duráveis (0,6%) e bens intermediários (0,4%). As duas categorias restantes registraram queda: bens duráveis (-0,4%) e bens de consumo (-0,1%).

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (novembro/2021), as cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens duráveis (2,0%), bens intermediários (1,3%), bens de capital (0,7%), bens de consumo (0,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,2%). 

                          Para o índice acumulado no ano de 2022, todos os cinco segmentos assinalaram resultado negativo: bens duráveis (-3,2%), bens de consumo (-1,0%), bens intermediários (-0,5%), bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,5%) e bens de capital (-0,4%).

                          Considerando o acumulado em 12 meses, as cinco categorias apresentaram variação negativa: bens duráveis (-4,3%), bens de consumo (-1,7%), bens semiduráveis e não duráveis (-1,1%), bens intermediários (-0,8%) e bens de capital (-0,1%). 

                          Setores. Na comparação de novembro de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (novembro de 2021), houve variação positiva no nível de produção de 15 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: bebidas (10,3%), impressão e reprodução de gravações (8,4%), produtos de madeira (7,4%), produtos diversos (6,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-1,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,8%), artigos do vestuário e acessórios (-3,8%), produtos têxteis (-5,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%).

                          Na comparação do acumulado do ano de 2022 (janeiro-novembro) com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em dez dos 26 ramos analisados, com destaque para os itens de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (12,2%), produtos do fumo (9,3%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,6%), fabricação de bebidas (3,5%) e celulose, papel e produtos de papel (3,4%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: metal, exceto máquinas e equipamentos (-9,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,9%), produtos de madeira (-11,3%), produtos de produtos têxteis (-12,9%) e móveis (-17,2%).

                          Por fim, na comparação nos últimos 12 meses (base últimos doze meses anteriores), a produção industrial apresentou variação positiva em nove dos 26 ramos analisados, sendo as maiores variações observadas nos seguintes segmentos: outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (11,2%), produtos do fumo (8,6%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,4%), fabricação de bebidas (3,6%) e celulose, papel e produtos de papel (2,7%). Em sentido oposto, as maiores variações negativas foram: produtos de madeira (-10,1%), metal, exceto máquinas e equipamentos (-10,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,6%), produtos de produtos têxteis (-14,1%) e móveis (-18,0%).

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