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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 05/07/2022

                          Crescimento reincidente, mas sem muito vigor

                          Pelo quarto mês seguido, a indústria brasileira escapa do terreno negativo ao registrar +0,3% na passagem de abr/22 para mai/22, com ajuste sazonal. Esta é uma boa notícia, já que o setor não apresentava uma sequência destas desde 2020. Tal evolução, com a ajuda de um dia útil a mais em mai/22, assegurou que a indústria voltasse a um nível de produção superior ao do ano passado (+0,5% ante mai/21).

                          Os dados favoráveis da pesquisa divulgada hoje pelo IBGE não param por aí. Há que se notar que a maioria dos ramos da indústria também ficou no azul na série com ajuste sazonal: 19 dos 26 ramos identificados pelo IBGE ou 73% do total. O mesmo ocorreu com os macrossetores: três cresceram e apenas um, o de bens intermediários, perdeu produção frente a abr/22.

                          Mas como às vezes ocorre, estas boas notícias vieram acompanhadas de alguns “poréns”. O primeiro deles é que a moderação das taxas recentes de crescimento conseguiu apenas levar o setor de volta para o nível de produção de dez/21, mal compensando o recuo de janeiro  último. O segundo é que seguiu-se abaixo do patamar pré-pandemia, tanto a indústria como um todo (-1,1% ante fev/20) como 50% de seus ramos.

                          Com expectativas de desaceleração da economia brasileira na segunda metade de 2022, é possível que esta falta de robustez no desempenho recente comprometa a continuidade da sequência de variações positivas que temos visto nos últimos meses.

                          Outro porém é que a variação positiva ante mai/21, que foi a primeira para a indústria total na comparação interanual, depois de 9 resultados negativos consecutivos, foi acompanhada por apenas metade de seus macrossetores, como mostram as variações a seguir:

                               •  Indústria geral: -1,9% em mar/22; -0,5% em abr/22 e +0,5% em mai/22;

                               •  Bens de capital: +4,9%; -4,9% e +5,7%;

                               •  Bens intermediários: -1,9%; 0% e -0,9%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -12,9%; -13,2% e -2,1%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis:  -0,9%; +3,1% e +2,2%, respectivamente.

                          Bens de capital voltaram a ocupar o posto de melhor desempenho entre os macrossetores, registrando alta de +5,7% ante mai/21, puxada por bens de capital para energia (+23,4%) e para a construção (+37,9%). Sua trajetória, contudo, vem apresentando muita oscilação, com expansões e contrações se alternando.

                          A produção de bens de capital para a própria indústria, que, ao menos em parte, reflete a evolução do investimento no setor, teve outro mês de queda: -4,5% ante mai/21, depois de ter declinado -13,4% no 1º trim/22 e -9,5% no 4º trim/21 frente ao mesmo período do ano anterior.

                          Bens de consumo semi e não duráveis também ampliaram produção, em +2,2% frente a mai/21, dando sequência à alta de abr/22. Ao que tudo indica, a fase negativa que marcou este macrossetor entre jul/21 e mar/22 parece ter chegado ao fim. Em maio último, contribuíram para isso os segmentos de calçados (+32,3%), carnes (+12,1%) e combustíveis (+3,1%).

                          Do lado negativo, bens de consumo duráveis, embora tenham atenuado bastante seu declínio, continuaram liderando as perdas em mai/22. Registraram -2,1%, sob influência da produção de eletrodomésticos (-8,0% ante mai/21), de móveis (-7,9%) e da indústria automobilística (-1,8%).

                          Já bens intermediários não assinalam uma única variação positiva na comparação interanual desde julho do ano passado. Mai/22 não fugiu à regra: -0,9%, devido sobretudo à metalurgia (-5,5%), insumos para a construção civil (-4,5%) e intermediários para o setor alimentício (-4,6%).

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional apresentou variação positiva de 0,3% no mês de maio de 2022 frente a abril, na série livre de influências sazonais. Para o acumulado em doze meses registrou-se decréscimo de 1,9% e considerando o acumulado no ano, houve retração de 2,5%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (maio de 2021), aferiu-se acréscimo de 0,5%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (abril/2022), para dados sem influência sazonal, quatro das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens de capital (7,4%), bens duráveis (3,0%), bens semiduráveis e não duráveis (0,8%), bens de consumo (0,2%) e bens intermediários (0,8%). Os bens intermediários caíram 1,3%.

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (maio/2021), três das cinco categorias analisadas apresentaram expansão: bens de capital (5,7%), bens semiduráveis e não duráveis (2,2%) e bens de consumo (1,3%). Em sentido oposto, as categorias restantes registraram retração: bens duráveis (-2,1%) e bens intermediários (-0,9%). 

                          Para o índice acumulado no ano de 2022, todos os segmentos assinalaram resultados negativos: bens duráveis (-14,1%), bens de consumo (-4,2%), bens intermediários (-2,1%), bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-1,5%) e bens de capital (-1,1%).

                          Por fim, considerando o acumulado em 12 meses, uma categoria apresentou variação positiva: bens de capital (10,4%). As demais categorias apresentaram variação negativa nessa base de comparação: bens duráveis (-14,8%), bens de consumo (-5,7%), bens semiduráveis e não duráveis (-3,3%) e bens intermediários (-1,7%). 

                          Setores. Na comparação de maio de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (maio de 2021), houve variação positiva no nível de produção em 12 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: couro, artigos de viagem e calçados (24,8%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (15,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (15,3%), impressão e reprodução de gravações (10,4%) e outros equipamentos de transporte (9,7%).

                          Por sua vez, as maiores variações negativas nessa base de comparação ficaram por conta dos seguintes setores: móveis (-8,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), produtos de metal (-5,8%) e metalurgia (-5,5%). 

                          Na comparação do acumulado do ano de 2022 (janeiro-maio), a produção industrial apresentou variação positiva em seis dos 26 ramos analisados, com as maiores variações observadas em: fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (10,6%), fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (7,3%), fabricação de produtos do fumo (7,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (3,6%) e fabricação de bebidas (3,4%). 

                          Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas no período foram: fabricação de móveis (-21,8%), fabricação de produtos têxteis (-16,6%), fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,2%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-13,3%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-11,8%).

                          Por fim, na comparação dos últimos 12 meses (base últimos doze meses anteriores), a produção industrial apresentou variação positiva em dez dos 26 ramos analisados, sendo as maiores observadas nos seguintes segmentos: fabricação de máquinas e equipamentos (7,9%), fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (7,7%), impressão e reprodução de gravações (5,1%), coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,9%) e metalurgia (3,6%). 

                          De outra maneira, as maiores variações negativas foram: fabricação de móveis (-19,2%), fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,9%) fabricação de produtos têxteis (-10,9%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-9,5%) e fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-8,2%).

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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