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                          Análise IEDI

                          Balança Comercial
                          Publicado em: 05/05/2022

                          A guerra e a balança comercial do Brasil

                          Um dos principais efeitos da guerra na Ucrânia sobre a economia mundial tem sido o reforço da alta de preços de diferentes commodities, notadamente alimentos e energia. O último relatório do Banco Mundial mostra que os preços da energia foram multiplicados por quatro nos últimos dois anos e os de alimentos aumentaram 84%. Grande player de muitos mercados de commodities, este quadro tem impacto direto sobre o comércio exterior do Brasil.

                          Os dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia indicam que a balança comercial do país seguiu superavitária em abr/22, acumulando nos primeiros quatro meses do ano um montante de US$ 19,9 bilhões, com uma alta de +10,5% ante o mesmo período do ano anterior.

                          As exportações se mantiveram em um ritmo de expansão de dois dígitos ao longo dos primeiros quatro meses do ano, acumulando alta de +23,8% ante jan-abr/21, segundo as médias por dias úteis. Já as importações cresceram +27,6% na mesma comparação. 

                          Ou seja, embora as compras externas tenham subido mais do que nossas vendas ao exterior, impulsionadas por produtos com preços em elevação, a diferença permanece pequena, indicando que o atual contexto internacional vem apresentando efeitos relativamente equidistantes nos dois sentidos de nossos fluxos comerciais. Mas como sugerem as variações interanuais a seguir, o que vale para o agregado não vale para cada um dos grandes setores.

                               •  Exportações totais: +34,2% em jan-dez/21 e +23,8% em jan-abr/22;

                               •  Exportações da agropecuária: +22,1% e +38,8%;

                               •  Exportações da indústria extrativa: +63,2% e -4,1%;

                               •  Exportações da indústria de transformação: +26,4% e +33,4%, respectivamente.

                          O grande somatizador dos eventos recentes é a indústria extrativa, cujas exportações em jan-abr/22 recuaram -4,1%, sob efeito de minério de ferro (-30,5%), em função de bases de comparação mais elevadas, mas também de expectativas menores de crescimento da economia mundial. No lado das importações, foi quem registrou maior avanço: +136,6%, devido às compras externas de gás natural (+199%), petróleo (+142,4%) e carvão (+153,3%), cujos preços subiram fortemente.

                          Este comportamento do setor extrativo foi compensado pelos demais setores, de modo a manter a evolução das importações e exportações totais do Brasil em ritmos semelhantes. A agropecuária acelerou seus embarques, beneficiando-se dos preços mais elevados em muitos de seus produtos, e a indústria de transformação mostrou resiliência, com exportações avançando à frente de suas importações.

                          Veio da agropecuária o aumento mais forte das exportações em jan-abr/22, de +38,8%, segundo as médias diárias. Este foi um resultado superior ao de 2021 como um todo (+22,1%). Muito disso deveu-se às vendas externas de soja (+38,1%), que representaram 71% do total do aumento dos embarques da agropecuária. Apesar disso, outros produtos também avançaram fortemente, como trigo, café e milho. As importações do setor variaram bem menos: +8,2% ante jan-abr/21.

                          Já a indústria de transformação não ficou muito atrás da agropecuária quanto às exportações, registrando +33,4% em jan-abr/22. Importante contribuição veio de produtos industriais também sob efeito da valorização das commodities nos mercados internacionais, como combustíveis, farelo de soja, carne bovina e carne de aves, que juntos responderam por quase 40% do aumento das exportações industriais. A retomada dos embarques de carnes para a China foi um dos fatores positivos em atuação.

                          Pelo lado das importações da indústria de transformação, a variação de +23,7% ficou mais de dez pontos percentuais atrás do ritmo de seus embarques ao exterior. E isso a despeito dos efeitos da guerra na Ucrânia, que fizeram com que a importação de fertilizantes e de combustíveis aumentassem +148% e +72,4%, respectivamente, nos quatro primeiros meses do ano frente a igual período de 2021. Juntos, estes dois produtos responderam por quase metade do aumento das importações industriais no período.

                          Conforme os dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia, no mês de abril de 2022 o saldo da balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,15 bilhões, variação de -13,9% frente ao saldo alcançado no mesmo período do ano anterior, US$ 9,96 bilhões.

                          As exportações registraram valor de US$ 28,90 bilhões, representando expansão de 16,7% em relação a abril de 2021, pela média diária. As importações totalizaram US$ 20,75 bilhões, o que significou expansão de 35,7% na mesma base de comparação, considerando os 19 dias úteis do mês.

                          Para o mês de abril de 2022, as médias diárias das exportações alcançaram US$ 1.521,2 milhões e das importações registradas ficaram em US$ 1.092,3 milhões.

                          Destaques exportações. Houve aumento das exportações, principalmente para os seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (4,48%) - Vietnã (+80,7%) com aumento de US$ 8,6 milhões na média diária); Tailândia (+60,0%) com aumento de US$ 7,7 milhões na média diária); Paquistão (+91,3%) com aumento de US$ 6,6 milhões na média diária); Japão (+27,9%) com aumento de US$ 6,1 milhões na média diária); Indonésia (+101,6%) com aumento de US$ 5,2 milhões na média diária); Europa (19,59%) - Turquia (+44,1%) com aumento de US$ 7,4 milhões na média diária); Alemanha (+31,7%) com aumento de US$ 6,7 milhões na média diária); Espanha (+21,4%) com aumento de US$ 6,2 milhões na média diária); Países Baixos (Holanda) (+12,8%) com aumento de US$ 5,5 milhões na média diária); Eslovênia (+ 563,8%) com aumento de US$ 4,4 milhões na média diária); América do Sul (42,89%) - Argentina (+47,8%) com aumento de US$ 21,4 milhões na média diária); Chile (+63,6%) com aumento de US$ 13,6 milhões na média diária); Colômbia (+41,3%) com aumento de US$ 6,0 milhões na média diária); Peru (+45,8%) com aumento de US$ 4,0 milhões na média diária); Paraguai (+24,5%) com aumento de US$ 2,7 milhões na média diária); América do Norte (28,56%) - Estados Unidos (+32,2%) com aumento de US$ 37,2 milhões na média diária); México (+30,7%) com aumento de US$ 7,2 milhões na média diária); Canadá (+7,7%) com aumento de US$ 1,7 milhões na média diária); América Central e Caribe (85,16%) - Virgens, Ilhas (Americanas) (+197.920,5%) com aumento de US$ 8,5 milhões na média diária); Panamá (+147,4%) com aumento de US$ 2,8 milhões na média diária); República Dominicana (+122,6%) com aumento de US$ 2,1 milhões na média diária); Bahamas (+120,0%) com aumento de US$ 0,6 milhões na média diária); Guatemala (+30,1%) com aumento de US$ 0,4 milhões na média diária); Oceania (26,45%) - Marshall, Ilhas (+51,8%) com aumento de US$ 0,7 milhões na média diária); Austrália (+31,8%) com aumento de US$ 0,6 milhões na média diária); África (108,16%) - África do Sul (+220,9%) com aumento de US$ 10,0 milhões na média diária); Egito (+346,5%) com aumento de US$ 9,7 milhões na média diária); Togo (+2.821,6%) com aumento de US$ 7,6 milhões na média diária); Marrocos (+556,6%) com aumento de US$ 4,0 milhões na média diária); Líbia (+199,9%) com aumento de US$ 2,1 milhões na média diária). Houve queda nas exportações, principalmente para os seguintes países: Oriente Médio (-5,14%) - Barein (-60,7% com queda de US$ -6,7 milhões na média diária); Omã (-27,4% com queda de US$ -1,7 milhões na média diária); Israel (-15,4% com queda de US$ -0,8 milhões na média diária); Síria (-90,7% com queda de US$ -0,1 milhões na média diária).

                          Destaques importações. Houve aumento das importações, principalmente, dos seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (12,35%) - China (+6,2%) com aumento de US$ 20,9 milhões na média diária); Singapura (+89,7%) com aumento de US$ 16,2 milhões na média diária); Índia (+41,0%) com aumento de US$ 6,5 milhões na média diária); Japão (+31,8%) com aumento de US$ 5,3 milhões na média diária); Vietnã (+54,6%) com aumento de US$ 5,2 milhões na média diária); Europa (31,1%) - Espanha (+69,4%) com aumento de US$ 12,5 milhões na média diária); Países Baixos (Holanda) (+27,8%) com aumento de US$ 8,6 milhões na média diária); Turquia (+60,9%) com aumento de US$ 6,7 milhões na média diária); Bélgica (+43,2%) com aumento de US$ 6,1 milhões na média diária); Portugal (+86,2%) com aumento de US$ 6,1 milhões na média diária); América do Sul (37,09%) - Chile (+60,0%) com aumento de US$ 12,8 milhões na média diária); Argentina (+26,6%) com aumento de US$ 11,5 milhões na média diária); Colômbia (+40,1%) com aumento de US$ 4,7 milhões na média diária); Uruguai (+51,6%) com aumento de US$ 3,8 milhões na média diária); Peru (+32,3%) com aumento de US$ 3,2 milhões na média diária); América do Norte (29,9%) - Estados Unidos (+32,9%) com aumento de US$ 32,1 milhões na média diária); México (+31,0%) com aumento de US$ 5,5 milhões na média diária); Canadá (+12,3%) com aumento de US$ 2,2 milhões na média diária); América Central e Caribe (57,79%) - Virgens, Ilhas (Americanas) (+74.050,8%) com aumento de US$ 3,5 milhões na média diária); República Dominicana (+117,2%) com aumento de US$ 2,0 milhões na média diária); Panamá (+88,1%) com aumento de US$ 1,5 milhões na média diária); Bonaire, Saint Eustatius e Saba (+11.410,3%) com aumento de US$ 0,9 milhões na média diária); Cuba (+107,5%) com aumento de US$ 0,5 milhões na média diária); Oriente Médio (28,53%) - Israel (+278,3%) com aumento de US$ 7,2 milhões na média diária); Emirados Árabes Unidos (+76,1%) com aumento de US$ 4,9 milhões na média diária); Irã (+24,7%) com aumento de US$ 1,5 milhões na média diária); Iraque (+125,7%) com aumento de US$ 0,6 milhões na média diária); Arábia Saudita (+ 5,9%) com aumento de US$ 0,5 milhões na média diária); Oceania (30,89%) - Marshall, Ilhas (+56,6%) com aumento de US$ 0,6 milhões na média diária); Austrália (+20,1%) com aumento de US$ 0,4 milhões na média diária); África (62,7%) - Egito (+119,6%) com aumento de US$ 6,4 milhões na média diária); África do Sul (+128,4%) com aumento de US$ 5,3 milhões na média diária); Marrocos (+112,2%) com aumento de US$ 2,2 milhões na média diária); Togo (+658,3%) com aumento de US$ 2,1 milhões na média diária); Argélia (+35,9%) com aumento de US$ 2,0 milhões na média diária).

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                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

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