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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 14/01/2022

                          Novembro fraco

                          As vendas do comércio varejista voltaram a crescer em nov/21, embora metade de seus segmentos tenham recuado sob efeito de uma fraca edição das liquidações da Black Friday no ano passado. Frente a out/21, a variação foi de +0,6% no varejo restrito e de +0,5% no varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos, autopeças e material de construção, já descontados os efeitos sazonais.

                          A prática de descontos nos preços de muitos produtos durante a pandemia, em 2020, e a corrosão do poder de compra da população, provocada pelo desemprego elevado, aceleração da inflação e redução do auxílio emergencial pago às famílias, em 2021, contribuíram para vendas menos intensas durante a Black Friday do ano passado, restringindo o desempenho do varejo como um todo no último mês de novembro.

                          O crescimento das vendas na passagem de out/21 para nov/21 se deu mais em função de segmentos menos influenciados pelas promoções que se tornaram tradicionais no período, como supermercados, alimentos, bebidas e fumo, que registraram +0,9%, e artigos farmacêuticos e perfumaria, com alta de +1,2%, já descontados os efeitos sazonais.

                          Entre os cinco segmentos do varejo no vermelho, destacam-se combustíveis e lubrificantes, móveis e eletrodomésticos, e vestuário e calçados, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  Varejo restrito: -1,0% em set/21; +0,2% em out/21 e +0,6% em nov/21;

                               •  Varejo ampliado: -0,9%; -0,8% e +0,5%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -1,2%; +0,3% e +0,9%;

                               •  Combustíveis e lubrificantes: -2,9%; -0,3% e -1,4%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -1,7%; +1,3% e -1,9%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -4,6%; -2,1% e -2,3%;

                               •  Veículos e autopeças: -1,8%; -0,4% e +0,7%;

                               •  Material de construção: -0,8%; -0,8% e +0,8%, respectivamente.

                          O segmento de combustíveis, sob efeito da escalada de preços, já acumula seis meses seguidos de queda no volume das vendas. Em nov/21, registrou -1,4% ante out/21, já descontados os efeitos sazonais. 

                          Móveis e eletrodomésticos vêm igualmente de uma longa sequência de recuos, que nem mesmo as liquidações de novembro reverteram: -2,3%, com ajuste. A demanda por estes produtos tende a ser adiada pelas famílias no atual contexto de desemprego e inflação. Isto também ocorre com vestuário e calçados (-1,9%), ainda mais quando a sociabilidade não está plenamente restabelecida e quando o teletrabalho segue uma realidade para muitas pessoas.

                          Equipamentos de escritório, informática e comunicação, após a interrupção de out/21 (+5,7%) retomaram a tendência de queda e registraram -0,1%, reforçando a fase adversa para o varejo de bens de consumo duráveis.

                          Material de construção, por sua vez, em declínio entre jun/21 e out/21, voltou a apresentar ampliação de vendas. A alta de +0,8%, contudo, recompôs muito pouco das perdas anteriores. O mesmo ocorreu com as vendas de veículos e autopeças, que registraram +0,7% em nov/21, embora neste caso, o período anterior de perdas tenha sido menor.

                          À exceção de material de construção, todos estes segmentos do varejo anteriormente citados estão entre os ramos mais distantes do pré-pandemia. Em alguns casos, 2021 trouxe expressivo retrocesso, a exemplo de móveis e eletrodomésticos, que em dez/20 estavam 8,5% acima de fev/20 e agora em nov/21 ficaram 14,8% abaixo deste patamar.

                          Com uma defasagem de dois dígitos também se encontravam combustíveis e lubrificantes (-12,5%) e equipamentos de escritório, informática e comunicação (-12,8%). Para veículos e autopeças, assim como para vestuário e calçados, 2021 não agravou a situação em comparação com o pré-pandemia, mas também não ajudou. No primeiro caso o nível de vendas está 5,9% aquém de fev/20 e no segundo caso, 7,5% abaixo, o que representa um quadro muito próximo ao que estavam em dez/20 (-5,6% e -7,8%, respectivamente).

                          Segundo os dados de novembro de 2021 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou expansão de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior (outubro/2021), na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de novembro de 2020, houve retração de 4,2%. Para o acumulado nos últimos doze meses e para o acumulado do ano (jan-nov) aferiu-se expansão de 1,9%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 0,5% em relação a outubro de 2021, a partir de dados livres de influências sazonais. Frente ao mês de novembro de 2020 houve retração de 2,9%. Para o acumulado nos últimos 12 meses e para o acumulado do ano (jan-nov) verificou-se aumento de 5,1% e 5,3%, respectivamente.

                          Frente ao mês imediatamente anterior (outubro/2021), a partir de dados dessazonalizados, três dos oito setores analisados apresentaram expansão: outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). Por outro lado, os cinco setores analisados restantes registraram variações negativas nessa base de comparação: móveis e eletrodomésticos (-2,3%), tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-0,1%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se expansão de 0,5%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças apresentou variação positiva de 0,7%, enquanto material de construção cresceu 0,8%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (novembro de 2020), o segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registrou expansão de 2,5%. Houve queda nos outros sete setores: móveis e eletrodomésticos (-21,5%), livros, jornais, revista e papelaria (-14,4%), combustíveis e lubrificantes (-7,1%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,6%), tecidos, vestuário e calçados (-4,4%) outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se retração de 2,9% nessa base de comparação, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças obteve expansão de 1,7% e o setor de material de construção apresentou declínio de 4,1%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-novembro de 2021), aferiu-se expansão de 1,9% no comércio varejista, com crescimento em quatro dos oito segmentos analisados: tecidos, vestuário e calçados (16,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (15,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,0%) e combustíveis e lubrificantes (0,9%). Em sentido oposto, os quatro segmentos analisados restantes apresentaram decréscimos: livros, jornais, revista e papelaria (-18,1%), móveis e eletrodomésticos (-5,7%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,5%). No comércio varejista ampliado houve variação positiva de 5,3% no período, sendo que veículos e motos, motocicletas, partes e peças apresentou acréscimo de 16,6% e em material de construção houve expansão de 5,6%. 

                          Por fim, comparando novembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior (novembro/2020), quatro das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista: Espírito Santo (3,3%), Roraima (3,1%) Rio Grande do Sul (2,4%) e Mato Grosso do Sul (0,2%). Em sentido oposto, as 23 unidades federativas restantes apresentaram decréscimo, sendo as maiores observadas em: Sergipe (-14,9%), Bahia (-13,8%), Maranhão (-11,7%), Paraíba (-10,8%), Ceará (-7,8%), Goiás (7,0%), Rio de Janeiro (-6,1%), e Distrito Federal (-4,7%).

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