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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 03/12/2021

                          Retrocesso persistente e difundido

                          Com o avançar do ano, está claro que 2021 não é um ano de recuperação para a indústria brasileira. Bases de comparação baixas ainda encobrem parcialmente a involução do setor, por isso, o desempenho mês após mês com ajuste sazonal se mostra mais efetivo para descrever o quadro atual. 

                          Ontem, vimos que o PIB da indústria total ficou estagnado e que a indústria de transformação não registrou um trimestre sequer de expansão em 2021: -0,4% no 1º trim/21, -2,5% no 2º trim/21 e -1,0% no 3º trim/21. Hoje, o IBGE mostra que as perdas tiveram sequência. A produção física da indústria caiu mais uma vez: -0,6% em out/21 ante o mês anterior com ajuste.

                          Ao todo, oito dos dez meses já cobertos por estatísticas do IBGE ficaram no vermelho, levando a indústria a um patamar de produção 4,1% inferior ao pré-pandemia, isto é, em relação a fev/20. É um retrocesso persistente e também difundido entre os distintos ramos industriais, pois atingiu 19 dos 26 ramos acompanhados na passagem de set/21 para out/21, o equivalente 73% do total do setor.

                          Entre os macrossetores, o recuo foi igualmente generalizado: três perderam produção na série com ajuste sazonal e apenas um conseguiu crescer. As variações a seguir mostram este placar majoritariamente negativo.

                               •  Indústria geral: -0,8% em ago/21; -0,6% em set/21 e -0,6% em out/21;

                               •  Bens de capital: -1,2%. -1,1% e +2,0%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,6%; -0,2% e -0,9%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -3,7%; -0,6% e -1,9%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +0,6%; -0,2% e -1,2%, respectivamente.

                          A única exceção foi bens de capital, cujo avanço de +2,0% em out/21 não foi suficiente nem mesmo para compensar as perdas dos dois meses anteriores. Apesar disso, continuam sendo quem melhor tem se saído: dos dez meses conhecidos, seis registraram alta da produção e superam o pré-pandemia em 18,2%. 

                          Bens de capital também são o único macrossetor a preservar expansão na comparação interanual, de +8,4% ante out/20, e a registrar desempenho positivo de dois dígitos no acumulado de jan-out/21: +34,1%. Os principais motores disso são os bens de capital para a agricultura, para a construção e, em menor medida, para o setor de energia.

                          Todos os demais recuaram em 2021, sobretudo bens de consumo duráveis que não tiveram nenhum mês de crescimento em 2021 até outubro. É a parte da indústria que volta a flertar com a crise: está 24,4% abaixo do pré-pandemia e apresenta perdas de dois dígitos na comparação com o mesmo período do ano passado: -17,4% no 3º trim/21 e -27,8% em out/21. 

                          Vale lembrar que bens de consumo duráveis estão particularmente expostos às rupturas das cadeias produtivas, já que para produzir abarcam um conjunto amplo de partes, peças e componentes, e também são os que mais tendem a sentir os efeitos do deslocamento da demanda de bens para os serviços, com o avanço da vacinação e da redução das medidas restritivas.

                          Bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários, por sua vez, não ficaram muito atrás. Registraram quedas de -1,2% e -0,9%, respectivamente, na passagem de set/21 para out/21, já descontados os efeitos sazonais, e de -10,3% e -6,3% em comparação com out/20. Ambos voltaram a submergir a níveis inferiores ao pré-pandemia: -7,9% e -1,1%, respectivamente.

                          São atividades que além dos gargalos no fornecimento de insumos também têm sofrido importante pressão de custos devido à evolução dos preços de commodities. Para bens de consumo semi e não duráveis, há ainda o peso do alto desemprego e queda do poder de compra da população, refletindo, por exemplo, em perdas de -4,2% em alimentos, -4,1% em vestuário e -1,8% em higiene e limpeza agora em out/21.

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal para outubro de 2021 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou retração de 0,6% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. No acumulado em doze houve acréscimo de 5,7% e considerando o acumulado no ano verificou-se crescimento de 5,7%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (outubro de 2020) aferiu-se retração de 7,8%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (setembro/2021), para dados sem influência sazonal, a categoria de bens de capital apresentou expansão de 2,0%. Em sentido oposto, os três outros segmentos considerados restantes apresentaram retração: bens duráveis (-1,9%), bens semiduráveis e não duráveis (-1,2%), bens intermediários (-0,9%) e bens de consumo (-0,6%).

                          Frente o mesmo mês do ano anterior (outubro/2020), a categoria de bens de capital apresentou expansão de 8,4%. Na mesma base de comparação, as demais categorias analisadas apresentaram variação negativa: bens de consumo duráveis (-27,8%), bens de consumo (-14,0%), bens semiduráveis e não duráveis (-10,3%) e bens intermediários (-6,3%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, houve acréscimo em todos os segmentos considerados: bens de capital (34,1%), bens duráveis (7,1%), bens intermediários (4,6%), bens de consumo (2,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,9%). No acumulado do ano (janeiro-outubro), todos os segmentos também apresentaram variação positiva: bens de capital (32,1%), bens duráveis (7,2%), bens intermediários (4,8%) bens de consumo (2,0%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,7%). 

                          Setores. Na comparação com outubro de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 7 dos 26 ramos pesquisados: impressão e reprodução de gravações (14,5%), outros equipamentos de transporte (4,9%), ouros produtos químicos (4,2%), máquinas e equipamentos (4,1%), metalurgia (2,9%), celulose, papel e produtos de papel (2,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (1,4%0). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,4%), móveis (-23,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-22,8%), couro, artigos de viagem e calçados (-19,0%), produtos têxteis (-18,7%) produtos alimentícios (-17,1%).

                          Por fim, na comparação do acumulado no ano de 2021 (janeiro-outubro) frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 20 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: máquinas e equipamentos (29,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (28,2%), impressão e reprodução de gravações (23,3%), metalurgia (20,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (19,5%), outros equipamentos de transporte (19,1%), produtos de minerais não-metálicos (17,6%) e produtos diversos (15,6%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: produtos alimentícios (-8,8%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-5,4%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-4,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-1,4%).

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

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