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                          Análise IEDI

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                          Publicado em: 27/09/2021

                          Juros em alta, concessões em queda

                          Os dados divulgados hoje pelo Banco Central indicam que o total das concessões de crédito encolheu -2,0% na passagem de jul/21 para ago/21, já descontados os efeitos sazonais. Esta foi a primeira variação negativa deste ano e ocorreu em função da contração registrada pelas operações junto a pessoas jurídicas (-3,4%).

                          Este pode ter sido um primeiro impacto sobre o ritmo de concessão da atual fase de elevação da taxa básica de juros (Selic) promovida pela autoridade monetária, desde o final do primeiro trimestre de 2021, em resposta ao aumento da inflação. Vale mencionar que a partir de meados de jun/21, o BC intensificou a alta dos juros de 0,75% a.a. para 1,00% a.a. a cada reunião do Copom.

                          Como resultado, os juros médios dos empréstimos cujas condições são livremente pactuadas pelas partes, melhor refletindo as condições de mercado do crédito, chegaram a 29,9% a.a. em ago/21 em termos nominais. Este é o maior patamar desde mai/20 e acima da média já elevada de 25,5% a.a. de dez/20. 

                          O maior aumento da taxa média de juros coube ao segmento corporativo de crédito, que passou de 11,6% a.a. em dez/20 para 16,2% a.a. em ago/21, uma alta equivalente a 40%. O crédito às famílias permaneceu com uma média de taxas de juros bem acima, mas sua ampliação foi mais modesta, ao passar de 37,2% a.a. em dez/20 para 40,9% em ago/21, isto é, de +10%.

                          É um movimento que tende a desestimular a expansão do crédito nos próximos meses, especialmente no segmento livre, que vem mostrando maior dinamismo em 2021. De todo modo, devido a bases ainda baixas de comparação, o desempenho do crédito no acumulado de jan-ago/20 frente a igual período do ano anterior não só é positivo, de +16,6%, mas também registra aceleração, como mostram as variações abaixo.

                               •  Concessões reais totais: +6,2% em jan-ago/20 e +16,6% em jan-ago/21;

                               •  Concessões reais às empresas: +15,2% e +9,2%, respectivamente;

                               •  Concessões reais às famílias: -1,3% e +23,9%, respectivamente.

                          É o crédito às famílias que puxa a aceleração das concessões reais nestes oito meses de 2021, depois da contração no ano passado. Todas as suas modalidades têm tido avanço de novas contratações, mas vale destacar a alta de +10,5% das concessões de crédito pessoal em jan-ago/21, de +32,6% do financiamento à aquisição de veículos e de +59% do financiamento imobiliário.

                          Já as concessões às empresas desacelerou de +15,2% em jan-ago/20 para +9,2% em jan-ago/21. Algumas modalidades importantes, porém, estão no negativo no acumulado de 2021 até o mês de agosto, como capital de giro, com -36,8%, conta garantida (-17%), desconto de cheques (-3,8%), e, no segmento oficial de crédito, como os empréstimos do BNDES (-32,9%).

                          Os dados de crédito apresentados hoje pelo Banco Central do Brasil registraram que o saldo das operações alcançou R$4,3 trilhões em agosto, apresentando crescimento de 1,5% em relação ao mês imediatamente anterior. Na mesma base de comparação, o saldo de crédito a pessoas físicas alcançou variação positiva de 1,9% (R$2,5 trilhões) e a carteira de pessoas jurídicas registrou variação positiva de 1,0% (R$1,9 trilhão). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto de 2020), o saldo total de crédito obteve incremento de 15,9%.

                          A carteira de crédito com recursos livres registrou R$2,5 trilhões, variação positiva de 1,6% em relação ao mês anterior e expansão de 17,3% quando comparado com agosto de 2020. A parcela destas operações realizadas junto a pessoas físicas ficou em R$1,4 trilhão, aferindo expansão de 1,9% em relação ao mês imediatamente anterior e crescimento de 20,5% quando comparado com o mês de agosto de 2020. Para as operações junto a pessoas jurídicas, aferiu-se montante da ordem de R$1,2 trilhão, apresentando expansão de 1,4% em relação ao mês anterior e variação positiva de 13,7% na comparação com o mesmo período de 2020. 

                          O estoque de crédito com recursos direcionados registrou valor de R$1,8 trilhão em agosto de 2021 em termos nominais, indicando expansão de 14,0% frente ao mesmo mês do ano anterior e variação positiva de 1,3% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo referente as pessoas físicas registrado foi de R$1,1 trilhão, apresentando incremento de 16,6% quando comparado ao mês de agosto de 2020. O saldo relativo a pessoas jurídicas foi de R$683,6 bilhões, acréscimo de 9,9% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior.  

                          No mês de agosto de 2021 foram concedidos R$431,8 bilhões em novas operações de crédito, apresentando variação positiva de 24,2% frente ao montante de R$347,8 bilhões observado em agosto de 2020. Deste volume apresentado em agosto de 2021, R$375,2 bilhões foram originados de recursos livres e R$56,7 bilhões de recursos direcionados, o que representou, quando comparados aos mesmos meses do ano anterior, incremento de 33,0% para recursos livres e variação negativa de 13,6% para recursos direcionados.

                          Para as concessões de crédito para pessoas físicas a partir de recursos livres, destacaram-se as operações de crédito rotativo (R$142,5 bilhões), cartão de crédito (R$136,4 bilhões), crédito não rotativo (R$54,7 bilhões), crédito pessoal (R$38,2 bilhões) e cheque especial (R$30,3 bilhões). Quanto as pessoas jurídicas, as principais modalidades foram desconto de duplicatas (R$57,0 bilhões), capital de giro (R$19,9 bilhões), cheque especial (R$17,2 bilhões), conta garantida (R$10,3 bilhões) e cartão de crédito (R$7,3 bilhões).

                          Nas novas concessões de crédito realizadas com recursos direcionados destacaram-se, para pessoas físicas, as modalidades de crédito rural (R$19,3 bilhões), financiamento imobiliário (R$17,6 bilhões), microcrédito (R$1,4 bilhão) e BNDES (R$1,4 bilhão). Para as empresas as principais modalidades foram crédito rural (R$8,9 bilhões), BNDES (R$3,8 bilhões) e financiamentos imobiliários (R$1,4 bilhão).   

                          Setores. Considerando o saldo total de crédito do sistema financeiro nacional por atividade econômica, a carteira de operações para o setor de serviços registrou R$1,0 bilhão, o que significa um acréscimo nominal de 17,3% frente a agosto de 2020. As maiores expansões foram registradas em serviços financeiros (66,1%), varejo – bens duráveis (37,6%), comércio varejo – bens não-duráveis (29,9%), comércio geral – bens intermediários (29,5%), comércio atacado – bens duráveis e não duráveis (27,6%), comércio (28,0%), demais serviços prestados às famílias (22,4%), outros serviços (20,1%), transporte via terrestre (17,9%) e transporte (10,5%). 

                          Para o setor da indústria aferiu-se valor de R$734,9 bilhões, variação positiva de 5,1% frente ao mesmo mês do ano anterior. O setor agropecuário registrou crédito de R$37,2 bilhões, variação positiva de 26,4% em termos nominais, quando comparado ao registrado no mês de agosto de 2020. 

                          Analisando a distribuição de crédito do sistema financeiro nacional por controle de capital, temos que as instituições financeiras públicas emprestaram R$1,886 trilhão, representando 43,5% do volume de crédito, as instituições financeiras privadas nacionais concederam R$1,776 trilhão, representando 41,0%, e as instituições financeiras estrangeiras contribuíram com R$671,8 bilhões, representando por sua vez 15,5% do volume total de crédito no sistema financeiro.

                          Juros e Inadimplência. A taxa média de juros das operações contratadas em agosto alcançou 21,1% a.a., aumento de 0,7 p.p. no mês e de 1,3 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões situou-se em 14,5 p.p., o que representou declínio de 0,1 p.p. e de 0,4 p.p., nas mesmas bases de comparação.   

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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