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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 03/08/2021

                          Reação sem continuidade

                          Junho de 2021 foi mais um mês de obstrução da retomada industrial, com variação de 0% frente a mai/21, confirmando que o primeiro semestre poderia ter sido muito melhor do que foi, se o país não tivesse demorado tanto para avançar na vacinação contra a Covid-19 e não tivesse interrompido as medidas emergenciais em meio ao segundo surto de coronavírus.

                          O saldo da primeira metade do ano, considerados os resultados com ajuste sazonal, foi o seguinte: três meses de perda de produção, dois meses de estabilidade e apenas um único mês de crescimento, em mai/21. No caso da indústria de transformação, foi ainda pior: cinco meses de queda e apenas um positivo.

                          Assim, se a indústria como um todo registra avanço acumulado de jan-jun/21 (+12,9%) frente ao mesmo período do ano passado é, em grande medida, devido a uma base de comparação extremamente deprimida e ao carregamento estatístico provocado pela reação do segundo semestre de 2020, quando houve melhora no quadro sanitário e medidas emergenciais mais robustas para lutar contra os efeitos econômicos da pandemia.

                          Se tomarmos o nível de produção de jun/21 em comparação com aquele de dez/21, já corrigidos os efeitos sazonais, temos um declínio de -3,2%. Isso significa que boa parte do que foi conquistado na recuperação de 2020 foi perdido em 2021, de modo que a indústria geral voltou exatamente ao nível pré-pandemia de fev/20, depois de ter superado esta marca em 3,5% na entrada do ano. Não é um mau desempenho dadas condições atuais, mas poderia ter sido mais favorável, se a tendência de expansão do 2º sem/20 tivesse tido continuidade.

                          Na passagem de mai/21 para jun/21, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, apenas um macrossetor conseguiu crescer, enquanto todos os outros três ficaram no vermelho. O sinal negativo também atingiu 14 dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE, incluindo alimentos (-1,3%), veículos (-3,8%) e papel e celulose (-5,3%).

                               •  Indústria geral: -1,5% em abr/21; +1,4% em mai/21 e 0% em jun/21;

                               •  Bens de capital: +3,1%;+1,4% e +1,4%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -1,2%; -0,6% e -0,6%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -1,8%; -2,2% e -0,6%;

                               •  Bens de consumo semi em não duráveis: -1,1%; 3,6% e -1,3%, respectivamente.

                          Bens de capital foi o único macrossetor industrial a registrar aumento de produção na série com ajuste sazonal: +1,4% ante mai/21. De fato, é o único a apresentar um processo mais consistente de recuperação, com quatro altas e duas quedas no 1º sem/21. Com isso, seu nível de produção, que em dez/20 havia superado 15,2% o nível pré-pandemia de fev/20, progrediu para 16% acima deste patamar agora em jun/21.

                          Bens de consumo, sejam duráveis sejam semi e não duráveis, todos registraram clara involução. Bens de consumo duráveis são claramente o pior caso, pois já são sete meses seguidos de perda de produção, sendo -0,6% na passagem de mai/21 para jun/21. Na comparação com fev/20, terminou o 1º sem/21 em patamar 14,8% abaixo, depois de chegado a dez/21 com produção 1,6% acima.

                          Já no macrossetor de bens de consumo semi e não duráveis, há mais oscilação entre altas e baixas na série com ajuste sazonal, com perdas mais intensas concentradas em poucos meses (notadamente mar/21), mas o resultado final é semelhante ao dos duráveis. Com o recuo de -1,3% em jun/21, seu nível de produção passou a ficar 7,6% abaixo do pré-pandemia, depois de ter superado este patamar entre nov/20 e fev/21.

                          Por fim, bens intermediários merecem atenção adicional, não apenas por constituírem o núcleo do sistema industrial, mas também pelos persistentes relatos de problemas no fornecimento de partes, componentes e insumos. Seu desempenho tem sido muito fraco desde out/20 e em 2021 praticamente não cresceu até agora. O melhor que se conseguiu foi registrar +0,4% de jan/21 para fev/21, com ajuste sazonal. Em jun/21, teve seu terceiro resultado negativo consecutivo, mas por ora se mantem 1,5% acima do pré-pandemia.

                          Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal de junho de 2021 divulgados hoje pelo IBGE mostram que a produção industrial nacional registrou estabilidade frente ao mês de maio de 2021, apresentando variação nula (0,0%) no período, segundo dados livres de influência sazonal. No acumulado em doze meses registrou-se acréscimo de 6,6%, e considerando o acumulado no ano houve crescimento de 12,9%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (junho de 2020), aferiu-se incremento de 12,0%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (maio/2021), para dados sem influência sazonal, um dos cinco segmentos analisados apresentou expansão: a categoria de bens de capital (1,4%). De outro lado, apresentaram retrações os quatro outros segmentos considerados: bens semiduráveis e não duráveis (-1,3%), bens de consumo (-0,9%), bens duráveis (-0,6%) e bens intermediários (-0,6%). 

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (junho/2020), os cinco segmentos analisados apresentaram acréscimos: bens de capital (54,8%), bens de consumo duráveis (31,0%), bens intermediários (10,8%), bens de consumo (6,0%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,6%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se acréscimos em todos os segmentos considerados, a saber: bens de capital (20,4%), bens duráveis (11,4%), bens intermediários (7,2%), bens de consumo (3,2%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,2%). No acumulado do ano (janeiro-junho) todos os segmentos apresentaram variações positivas, na seguinte ordem: bens duráveis (36,4%), bens de capital (20,4%), bens intermediários (10,9%) bens de consumo (10,7%) e bens semiduráveis e não duráveis (5,5%). 

                          Setores. Na comparação com junho de 2020 houve variação positiva no nível de produção em 19 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (81,5%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (54,0%), couro, artigos de viagem e calçados (53,8%), máquinas e equipamentos (52,5%), metalurgia (47,7%), produtos diversos (41,1%), outros equipamentos de transporte (37,2%) e produtos têxteis (28,8%). Já as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (-20,4%), produtos alimentícios (-7,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,1%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,8%), bebidas (-4,3%) e móveis (-2,5%).

                          Por fim, na comparação do acumulado no ano de 2021 (janeiro-maio) frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 21 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: veículos automotores, reboques e carrocerias (56,9%), máquinas e equipamentos (41,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (39,2%), produtos têxteis (35,1%), produtos diversos (32,8%), produtos de minerais não-metálicos (31,3%), outros equipamentos de transporte (31,1%), couro, artigos de viagem e calçados (28,6%) e metalurgia (26,3%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: produtos alimentícios (-5,7%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,5%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-3,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-1,1%).

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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