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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 08/05/2024

                          Trimestre de alta concentrada

                          Depois de um começo de ano de crescimento, as vendas reais do comércio varejista assumiram uma trajetória de desaceleração de modo a chegar em mar/24 em um quadro de estabilidade. O resultado foi de 0% frente a fev/24, já descontados os efeitos sazonais, e de -0,3% se incluídos os segmentos de veículos, autopeças, material de construção e atacarejo, isto é, no conceito ampliado do setor.

                          Foi um mês em que praticamente nenhuma parcela do varejo se salvou. Dos 10 ramos acompanhados pelo IBGE, 9 apresentaram perda nas vendas na série com ajuste sazonal. A única exceção foi o ramo de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que cresceu +1,4% frente a fev/24.

                          Os casos de maior adversidade foram os bens de consumo duráveis, que, como já observamos em outras ocasiões, dependem muito das condições de crédito disponíveis às famílias. As vendas de equipamentos de escritório, informática e comunicação encolheram -8,7% ante o mês anterior, as de móveis e eletrodomésticos, -2,4% e as de veículos e autopeças, -1,4%, sempre com ajuste sazonal.

                          Embora mar/24 tenha sido um mês “parado”, não se saindo bem igualmente na comparação com mar/23, ao menos em seu conceito ampliado (-1,5%), o agregado do 1º trim/24 trouxe crescimento, como mostram as variações interanuais a seguir.

                               •  Varejo restrito: +2,7% no 3º trim/23; +1,3% no 4º trim/23 e +5,9% no 1º trim/24;

                               •  Varejo ampliado: +2,9%; +2,3% e +4,6%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: +5,3%; +4,2% e +8,0%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +1,3%; +0,6% e -0,2%;

                               •  Eq. de escritório, informática e comunicação: +5,7%; +4,0% e -0,3%;

                               •  Veículos e autopeças: +10%; +11,6% e +9,4%;

                               •  Material de construção: -1,9%; +1,8% e -1,7%, respectivamente.

                          O primeiro aspecto a ser destacado é que o resultado de jan-mar/24 não só é positivo, como é o mais elevado desde que o setor voltou ao azul e isso tanto em seu conceito restrito (+5,9% ante jan-mar/23) como em seu conceito ampliado (+4,6%).

                          O ponto de atenção é que este crescimento esteve muito concentrado. No 1º trim/24, apenas 4 dos 11 ramos do varejo acompanhados pelo IBGE na comparação interanual (ou 36% deles) conseguiram ampliar vendas, tendo sido a menor parcela no positivo desde o final de 2022, quando o varejo parou de cair. No 4º trim/23, 8 ramos tinham crescido.

                          O ramo de supermercados, alimentos, bebidas e fumo registrou alta de +8,0% em jan-mar/24 frente a jan-mar/23, dando a maior contribuição ao resultado do comércio varejista ampliado: 2,6 pontos percentuais do crescimento de +4,6% do agregado do setor. 

                          Inflação perdendo força e desemprego em recuo são importantes fatores impulsionadores para esta parcela do varejo, ao que se somam o aumento do salário mínimo e a ampliação de programas de transferências de renda do governo, como o Bolsa Família.

                          Veículos e autopeças foi outro ramo em expansão. Suas vendas registraram a alta de +9,4%, implicando a segunda maior contribuição ao desempenho total do varejo ampliado (+1,6 p.p.). Como se sabe, o programa de redução de impostos sobre a venda de veículos em meados do ano passado foi essencial para que este ramo passasse a apresentar taxas de variação mais robustas.

                          Já o ramo de produtos farmacêuticos, ortopédicos e de perfumaria apresentou a maior taxa de crescimento no 1º trim/24 ante o 1º trim/23, de +12,2%, e foi responsável pela terceira maior contribuição positiva à alta de +4,6% do varejo ampliado como um todo: +0,7 ponto percentual. Tal como o ramo de alimentos e bebidas, suas vendas também estão mais associadas à evolução da renda corrente. 

                          Entre aqueles com perdas no acumulado jan-mar/24 encontram-se ramos cujos mercados dependem mais do crédito, como móveis e eletrodomésticos (-0,2%), equipamentos de escritório, informática e comunicação (-0,3%), tecidos, vestuário e calçados (-0,3%) e material de construção (-1,7%). 

                          O ramo de outros artigos pessoais e domésticos, que inclui as lojas de departamento, embora também tenha vendas que, frequentemente, exijam algum crédito, até conseguiu crescer no 1º trim/24, registrando +6,4%, mas isso após sete trimestres consecutivos de queda.

                           

                          A partir dos dados de março de 2024 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou estabilidade (0,0%) frente ao mês imediatamente anterior (fevereiro/2024), na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mês de março de 2023, houve acréscimo de 5,7%. No acumulado nos últimos doze meses aferiu-se crescimento de 2,5%. No acumulado no ano verificou-se expansão de 5,9%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças, de materiais de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou-se queda de -0,3% em relação a fevereiro de 2024, a partir de dados livres de influências sazonais. Frente ao mês de março de 2023, houve decréscimo de 1,5%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses e no acumulado no ano verificou-se aumento de 2,9% e de 4,6%, respectivamente.

                          A partir de dados dessazonalizados, considerando a comparação com o mês imediatamente anterior (fevereiro/2024), uma das oito atividades pesquisadas apresentou expansão: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%). As demais atividades registraram queda: equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (-8,7%), móveis e eletrodomésticos (-2,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1 %), combustíveis e lubrificantes (-0,6%), tecidos e calçados (-0,4%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e outros artigos de uso pessoal (-0,1%).

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (março de 2023), três dos oito segmentos apresentaram incremento no volume de vendas: outros artigos de uso pessoal (13,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (11,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,6%). Os cinco segmentos restantes apresentaram variação negativa: livros, jornais, revistas e papelaria (-16,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,4%), combustíveis e lubrificantes (-4,9%), móveis e eletrodomésticos (-4,0%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,9%). No varejo ampliado, o item de veículos, motos, partes e peças registrou incremento de 1,8%, o de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou de -23,0% e materiais de construção de -9,4%.

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-março), os resultados mostram que três dos oito setores cresceram: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (12,2%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,0%), outros artigos de uso pessoal (6,6%). Por outro lado, os cinco setores restantes apresentaram queda: livros, jornais, revistas e papelaria (-9,4%), combustíveis e lubrificantes (-1,6%), tecidos, vestuário e calçados (-0,3%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,3%) e móveis e eletrodomésticos (-0,2%).

                          Por fim, comparando março de 2024 com o mesmo mês do ano anterior (março/2023), 25 de 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Amapá (13,4%), Bahia (11,1%), Paraíba (10,0%), Maranhão (9,2%) e Ceará (8,8%). Espírito Santo (-2,8%) e Mato Grosso (-1,6) registraram queda nessa base de comparação.

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