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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 01/11/2023

                          Indústria parada

                          Com dois terços do ano já cobertos pelas estatísticas do IBGE, pode-se dizer que a trajetória da indústria em 2023 está dividida em dois momentos: um de maior oscilação no primeiro semestre, com predomínio das quedas, e outro de virtual estagnação no segundo semestre, pelo menos por ora. 

                          Ambos os casos indicam um quadro nada favorável ao necessário ciclo de investimentos para modernizar nossa indústria, inserindo-a de forma mais generalizada no processo de digitalização dos processos produtivos. Esta é uma destacada via para a obtenção de níveis superiores de produtividade e de competitividade para o setor.

                          Na passagem de ago/23 para set/23, a produção física da indústria geral variou tão somente +0,1%, já descontados os efeitos sazonais. Este resultado foi acompanhado de declínio em três dos quatro macrossetores industriais e por 20 dos 25 ramos identificados pelo IBGE.

                          Se a isso somarmos o fato de que apenas dois ramos, o extrativo (+5,6% ante ago/23, com ajuste) e o químico (+1,5%), realmente cresceram, o mês de set/23 foi ainda pior do que sugere a variação de +0,1% no agregado industrial.

                          Sem forças, em muito exauridas pelas elevadas taxas de juros praticadas no país, e sem bases de comparação favoráveis, já que a morosidade não é de agora, os resultados trimestrais não deixam dúvida sobre o quadro de estagnação em 2023, como mostram as variações trimestrais a seguir:

                          •Industria geral: -0,4% no 1º trim/23; -0,1% no 2º trim/23 e 0% no 3º trim/23;

                          •Bens intermediários: -1,9%; +0,7% e +0,4%, respectivamente;

                          •Bens de capital: -5,8%; -11,0% e -14,1%;

                          •Bens de consumo duráveis: +9,0%; +2,6% e -1,1%;

                          •Bens de consumo semi e não duráveis: +3,4%; +0,1% e +2,1%, respectivamente.

                          Os destaques negativos cabem justamente àquela parcela da indústria cujos mercados demandam algum tipo de financiamento, seja das famílias seja das empresas, em condições adequadas de prazo e juros para se dinamizarem.

                          A produção de bens de capital chama atenção pela intensidade de suas quedas. No 3º trim/23, chegou a registrar -14,1%. Para se der ideia da gravidade, é um patamar que se aproxima de momentos difíceis da pandemia de Covid-19 (-10% no 3º trim/20 e -38% no 2º trim/20).

                          Os bens de capital para energia (-29,3%), transporte (-25,4%) e construção (-19,2%), isto é, segmentos associados à infraestrutura, lideraram a queda do 3º trim/23, mas cabe notar a longa sequência de recuos dos bens de capital para a própria indústria (-6,2%), que já completa quase dois anos. 

                          Bens de consumo duráveis, por sua vez, se destacam por terem apresentado a mais grave involução ao longo do ano. A alta de +9,0% no 1º trim/23 se reverteu em queda de -1,1% no 3º trim/23, puxada por eletrodomésticos da linha marrom (-4,4%) e outros eletrodomésticos (-1,5%), assim como por móveis (-7,1%).

                          Importante observar a ineficácia do programa de redução de impostos do governo federal para dinamizar a produção industrial de veículos até o momento. Na série com ajuste sazonal, há declínio não desprezível em jul/23 (-6,8%) e set/23 (-4,1%) no ramo de veículos, reboques e carrocerias, que acumulou retração de -12,1% no 3º trim/23 ante o 3º trim/22. Tomado apenas o segmento de automóveis para passageiros o resultado é de virtual estagnação: +0,4% ante o 3º trim/22.

                          Entre os macrossetores no azul, bens intermediários não escaparam de uma desaceleração: +0,7% no 2º trim/23 e +0,4% no 3º trim/23. Em sua origem estão notadamente os intermediários da indústria automobilística, que saíram de uma retração de -1,4% no 2º trim/23 para outra de -16,6% no 3º trim/23, somando-se ao quadro adverso de defensivos agrícolas (-29,1%).

                          Por fim, a exceção foram os bens de consumo semi e não duráveis, que não só ampliaram a produção, como reganharam vigor do 2º trim/23 (+0,1%) para o 3º trim/23 (+2,1%). Contribuíram para isso o reforço do crescimento do setor de carnes (+8,2%) e de combustíveis (+10,1%), bem como a melhora no ramo de bebidas (+0,7% ante -5,1% no 2º trim/23). 

                          Além das exportações, o progresso no emprego, cada vez mais do ponto de vista qualitativo, como visto na Análise de ontem da Pnad/IBGE, e o arrefecimento da inflação, ainda mais intensa no consumo de alimentos em domicílio, têm favorecido a produção industrial de bens de consumo semi e não duráveis.

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de setembro de 2023 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou aumento de 0,1% frente ao mês de agosto, na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses registrou-se estabilidade e considerando o acumulado no ano houve diminuição de 0,2%. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (setembro de 2022), aferiu-se variação positiva de 0,6%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (agosto/2023) para dados com ajuste sazonal, o segmento de bens intermediários cresceu 0,3%. As outras quatro categorias analisadas apresentaram variação negativa: bens de consumo (-1,0%), bens semiduráveis e não duráveis (-1,4%), bens de capital (-2,2%) e bens duráveis (-4,3%).

                          Frente ao mesmo mês do ano anterior (setembro/2022), três categorias apresentaram variação positiva: bens semiduráveis e não duráveis (2,8%), bens de consumo (2,0%) e bens de intermediários (1,2%). As categorias de bens duráveis (-3,0%) e de bens capital (-12,9%) registraram retração no período.

                          O resultado do acumulado no ano registrou três categorias com crescimento: bens duráveis (3,2%), bens de consumo (2,0%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,8%). Os bens intermediários (-0,3%) e os bens de capital (-10,4%) caíram.

                          No acumulado em 12 meses, três segmentos assinalaram resultados positivos: bens duráveis (3,6%), bens de consumo (1,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,5%). O segmento de bens intermediários apresentou estabilidade e o de bens de capital registrou queda de 8,7%.

                          Setores. Na comparação de setembro de 2023 com o mesmo mês do ano passado (setembro de 2022), houve variação positiva no nível de produção de dez dos 25 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (17,3%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (11,3%), indústrias extrativas (9,1%), produtos alimentícios (6,7%) e produtos de madeira (5,0%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,0%), produtos diversos (-12,3%), máquinas e equipamentos (-12,4%), couros e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-13,4%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,8%).

                          Na comparação do acumulado do ano de 2023, oito setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: outros impressão e reprodução de gravações (14,3%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (12,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,4%), indústrias extrativas (6,0%) e coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,8%). Já as maiores quedas foram dos seguintes ramos: produtos diversos (-8,2%), artigos do vestuário e acessórios (-8,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,1%) e produtos de madeira (-12,1%).

                          Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses, a produção industrial apresentou variação positiva em sete dos 25 ramos analisados, com destaque para os itens de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (14,3%), impressão e reprodução de gravações (9,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,0%), produtos alimentícios (5,3%) e indústrias extrativas (4,6%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,0%), produtos diversos (-8,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,5%), artigos do vestuário e acessórios (-10,1%) e produtos de madeira (-15,8%).

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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