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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 14/09/2022

                          No vermelho novamente

                          Em jul/22, as vendas reais do comércio varejista voltaram a ficar no vermelho. A queda foi de -0,8% ante jun/22, descontados os efeitos sazonais, e de -0,7%, considerado o conceito ampliado, que inclui as vendas de veículos, autopeças e material de construção. 

                          A sequência recente de resultados negativos reflete a perda de poder de compra da população devido à inflação, o aumento dos juros e o esgotamento de medidas anticíclicas, como liberação do FGTS e antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas. No início desta segunda metade do ano, o setor somava perda de quase -3,0% em relação a abr/22. 

                          Vale lembrar que o novo “pacote de bondades”, com o aumento do Auxílio Brasil, vale gás e transferências para algumas categorias, como caminhoneiros e taxistas, teve recursos liberados a partir de ago/22.

                          Na passagem de jun/22 para jul/22, ademais, o retrocesso nas vendas marcou a grande maioria dos ramos do varejo. A única exceção ficou a cargo de combustíveis e lubrificantes, que registraram forte alta de +12,2%, sob influência da redução de preços ensejada pela redução do ICMS estabelecida na Lei Complementar 194/22. Refletindo este processo, a receita nominal das vendas deste ramo caiu -3,4% no período.

                          As perdas foram reincidentes em todos os demais ramos, como indicam as variações com ajuste sazonal a seguir, mas em alguns casos a fase ruim vem de há mais tempo, atingindo sobretudo as vendas de bens de consumo duráveis.

                               •  Varejo restrito: -0,5% em mai/22; -1,4% em jun/22 e -0,8% em jul/22;

                               •  Varejo ampliado: +0,5%; -2,5% e -0,7%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: +1,0%; -0,1% e -0,6%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: +3,9%; -5,7% e -17,1%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -3,4%; -1,5% e -3,0%;

                               •  Veículos e autopeças: -0,5%; -4,6% e -2,7%;

                               •  Material de construção: -1,5%; -1,5% e -2,0%, respectivamente.

                          Em quatro ramos, ou seja, em 40% do varejo total, as vendas estão em declínio há pelo menos três meses consecutivos na série com ajuste sazonal: material de construção e veículos e autopeças desde mar/22, outros artigos de uso pessoal e doméstico desde fev/22 e móveis e eletrodomésticos desde abr/22.

                          Todos estes ramos acumulam igualmente perdas nos primeiros sete meses do ano frente a igual período do ano anterior: -10,1% em móveis e eletrodomésticos, -8,3% em material de construção, -7,5% em outros artigos de uso pessoal e doméstico e -1,0% em veículos e autopeças.

                          Outros cinco ramos, isto é, 50% do total, caíram tanto em jun/22 como em jul/22, na comparação já livre de efeitos sazonais. Entre eles, o destaque vai para tecidos, vestuário e calçados, que foram responsáveis pelo pior resultado na entrada do semestre: -17,1%. 

                          No acumulado de jan-jul/22, porém, este ramo cresce expressivamente (+11,0%) em comparação com o mesmo período de 2021, favorecido pelo controle da pandemia, já que muitas das vendas de roupas e calçados ainda demandam presença física dos clientes.

                          Outro ramo importante de ser mencionado é o de supermercado, alimentos, bebidas e fumo, que respondem por quase 1/3 do varejo ampliado total. Suas vendas recuaram -0,6% em jul/22, já corrigidos os efeitos sazonais, mas elas vêm oscilando em torno de zero praticamente ao longo destes sete meses de 2022, premidas, de um lado, pelo impacto negativo da inflação e, de outro, pelo caráter essencial da maioria de seus bens. 

                          Em jan-jul/22, o desempenho acumulado desta parcela do varejo é de apenas +0,4%, que, pelo peso que possui no total do setor, condicionou muito do resultado de +0,4% do varejo restrito na mesma comparação. Ao agregar mais ramos de bens de consumo duráveis, o varejo ampliado se saiu ainda pior: -0,8% ante jan-jul/21.

                          Segundo os dados de julho de 2022 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou diminuição de -0,8% frente ao mês imediatamente anterior (junho/2022), na série com ajuste sazonal. Em comparação com o mês de julho de 2021, houve queda de -5,2%. No acumulado nos últimos doze meses aferiu-se diminuição de -1,8%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de 0,7% em relação a junho de 2022, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao mês de julho de 2021 houve variação de -6,8%. No acumulado nos últimos 12 meses verificou-se queda de 1,9%.

                          Na comparação com o mês imediatamente anterior (junho/2022), a partir de dados dessazonalizados, um dos oito setores analisados apresentou expansão: combustíveis e lubrificantes (12,2%). Os demais setores registraram variação negativa no período: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,4%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%), móveis e eletrodomésticos (-3,0%) e tecidos, vestuário e calçados (-17,1%). No comércio varejista ampliado, material de construção (-2,0%) e veículos e motos, partes e peças (-2,7%) registraram resultados negativos. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (julho de 2021), três dos oito segmentos analisados registraram crescimento: combustíveis e lubrificantes (17,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (11,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,0%). Em sentido oposto, os cinco setores restantes apresentaram recuo no volume de vendas: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,4%), móveis e eletrodomésticos (-14,6%), tecidos, vestuário e calçados (-16,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-28,7%). No comércio varejista ampliado, tanto o setor de veículos e motos, partes e peças (-8,5%) como o setor de material de construção (-13,7%) registraram retração no volume de vendas.

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-julho), houve crescimento em seis dos oito setores do varejo restrito: livros, jornais, revistas e papelaria (17,4%), tecidos, vestuário e calçados (11,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,5%), combustíveis e lubrificantes (7,0%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). Nos dois setores restantes houve queda no período: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,5%) e móveis e eletrodomésticos (-10,1%). No varejo ampliado, registraram recuo o setor veículos, motos, partes e peças (-1,0%) e de material de construção (-8,3%).

                          Por fim, comparando julho de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (julho/2021), sete das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Roraima (10,1%), Alagoas (5,8%),  Ceará (2,5%), Espírito Santo (2,0%) e Mato Grosso (0,9%). Por sua vez, apresentaram decréscimos no volume de vendas do comércio varejista (na mesma base de comparação) as vinte unidades federativas restantes, sendo os maiores observados em: Bahia (-10,4%), Santa Catarina (-10,5%), Acre (-11,3%), Tocantins (-11,4%) e Rondônia (-24,1%).

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