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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 06/01/2022

                          A queda continua

                          Em 2021, a produção industrial encolheu sistematicamente, mês após mês. Em nov/21, segundo os dados divulgados hoje do IBGE, o declínio foi de -0,2% frente ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. A queda não foi intensa, mas foi o sexto resultado negativo consecutivo e com uma amplitude setorial relevante.

                          O macrossetor de bens de capital, que até pouco tempo atrás era o único sem grandes dificuldades para crescer, foi quem levou a indústria geral ao vermelho no penúltimo mês de 2021. Registrou -3% frente a out/21 na série com ajuste sazonal e parece ter entrado em uma nova fase, em que o sinal negativo prepondera.

                          Os demais macrossetores, como indicam as variações também com ajuste sazonal a seguir, ou não saíram do lugar ou cresceram muito pouco.

                               •  Indústria geral: -0,6% set/21; -0,6% em out/21 e -0,2% em nov/21;

                               •  Bens de capital: -1,3%; +1,8% e -3,0%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,2%; -0,9% e 0%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -0,6%; -1,8% e +0,5%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -0,2%; -1,3% e 0%, respectivamente.

                          As perdas, contudo, foram além de bens de capital e atingiram quase metade (46%) dos 26 ramos industriais pesquisados pelo IBGE. Variações negativas de destaque por sua intensidade vieram de borracha e plástico (-4,8% ante out/21), perfumaria e produtos de limpeza (-4,5%), móveis (-3,4%), metalurgia (-3,0%) e produtos de metal (-2,7%), entre outros.

                          No acumulado do ano até nov/21, o desempenho continuou positivo (4,7%), mas apenas em função das bases baixas de comparação da primeira metade de 2020. Com o fim deste efeito estatístico favorável, a indústria já acumula 4 meses de retração na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ante nov/20, o recuo foi de -4,4%.

                          Por isso, para a indústria os dados do IBGE mostram que ainda é cedo para considerar superada a crise provocada pela pandemia de Covid-19. Demanda fragilizada, gargalos logísticos e nas cadeias de suprimento e pressões de custo são desdobramentos que ainda estão bastante presentes no setor.

                          Se compararmos com o mês imediatamente anterior ao choque da Covid-19 no Brasil, isto é, ante fev/20, o nível de produção da indústria em nov/21 era 4,3% inferior. Ou seja, regredimos nada menos do que 16 meses e voltamos para um ponto não muito distante daquele que estávamos em jul/20. A sinalização é clara: as condições que possibilitaram a reação do setor na segunda metade de 2020 não mais se verificam. 

                          Dada a magnitude das perdas com a pandemia e sua sobreposição à grave crise de 2015-2016, esta evolução recente deve ser vista com grande preocupação. Isso especialmente porque a indústria global está passando por um processo profundo de transformação tecnológica e de busca por resiliência, apoiado por políticas industriais ambiciosas em todas as principais potências mundiais, a exemplo dos EUA, União Europeia e China.

                          Os revezes mais expressivos atingem os bens de consumo, refletindo a escalada da inflação e o alto desemprego, que deterioram o poder de compra da população, bem como as rupturas das cadeias produtivas, já que muitos de seus setores reúnem um grande número de partes e componentes em sua produção. 

                          Bens de consumo duráveis, em nov/21, estavam 23,3% abaixo do pré-pandemia, enquanto em dez/20 superavam em 7,4% este patamar. Bens de consumo semi e não duráveis também regrediram: em dez/20, estavam 0,3% acima do pré-pandemia e, em nov/21, 8% abaixo.

                          No macrossetor de bens intermediários a involução ao longo de 2021 é sintoma da desorganização das cadeias. Sua produção em dez/20 era 4,7% superior à do pré-pandemia, isto é, de fev/20, mas agora em nov/21 encontra-se em patamar 1,0% inferior.

                          Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE da Pesquisa Industrial Mensal para o mês de novembro de 2021, a produção da indústria nacional registrou retração de 0,2% frente ao mês de outubro na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses registrou-se acréscimo de 5,0% e considerando o acumulado do ano houve crescimento de 4,7%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (novembro de 2020), aferiu-se retração de 4,4%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (outubro/2021), segundo dados sem influência sazonal, duas categorias apresentaram variações positivas: bens de consumo duráveis (0,5%) e bens de consumo (0,1%). O segmento de bens de capital (-3,0%) apresentou retração nessa base de comparação. Os dois segmentos analisados restantes apresentaram estabilidade no período: bens intermediários e bens semiduráveis e não duráveis.

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (novembro/2020), a categoria de bens de capital apresentou expansão de 5,0%. Na mesma base de comparação, as outras categorias analisadas apresentaram variação negativa, na seguinte ordem: bens de consumo duráveis (-21,0%), bens de consumo (-9,5%), bens semiduráveis e não duráveis (-6,3%) e bens intermediários (-2,7%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, houve acréscimo em todos os segmentos considerados: bens de capital (31,1%), bens duráveis (4,6%), bens intermediários (4,3%), bens de consumo (1,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,3%). 

                          Considerando o acumulado no ano (janeiro-novembro), todos os segmentos também apresentaram variações positivas, na seguinte ordem: bens de capital (30,7%), bens intermediários (4,0%), bens duráveis (3,8%), bens de consumo (0,9%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,2%). 

                          Setores. Na comparação com novembro de 2020, houve variação positiva no nível de produção de sete dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,7%), indústrias extrativas (5,1%), máquinas e equipamentos (2,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (1,6%), produtos de madeira (1,2%), outros equipamentos de transporte (1,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,7%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-21,8%), móveis (-17,9%), couro, artigos de viagem e calçados (-17,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,8%) e produtos têxteis (-13,5%).

                          Por fim, na comparação do acumulado no ano de 2021 (janeiro-novembro), a produção industrial apresentou variação positiva em 18 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: máquinas e equipamentos (26,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (23,2%), impressão e reprodução de gravações (19,2%), metalurgia (18,4%), outros equipamentos de transporte (17,2%),  produtos de minerais não-metálicos (15,5%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (15,1%). Em sentido oposto, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: produtos alimentícios (-8,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-6,8%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-4,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-1,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-1,1%).

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

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