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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 04/11/2021

                          Ainda sem mudança

                          A produção industrial encolheu pela quarta vez consecutiva em set/21, totalizando sete meses no vermelho dos nove meses do presente ano cobertos pelas estatísticas do IBGE. Já descontados os efeitos sazonais, a queda foi de -0,4% ante ago/21 levando o setor a um patamar 3,2% inferior ao pré-pandemia.

                          Com o fim do bônus estatístico, derivado de bases deprimidas de comparação, o desempenho industrial também foi negativo em relação ao ano passado. Houve declínio de -3,9% ante set/20 e de -1,1% frente ao 3º trim/20. Depois dos piores momentos da crise da Covid-19, jul-set/21 foi o primeiro trimestre no vermelho.

                          Estes são resultados que distanciam o setor de uma trajetória de recuperação. Os efeitos diretos da pandemia deram origem a desdobramentos também muito adversos ao crescimento industrial, como gargalos nas cadeias produtivas, aceleração da inflação, desemprego elevado etc. Outros desafios se somaram a estes, como crise hídrica, tensões políticas e dúvidas sobre as reformas estruturais. Tudo isso gera incertezas, amplia custos e restringe mercado para bens industriais.

                          Em set/21, nem mesmo bens de capital, que vinham apresentando uma evolução mais favorável, se salvaram. Sua produção registrou -1,6% na série com ajuste sazonal. Os demais macrossetores industriais ficaram virtualmente estagnados, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  Indústria geral: -1,2% em jul/21; -0,7% em ago/21 e -0,4% em set/21;

                               •  Bens de capital: +2,1%; -1,2% e -1,6%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,7%; -0,6% e -0,1%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -2,8%; -3,4% e -0,2%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +0,7%; +0,5% e +0,2%, respectivamente.

                          Depois de meses seguidos de alta na produção, bens de capital já acumulam dois recuos seguidos, tanto em ago/21 como em set/21 na série com ajuste sazonal. Em relação ao ano passado, ainda crescem com intensidade (+15% ante set/20), mas a uma taxa que foi reduzida pela metade do que era. Esta desaceleração foi generalizada, mas atingiu muito bens de capital para a própria indústria (+1%) e de uso misto (+7%).

                          Bens intermediários, por sua vez, apresentam uma sequência de seis meses seguidos de queda, mas na passagem de ago/21 para set/21 foi quando o quadro se aproximou mais da estabilidade. Em comparação com 2020, não cresce há três meses, resultando em uma perda de -2,0% no 3º trim/21.

                          Para bens de consumo duráveis, são ainda mais escassos os sinais de recuperação. Não registraram, em 2021, um mês sequer de crescimento na série com ajuste sazonal e frente a 2020 voltaram a um nível intenso de declínio: -22,3% ante set/20 e -16,9% ante o 3º trim/20. Automóveis, eletrodomésticos das linhas branca e marrom e móveis tiveram perdas de dois dígitos em jul-set/21. 

                          Vale lembrar que bens de consumo duráveis, por terem linhas de montagem baseadas em grande número de partes e componentes e por terem maior penetração de insumos importados, estão mais expostos aos gargalos nas cadeias de fornecedores. Além disso, a normalização do consumo de serviços pelas famílias também retira recursos antes canalizados ao mercado desses bens devido à pandemia e ao isolamento social.

                          Por fim, bens de consumo semi e não duráveis, que já vinham crescendo pouco, parecem estar parando. Embora tenha sido o único macrossetor com variação positiva na série com ajuste sazonal, sua taxa foi de mero +0,2% ante ago/21. Além disso, recuou nada menos do que -5% frente a set/20, acumulando perda de -2,8% no 3º trim/21. Com preços em alta, alimentos e bebidas ficaram no vermelho, mas também têxteis, higiene e limpeza e produtos farmacêuticos.  

                          Segundo os resultados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de setembro de 2021 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou retração de 0,4% frente ao mês de agosto para dados livres de influência sazonal. No acumulado em doze meses registrou-se acréscimo de 6,4% e no acumulado no ano houve crescimento de 7,5%. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior (setembro de 2020), aferiu-se retração de 3,9%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (agosto/2021), segundo dados sem influência sazonal, as categorias de bens de consumo e de bens semiduráveis e não duráveis apresentaram expansão de 0,7% e 0,2%, respectivamente. De outro lado, os três outros segmentos considerados apresentaram retração: bens de capital (-1,6%), bens duráveis (-0,2%) e bens intermediários (-0,1%).

                          Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (setembro/2020), a categoria de bens de capital apresentou expansão de 15,0%. As demais categorias analisadas apresentaram variação negativa: bens de consumo duráveis (-22,3%), bens de consumo (-8,7%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,0%) e bens intermediários (-3,6%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, houve acréscimo em todos os segmentos considerados: bens de capital (31,7%), bens duráveis (9,5%), bens intermediários (5,7%), bens de consumo (3,0%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,5%). Considerando o acumulado do ano (janeiro-setembro), todos os segmentos também apresentaram variação positiva: bens de capital (38,2%), bens duráveis (13,1%), bens intermediários (5,9%) bens de consumo (4,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (2,5%). 

                          Setores. Na comparação com setembro de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 8 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (61,5%), máquinas e equipamentos (14,5%), metalurgia (10,0%), produtos de madeira (5,6%), indústrias extrativas (3,2%) e produtos de minerais não-metálicos (0,5%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: produtos do fumo (-27,1%), móveis (-21,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-18,7%), couro, artigos de viagem e calçados (-16,0%), produtos alimentícios (-11,9%) e produtos têxteis (8,6%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado no ano de 2021 (janeiro-setembro), a produção industrial apresentou variação positiva em 21 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: veículos automotores, reboques e carrocerias (35,1%), máquinas e equipamentos (33,8), confecção de artigos do vestuário e acessórios (26,0%), impressão e reprodução de gravações (24,0%), metalurgia (23,1%), outros equipamentos de transporte (20,8%), produtos de minerais não-metálicos (20,7%) e produtos têxteis (20,5%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: produtos alimentícios (-7,6%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-4,6%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,3%), coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-1,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-1,7%).

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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