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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 01/09/2021

                          Novamente no vermelho

                          O PIB do Brasil voltou ao negativo no 2º trim/21, embora tenha ficado muito próximo da estabilidade. Foi este o resultado do atraso da vacinação e da piora da pandemia, em um ambiente de alto desemprego, aceleração inflacionária e persistente desarranjo das cadeias produtivas, que continua impondo gargalos na obtenção de insumos. Os ruídos na esfera política, ao introjetar incertezas na economia, também cobraram seu preço.

                          Frente ao 1º trim/21, já descontados os efeitos sazonais, o PIB variou -0,1%, dando continuidade a uma trajetória de perda de dinamismo que já se verificava em períodos anteriores. A única fonte de crescimento no período foi o setor externo, apoiado em um avanço de +9,4% de nossas exportações. Graças à retomada da economia mundial e a uma nova fase positiva do ciclo de commodities.

                          Os gastos do governo também ficaram no azul, mas pouco cresceram e compensaram só parcialmente a perda do 1º trim/21. Já descontados os efeitos sazonais, variaram +0,7% no 2º trim/21, após -0,8% no trimestre anterior.

                          Os principais componentes da demanda interna, por sua vez, em nada ajudaram o resultado geral do PIB. Os investimentos recuaram pela primeira vez desde o 2º trim/20: -3,6% ante o trimestre anterior, com ajuste sazonal, sob influência de conflitos políticos, indefinições em relação à reforma tributária e o risco crescente de crise hídrica.

                          Já o consumo das famílias ficou estagnado pelo segundo trimestre seguido: 0% no 1º trim/21 e +0,1% no 2º trim/21. Os dados indicam que este tem sido o maior obstáculo para um desempenho superior do PIB. Difícil não ser diferente, dado o desemprego recorde, a corrosão do poder de compra da população há meses pela inflação de bens essenciais, como alimentos, gás e combustíveis e, agora, energia elétrica, o valor mais baixo da reedição do auxílio emergencial, além da própria dinâmica da pandemia.

                          Com isso, os resultados pela ótica da oferta mostram evoluções muito fracas ou negativas na maioria dos setores, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  PIB total: +3,1% no 4º trim/20; +1,2% no 1º trim/21 e -0,1% no 2º trim/21;

                               •  PIB da indústria: +1,5%; +0,7% e -0,2%, respectivamente;

                               •  PIB da agropecuária: -2,0%; +6,5% e -2,8%;

                               •  PIB dos serviços: +2,8%; +0,7% e +0,7%,respectivamente.

                          O setor de serviços como um todo foi quem melhor se saiu, repetindo o mesmo nível de dinamismo dos primeiros meses de 2021. O resultado de +0,7% é baixo, tendo sido freado por segmentos muito correlacionadas à distribuição e comercialização de bens, como transportes (+0,1% ante 1º trim/21) e comércio (+0,5%). Como o IEDI já havia enfatizado na Carta n. 1096  “Indústria: alavanca do crescimento”, estes segmentos de serviços estão atrelados ao nível de atividade da indústria, sobretudo a de transformação.

                          No 2º trim/21, justamente, o motor de crescimento econômico que é a indústria resvalou para a região negativa -0,2% na série com ajuste sazonal. A indústria de transformação, por sua vez, caiu pela segunda vez consecutiva e aprofundou suas perdas: -0,4% no 1º trim/21 e -2,2% no 2º trim/21. Há meses o Instituto vem apontando que a recuperação industrial da Covid-19 já não é a mesma da segunda metade do ano passado.

                          A indústria só não recuou mais devido ao ramo extrativo, que registrou alta de +5,6%, estimulado pela melhora do comércio exterior de seus produtos, e também devido à construção, com a reativação dos empreendimentos habitacionais especialmente nos maiores centros urbanos do país.

                          A agropecuária, depois de um bom crescimento no 1º trim/21, recuou -2,8% em abr-jun/21, dando sequência à trajetória de alternância de sinais positivos e negativos que tem apresentado desde a segunda metade do ano passado.

                          Este último resultado divulgado pelo IBGE para a economia brasileira indica que a saída da crise da Covid-19 pode ser mais complicada do que muitos previam. Não é por acaso que muitos países estão adotando planos robustos de recuperação, como os EUA e os europeus, calcados em investimentos em infraestrutura, auxílio a empresas e famílias fragilizadas pela crise e na modernização de suas estruturas produtivas.

                          No caso do Brasil, embora a aceleração da vacinação traga perspectivas favoráveis para a segunda metade de 2021, a disseminação da variante delta ainda traz incertezas do lado sanitário, enquanto do lado econômico obstáculos importantes são criados pela ameaça de apagão, aumento da inflação e do nível de juros e incertezas quanto ao resgate da agenda de reformas estruturais.

                          Segundo resultados divulgados hoje pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou R$2,143 trilhões a preços correntes no segundo trimestre de 2021, apresentando variação negativa de -0,1% na comparação com o trimestre anterior, a partir de dados dessazonalizados. 

                          Com relação ao segundo trimestre de 2020, houve variação positiva de 12,4%. No acumulado dos últimos quatro trimestres frente a igual período do ano anterior, registrou-se expansão de 1,8%. No acumulado no ano para 2021, o PIB em valores correntes atingiu R$4,191 trilhões.

                          Ótica da oferta. Frente ao primeiro trimestre de 2021, a partir de dados dessazonalizados, houve variações negativas de -2,8% para o setor agropecuário e de -0,2% para o setor da indústria, enquanto que no setor de serviços observou-se crescimento de 0,7%. 

                          Para os subsetores da indústria, na mesma base de comparação, os seguintes segmentos apresentaram variações positivas: indústrias extrativas (5,3%) e construção (2,7%). Em sentido oposto, apresentaram variações negativas o segmento das indústrias de transformação (-2,2%) e a produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,9%).

                          Nos subsetores de serviços, ainda frente ao trimestre anterior e com ajuste sazonal, seis setores apresentaram variações positivas: informação e comunicação (5,6%), outras atividades de serviços (2,1%), comércio (0,5%), atividades imobiliárias (0,4%) intermediação financeira e seguros (0,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,1%). O segmento de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social apresentou estabilidade (0,0%) na mesma base de comparação. 

                          No comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior (abr-mai-jun 2020), o setor agropecuário apresentou variação positiva de 1,3%, enquanto o setor da indústria apresentou expansão de 17,8% e o setor de serviços cresceu 10,8%.

                          Para os componentes do setor industrial, ainda frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve variações positivas nos seguintes setores: nas indústrias de transformação (25,8%), na construção (13,1%), nas indústrias extrativas (7,0%) e na produção e distribuição de eletricidade, gás e água (6,7%). 

                          No setor de serviços os segmentos que apresentaram incrementos foram: transporte, armazenagem e correio (25,3%), outras atividades de serviços (16,1%), informação e comunicação (15,6%), comércio (10,9%), administração, saúde e educação públicas (4,1%), atividades imobiliárias (3,5%) e atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (1,4%). 

                          Na comparação dos últimos 4 trimestres frente aos 4 trimestres imediatamente anteriores, o setor agropecuário apresentou elevação de 2,0%, o setor da indústria registrou expansão de 4,7% e o setor de serviços cresceu 0,5%. 

                          Considerando os componentes do setor industrial, as duas contribuições positivas deram-se por conta das indústrias de transformação (8,1%) e da produção e distribuição de eletricidade, gás e água (3,5%). Nessa base de comparação, os setores restantes apresentaram retração: a construção (-0,7%) e as indústrias extrativas (-0,2%). 

                          Analisando o setor de serviços no acumulado dos últimos 4 semestres, apresentaram variações positivas cinco segmentos analisados: comércio (5,7%), informação e comunicação (5,4%), atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (3,9%), atividades imobiliárias (3,4%) e transporte, armazenagem e correio (1,5%). Os demais setores apresentaram retração: outras atividades de serviços (-4,9%), administração, saúde e educação públicas (-2,5%) e construção (-0,7%). 

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, frente ao primeiro trimestre de 2021, para dados com ajuste sazonal, houve acréscimos nas seguintes categorias: exportações de bens e serviços (9,4%) e consumo do governo (0,7%). Por outro lado, houve decréscimo nas categorias de formação bruta de capital fixo (-3,6%) e de importações de bens e serviços (-0,6%). A categoria de consumo das famílias (0,0%) apresentou estabilidade no período. 

                          Na comparação com o segundo trimestre de 2020 (mesmo trimestre do ano anterior), todas as categorias apresentaram expansão: formação bruta de capital fixo (32,9%), importações de bens e serviços (20,2%), exportações de bens e serviços (14,1%) consumo das famílias (10,8%) e consumo do governo (4,2%).

                          Por fim, na comparação da taxa acumulada nos últimos 4 trimestres, as categorias de formação bruta de capital fixo (12,8%) e de exportação de bens e serviços (2,4%) apresentaram variações positivas. Em sentido oposto, as demais categorias analisadas registraram retração: consumo do governo (-2,6%), importações de bens e serviços (-1,7%), consumo das famílias (-0,4%). 

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

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