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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 11/11/2020

                          Acomodação das vendas

                          Em setembro de 2020, assim como ocorreu na indústria, o comércio varejista obteve seu quinto mês consecutivo de recuperação ao registrar +0,6% frente a agosto, já descontados os efeitos sazonais, e +1,2% em seu conceito ampliado, isto é, ao serem incluídas as vendas de veículos, autopeças e material de construção.

                          Este desempenho positivo, embora favorável e disseminado em 70% dos ramos do varejo, trouxe importante desaceleração em comparação com os meses anteriores. Destacam-se duas razões para isso. Em primeiro lugar, a base de comparação baixa já não contribui da mesma forma que antes na obtenção de taxas mais altas de crescimento. 

                          Isso porque o tombo de mar-abr/20, devido à Covid-19, foi em grande medida eliminado em agosto. Agora em setembro, o nível de vendas reais do varejo encontra-se 7,7% acima daquele de fev/20 em seu conceito restrito e 2,9% acima em seu conceito ampliado.

                          A segunda razão da perda de ritmo foi o declínio das vendas de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, que contam por algo como 1/3 do setor como um todo. Na passagem de ago/20 para set/20 caíram -0,4%, seu terceiro resultado negativo. 

                          Além da flexibilização do isolamento social, que reduziu o consumo em domicílio, pode ter contribuído muito para isso o aumento da inflação de alimentos nos últimos meses. Em set/20, os preços de alimentos e bebidas subiram +2,28% ante apenas +0,64% do IPCA geral. No ano, a inflação de alimentos já acumula alta de 9,37% até o mês de outubro, cerca de quatro vezes maior que o IPCA geral.

                          A tendência negativa ou de baixo dinamismo no ramo de supermercados e alimentos pode, inclusive, se manter nos próximos meses, já que é um dos principais candidatos a primeiro refletir a redução do auxílio emergencial às famílias de R$ 600 para R$ 300, pois alimentação tende a ter grande peso na cesta de consumo de seus beneficiários. 

                          Como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, além de alimentos e supermercados, dois outros segmentos do varejo que vinham com um bom dinamismo resvalaram para a região negativa em set/20: tecidos, vestuário e calçados e outros artigos de uso pessoal e doméstico. Neste último caso o nível de vendas já superou o de fev/20, mas no primeiro caso não (-10,3%) e por isso ainda é cedo para interromper sua recuperação.

                               •  Varejo restrito: +4,7% em jul/20; +3,1% em ago/20 e +0,6% em set/20;

                               •  Varejo ampliado: +7,2%; +4,1% e +1,2%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -0,3%; -2,1% e -0,4%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: +25,2%;+36,7% e -2,4%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +4,8%; +4,1% e +1,0%;

                               •  Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +5,9%; +10,3% e -0,6%;

                               •  Veículos e autopeças: +11,9%; +8,3% e +5,2%;

                               •  Material de construção: +6,0%; +3,6% e +2,6%, respectivamente. 

                          Dois outros ramos também passaram por desaceleração antes de retomar o patamar de vendas anterior à crise. São os casos de equipamentos de escritório, informática e comunicação (+1,1% ante ago/20), que permanecem 5,5% abaixo do nível de fev/20, e veículos e autopeças, cuja taxa de crescimento em set/20 é metade daquela de jul/20, embora ainda se encontrem 9,3% abaixo de fev/20.

                          Esta acomodação em vários ramos do varejo não chega a ser alarmante, dada a recomposição das bases de comparação, mas adia a eliminação completa das perdas da Covid-19 e, consequentemente, freia a entrada do setor em uma nova fase de expansão. 

                          De todo modo, no acumulado de jan-set/20 as vendas reais do varejo, em seu conceito restrito, já não apresentam mais queda: sua variação de 0% indica estabilidade. Em seu conceito ampliado, devido às vendas de veículos e autopeças (-18,1%), o saldo de 2020 ainda permanece negativo em -3,6%, mas vale observar que a intensidade desta retração é metade daquela acumulada no primeiro semestre (-7,7%), sugerindo clara amenização do quadro geral.

                          A partir dos dados de agosto de 2020 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou acréscimo de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de setembro de 2019, houve crescimento de 7,3%. Para o acumulado dos últimos doze meses aferiu-se variação positiva de 0,9%, enquanto o acumulado do ano apresentou estabilidade. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação positiva de 4,6% frente a julho de 2020, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de agosto de 2019, houve acréscimo de 3,9%. Para o acumulado dos últimos 12 meses verificou-se decréscimo de 1,7% e o acumulado do ano registrou variação negativa de 5,0%

                          A partir de dados dessazonalizados, cinco dos oito setores analisados registraram variações positivas em comparação ao mês imediatamente anterior: livros, jornais, revistas e papelaria (8,9%), combustíveis e lubrificantes (3,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%) e móveis e eletrodomésticos (1,0%). Para essa base de comparação, apresentaram variações negativas os setores restantes: tecidos, vestuário e calçados (-2,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se incremento de 1,2%, o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 5,2% e o ster de material de construção obteve acréscimo de 2,6%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (setembro de 2019), registrou-se variação positiva em quatro das oito atividades analisadas: móveis e eletrodomésticos (28,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,4%). Por outro lado, houve decréscimo nos quatro setores restantes: livros, jornais, revista e papelaria (-36,0%), tecidos, vestuário e calçados (-7,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,1%) e combustíveis e lubrificantes (-5,1%). O comércio varejista ampliado registrou variação positiva de 7,4%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou retração de 1,5% e o setor de material de construção obteve variação positiva de 31,3%.

                          No acumulado do ano (janeiro-setembro de 2020) frente ao mesmo período do ano anterior, o comércio varejista apresentou estabilidade, com crescimento em três dos oito segmentos analisados: móveis e eletrodomésticos (9,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,5%) . Em sentido oposto, os demais segmentos analisados apresentaram retrações: livros, jornais, revistas e papelaria (-30,5%), tecidos, vestuário e calçados (-30,6%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-18,2%) e combustíveis e lubrificantes (-11,0%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,5%). Para o comércio varejista ampliado houve variação negativa de 3,6% no período, sendo que veículos e motos, motocicletas, partes e peças apresentou variação negativa de 18,1% e material de construção uma variação positiva de 7,9%. 

                          Por fim, comparando setembro de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, 27 das 27 unidades federativas apresentaram acréscimos no volume de comércio varejista, sendo as maiores: Piauí (23,9%), Maranhão (21,6%), Acre (19,9%), Rondônia (18,3%), Pará (17,2%), Amapá (16,7%), Espírito Santo (13,5%), Amazonas (13,4%), Paraíba (12,8%), Minas Gerais (12,6%), Roraima (12,1%), Mato Grosso do Sul(10,6%), Santa Catarina (10,5%) e Alagoas (7,5%). 

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