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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 06/08/2020

                          O impacto da Covid-19 no emprego

                          Os dados da PNAD Contínua divulgados hoje pelo IBGE, ao cobrir o trimestre de abril a junho de 2020, capta integralmente os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o emprego no país. A despeito de todas as ações adotadas pelo governo para amortecer o choque, o número de ocupados caiu para o patamar mais baixo da série histórica e a taxa de desemprego foi a mais alta para este período do ano.

                          O total de ocupados chegou ao nível de 83,3 milhões de pessoas no 2º trim/20, o que significa uma queda de -10,7% frente ao mesmo período do ano passado. Para se ter uma ideia, o pior momento do emprego devido à crise econômica de 2015/16 foi atingido no 1º trim/17, com 88,6 milhões de ocupados.

                          A taxa de desemprego, por sua vez, atingiu 13,3% neste trimestre de pandemia, um nível muito próximo daquele do 2º trim/17 (13%). Isso, porém, porque muitos daqueles que ficaram desempregados ainda não estão buscando um reposicionamento, devido ao isolamento social, à não abertura de vagas pelas empresas ou porque já tentaram e não conseguiram. Sinal disto é o desalento, que atingiu um patamar recorde: 5,7 milhões de pessoas e alta de +16,5% ante o 2º trim/19.

                          Como era de se esperar, as maiores perdas na ocupação ocorreram em posições do mercado informal de trabalho. As variações frente ao mesmo período do ano anterior, a seguir, mostram que trabalho sem carteira e trabalho doméstico, que na maioria dos casos é informal, registraram quedas duas vezes mais intensas que o total da ocupação.

                               •  Ocupação total: +2,0% no 4º trim/19; +0,4% no 1º trim/20 e -10,7% no 2º trim/20;

                               •  Ocupação com carteira: +2,2%; +0,5% e -9,2%, respectivamente;

                               •  Ocupação sem carteira: +3,2%; -0,9% e -24,9%;

                               •  Trabalho doméstico: +1,6%; -2,2% e -24,6%;

                               •  Trabalho por conta própria: +3,3%; +1,7% e -10,3%, respectivamente.

                          Aqueles que trabalham por conta própria caíram em ritmo semelhante ao total geral da ocupação e mesmo as posições mais estáveis, como o trabalho com carteira assinada, não ficaram muita atrás. No primeiro caso a variação foi de -10,3% e no segundo caso de -9,2%. A ocupação como empregador, por sua vez, caiu -9,5% ante o mesmo período do ano passado.

                          Setorialmente, as maiores perdas de ocupação foram registradas por alojamento e alimentação (-26,1%) e serviços domésticos (-24,7%), mas construção (-19,4%), comércio (-13%) e outros serviços (-17,5%) também recuaram mais que a ocupação total. Como estes postos de trabalho tendem a ser ocupados pelas parcelas de menor renda da população, a crise de Covid-19 deve apresentar consequências expressivas sobre a desigualdade de renda no país.

                          Atividades que costumam empregar com carteira assinada e pagar maiores salários caíram menos do que as anteriores. É o caso da indústria, cuja ocupação variou em linha com o total geral, registrando -10,5% frente ao 2º trim/19. Resultado pior do que este só havia sido obtido no 2º trim/16 (-10,9%). É o caso também dos serviços de informação, comunicação, financeiros, profissionais, que caíram apenas -4,2% devido sua maior adaptabilidade ao teletrabalho.

                          Nem o setor da agropecuária, que tem conseguido driblar a crise da Covid-19 em função da essencialidade de seus produtos e da obtenção de um aumento importante da safra, deixou de registrar corte de postos de trabalho. No 2º trim/20, sua ocupação caiu -7,9% ante o mesmo período do ano anterior. Este foi o quarto trimestre seguido de resultados negativos.

                          Com tamanhas reduções na ocupação, a massa de rendimentos do trabalho, que já havia dado sinais de desaceleração no primeiro trimestre do ano, encolheu em abr-jun/20 se comparado com o mesmo período do ano anterior. Tomados os rendimentos efetivamente recebidos, que melhor reflete o quadro de crise da Covid-19, o recuo da massa de rendimentos reais foi de -11,8%.

                          Cabe lembrar que esta evolução da massa de rendimentos do trabalho não considera as transferências de renda dos programas emergenciais do governo. Segundo estimativas do IPEA, a partir de dados até o trimestre findo em maio de 2020, o Auxílio Emergencial foi capaz de compensar cerca de 45% do impacto da Covid-19 sobre a massa de rendimentos, em função da perda de remuneração dos que permaneceram empregados e da queda da ocupação. 

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação no trimestre compreendido entre abril e junho de 2020 registrou 13,3%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, janeiro de 2019 a março de 2020, houve expansão de 1,1 p.p., e para o mesmo trimestre do ano anterior houve variação positiva de 1,3 p.p., quando registrou 12,0%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$2.500, apresentando acréscimo de 4,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jan-fev-mar), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior, houve uma expansão de 6,9%. 

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 203,5 bilhões no trimestre que se encerrou em junho, registrando retração de 5,6% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação negativa de 4,4% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 212,9 bilhões).

                          Para o trimestre de referência, a população ocupada registrou 83,3 milhões de pessoas, apresentando variação negativa de 9,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (jan-fev-mar), e aferiu-se retração de 10,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (93,3 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados registrou decréscimo de 0,5%, com 12,7 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, observou-se expansão de 0,2%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 96,1 milhões de pessoas, apresentando variação negativa de 8,5% frente ao trimestre imediatamente anterior e queda de 9,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (106,1 milhão de pessoas).

                          Na análise referente ao mesmo trimestre do ano anterior, o único setor que apresentou variação positiva foi o de Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (2,1%). Por outro lado, os demais agrupamentos apresentaram decréscimos: Alojamento e alimentação (-26,1%), Serviços domésticos (-24,7%), Construção (-19,4%), Outros serviços (-17,5%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-13,0%), Transporte, armazenagem e correios (-10,7%), Indústria geral (-10,5%), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-7,9%) e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-4,2%).

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação frente ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se acréscimo apenas na categoria setor público (6,0%). Em sentido oposto, as categorias restantes apresentaram retrações: trabalho privado sem carteira (-24,9%), trabalho doméstico (-24,6%), trabalho familiar auxiliar (-15,5%), trabalhador por conta própria (-10,3%), empregador (-9,5%) e trabalho privado com carteira (-9,2%).

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