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                          Análise IEDI

                          Produção Regional
                          Publicado em: 09/06/2020

                          Perdas abruptas e generalizadas

                          O desempenho da indústria em abril de 2020, além de ser um dos piores da história do setor, também se mostrou bastante generalizado em termos geográficos, como mostram os dados divulgados hoje pelo IBGE. Poucos conseguiram evitar o impacto negativo da crise de Covid-19.

                          Entre mar/20 e abr/20, livre de sazonalidade, quando a produção industrial levou um tombo de -18,8%, 13 das 15 localidades acompanhadas pelo IBGE apresentaram perda de produção. Ou seja, uma proporção de 87% do total.

                          Ainda mais grave, quedas de dois dígitos foram as que predominaram: atingiram mais de 90% dos casos negativos, sendo que mais da metade deles se saíram pior que o total Brasil. Estas localidades com perdas abruptas incluem a indústria do Amazonas, o Nordeste como um todo, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  Brasil: +0,6% em fev/20; -9,0% em mar/20; -18,8% em abr/20;

                               •  Amazonas: -2,3%; -10,3% e -46,5%, respectivamente;

                               •  Nordeste: +2,0%; -9,4% e -29,0%;

                               •  Minas Gerais: +1,1%; -1,2% e -15,9%;

                               •  Rio de Janeiro: -0,8%; -1,2% e -13,9%;

                               •  São Paulo: -1,3%; -4,9% e -23,2%;

                               •  Rio Grande do Sul: +2,6%; -19,6% e -21%, respectivamente.

                          A indústria paulista, que é uma das maiores e mais diversificadas do país, apresentou queda recorde em abr/20, bem como vários outros parques industriais. Com isso, devido à crise de Covid-19, o nível de produção de São Paulo já encolheu 27% (abr20/fev20 com ajuste). 

                          Frente ao mesmo mês do ano passado, a indústria paulista recuou ainda mais, ficando quase 1/3  menor, condicionada por 83% de seus ramos, com perdas muito fortes em bebidas (-50,1%), outros equipamentos de transporte (-74,1%) e vestuário (-75,1%). A indústria automobilística em São Paulo praticamente parou, registrando declínio de -91,6% ante abr/19.

                          Os estados da região Sul e o Nordeste como um todo são outros casos de perdas intensas provocadas pela Covid-19. Em todos eles, a comparação do nível de produção em abr/20 com o de fev/20 indica quedas de mais de 30%.

                          Em alguns estados onde o ramo extrativo é importante na estrutura industrial, como em Minas Gerais e Rio de Janeiro, o retrocesso, embora também tenha sido de dois dígitos, foi em certa medida amortecido, já que a extração mineral costuma ser menos intensiva em mão de obra. Vale lembrar que no total Brasil o ramo extrativo ficou estável na passagem de março para abril.

                          O Pará, em que o setor extrativo responde por quase 80% de sua indústria, conseguiu cresceu +4,9% na série com ajuste sazonal. Foi um dos dois únicos casos no azul. O outro foi Goiás (+2,3%), para quem a indústria de alimentos também é importante. No caso de Mato Grosso, a resiliência da demanda por alimentos e a evolução favorável das atividades agropecuárias podem ter ajudado a obter um nível moderado de declínio (-4,3%).

                          Na passagem de março para abril de 2020, a produção industrial brasileira registrou recuo de 18,8%, a partir de dados dessazonalizados. Entre os 15 locais pesquisados apenas dois registraram variações positivas: Pará (4,9%) e Goiás (2,3%). Os outros treze locais pesquisados apresentaram decréscimos: Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (-23,2%), Rio Grande do Sul (-21,0%), Espírito Santo (-16,7%), Minas Gerais (-15,9%), Santa Catarina (-14,1%), Rio de Janeiro (-13,9%), Pernambuco (-11,7%) e Mato Grosso (-4,3%).

                          Analisando em relação a abril de 2019, registrou-se retração de 27,2% da indústria nacional. Entre 15 locais pesquisados dois registraram variações positivas: Pará (37,6%) e Goiás (0,4%). Nos treze locais pesquisados restantes houve retração: Amazonas (-53,9%), Ceará (-53,0%), Rio Grande do Sul (-35,8%), Região Nordeste (-33,1%), São Paulo (31,7%), Santa Catarina (-30,8%), Paraná (-30,6%), Pernambuco (-29,1%), Bahia (26,5%), Espírito Santo (-14,2%), Minas Gerais (-20,4%), Mato Grosso (-11,6%) e Rio de Janeiro (-5,4%).

                          Analisando o acumulado do ano, registrou-se decréscimo de 8,2%, sendo que dos 15 locais pesquisados dois apresentaram incrementos: Rio de Janeiro (6,1%) e Pará (5,8%). Por outro lado, as demais regiões apresentaram decréscimos: Espírito Santo (-15,9%), Amazonas (-14,2%), Ceará (-14,1%), Rio Grande do Sul (-13,2%), Santa Catarina (-11,8%), Minas Gerais (-11,4%), São Paulo (-10,3%), Paraná (-6,2%), Região Nordeste (-5,1%), Mato Grosso (-4,4%), Pernambuco (-3,0%), Bahia (-1,8%) e, Goiás (-0,7%).

                          São Paulo. Na comparação do mês de abril com o mês de março de 2020, a produção da indústria paulista registrou retração de 23,3%, a partir de dados dessazonalizados. Em relação a abril de 2019, houve variação negativa de 31,7%, e analisando os dados acumulados do ano registrou-se decréscimo de 10,3%. Os setores com maiores expansões no comparativo com o acumulado do ano foram: sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene (4,8%), produtos alimentícios (3,2%) e, celulose, papel e produtos de papel (1,7%). 

                          Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-46,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-34,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-30%), produtos têxteis (-20,8%)e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-16,2%).

                          Nordeste. Na comparação de abril com o mês de março de 2020, a produção da indústria nordestina registrou decrescimento de 29,0% a partir de dados dessazonalizados. Em relação a abril de 2019, houve recuo de 33,1%. No acumulado do ano, aferiu-se variação negativa de 5,1%. Os setores com maiores contribuições positivas no comparativo do acumulado do ano foram: coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (28,4%), produtos alimentícios (10,1%) e celulose, papel e produtos de papel (7,1%). 

                          De outro lado, os seguintes segmentos apresentaram as maiores retrações: veículos automotores, reboques e carrocerias (-35,8%), preparação de couros e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-31%), metalurgia (-22,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,7%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-18%).

                          Minas Gerais. Na comparação de abril com o mês março de 2020, a produção da indústria mineira apresentou variação negativa de 15,9%, a partir de dados dessazonalizados. Em relação a abril de 2019, houve decréscimo de -20,4%. No acumulado do ano houve retração de 11,4%. Os setores que registraram as maiores variações positivas, na comparação do acumulado do ano, foram: produtos têxteis (13,0%), produtos alimentícios (8,9%), outros produtos químicos (7,3%), produtos do fumo (7,0%) e celulose, papel e produtos de papel (2,0%).

                          Em sentido oposto, os maiores decréscimos se deram nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (-33,9%), indústrias extrativas (-24,8%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-22,2%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-15,3%) e, produtos de minerais não-metálicos (-13,9%).

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