Economia e Indústria
Embora a indústria no total Brasil tenha perdido produção em jul/24, a maioria de seus parques regionais, bem como de seus setores, seguiu registrando crescimento.
Nos últimos meses, as vendas do varejo vêm perdendo fôlego na série com ajuste sazonal, mas este sinal incipiente de acomodação ainda não impactam o desempenho do setor em 2024.
Em jul/24, o faturamento real do setor de serviços voltou a se ampliar, com sinal positivo em três de seus cinco ramos.
Em 2022-2023, o comércio mundial perdeu dinamismo, segundo a OMC, mas o Brasil fugiu à regra e, frente a 2021, melhorou sua posição no ranking de exportações.
A produção industrial do país caiu em jul/24, mas isto se deveu a poucos setores e por razões “extra econômicas”, como a estiagem em certas áreas e paradas técnicas de plantas produtivas.
O PIB brasileiro se mostrou mais forte do que o previsto nesta primeira metade do ano, apoiado na retomada do investimento e no crescimento da indústria.
A taxa de desemprego do país atingiu no trimestre móvel findo em jul/24 o patamar mais baixo da série histórica iniciada em 2012.
Os fluxos de IDE para o Brasil encolheram em relação a 2022, em linha com a evolução global, segundo a UNCTAD, o que não evitou que melhorássemos nossa posição no ranking dos maiores receptores de IDE do mundo.
Em jun/24, as vendas do comércio perderam dinamismo, sob influência de ramos como os de alimentos e bebidas, mas ainda assim seguiram com um bom resultado no acumulado do 2º trimestre.
Depois do declínio em mai/24, o setor de serviços registrou, em jun/24, seu melhor resultado no ano na série livre de efeitos sazonais, com todos seus ramos no azul.
Na primeira metade de 2024, o déficit da balança comercial da indústria de transformação aumentou +25,7%, com piora em três dos quatro grupos por intensidade tecnológica.
O desempenho da indústria paulista se reforçou no final da primeira metade de 2024, o que foi importante para atenuar o impacto de outros parques industriais que perderam dinamismo.
Em jun/24, a produção industrial cresceu com vigor, apoiada na retomada da atividade no sul do país e com ajuda da produção de derivados de petróleo.
A taxa de desemprego do país chegou a seu patamar mais baixo nos último dez anos, com avanços na ocupação de todos os setores, exceto na agricultura.
A volta ao crescimento da indústria de transformação no Brasil e sua virtual estagnação no mundo levou a um importante avanço do país no ranking global do setor no 1º trim/24.
Em mai/24, resultados negativos foram verificados na maioria dos parques industriais, notadamente, no Rio Grande do Sul, em função de rupturas nas cadeias produtivas provocadas pelas enchentes.
Depois do fraco resultado em abr/24, o faturamento real do setor de serviços ficou estável em mai/24, mas a maior parte de seus ramos registrou queda.
Em mai/24, diferentemente da indústria, o varejo registrou expansão em suas vendas na série com ajuste sazonal, mas metade de seus ramos ficou no vermelho.
A indústria de transformação voltou a crescer no 1º trim/24, com variação positiva apenas no grupo de média-baixa tecnologia, mas com melhora de quadro em todos os demais.
Em mai/24, a indústria perdeu produção de forma generalizada, refletindo o desastre no RS. Incertezas derivadas do campo política e o fim da fase de queda dos juros pioram o cenário futuro do setor.