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                          Carta IEDI

                          Edição 725
                          Publicado em: 24/03/2016

                          Produção da Indústria de Transformação Mundial no Último Trimestre de 2105: Tombo na América do Sul

                          Sumário

                          De acordo com o relatório trimestral da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization), a produção da indústria de transformação mundial no quarto trimestre de 2015 cresceu 1,9% em relação ao mesmo período de 2014, mantendo tendência de desaceleração iniciada no segundo trimestre de 2014 e observada tanto nos países desenvolvidos como nos emergentes e em desenvolvimento. As principais razões são a fraca retomada da demanda e, em especial, dos investimentos mundiais. Em comparação a julho-setembro, a fabricação de manufaturas caiu 0,5% em outubro-dezembro de 2015.

                          Nos países emergentes e em desenvolvimento a expansão de 4,6% da indústria de transformação no quarto trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014 corrobora a tendência de desaceleração observada nos trimestres anteriores, puxada pela China e pela América Latina. Neste quadrimestre a produção de manufaturas chinesa cresceu 6,5%, a menor taxa neste confronto desde 2005.

                          Por sua vez, a indústria de transformação da América Latina assinalou variação negativa de 4% em outubro-dezembro de 2015 versus outubro-dezembro de 2014, tendo sido a retração de 2,9% em julho-setembro nesta comparação. Praticamente todas as indústrias das economias da região sofreram queda, exceto o México (2,2%). A produção de manufaturas no Brasil caiu 12,4% nesta comparação, Argentina -0,9%, Chile -1,5%, Columbia -0,4% e Peru -0,8%. A crise responde à baixa dos preços das commodities, à desaceleração chinesa e também ao arrefecimento das dinâmicas domésticas.

                           Já nos países desenvolvidos, no quarto trimestre de 2015 a expansão em relação a outubro-dezembro de 2014 foi de 0,2%, tendo sido 1,0% no trimestre anterior e revertendo o movimento de aceleração até então verificado. Essa nova inflexão descendente aconteceu na América do Norte, na Europa e no Leste Asiático.

                          A Rússia, por sua vez, continuou em crise. Houve queda de 5,7% na produção industrial no último trimestre de 2015 relativamente ao mesmo período de 2014, de forma generalizada entre as atividades industriais, mas particularmente forte no setor de petróleo e gás.

                          Olhando agora o desempenho em termos setoriais, no último trimestre de 2015, frente a igual período de 2014, a produção da indústria de transformação do mundo contou com o crescimento da maior parte dos setores, exceto máquinas e equipamentos (-2,6%) e publicação e impressão (-0,6%). Em especial, a fabricação de máquinas e equipamentos assinala a segunda variação negativa consecutiva neste indicador, com queda de 1,1% em julho-setembro, após ter expandido 0,3% em janeiro-março e 1% em abril-junho.

                          Nas economias emergentes e em desenvolvimento, no último trimestre de 2015, relativamente ao mesmo período do ano anterior, somente veículos automotores assinalaram queda (-0,4%). Ao longo de todos os trimestres de 2015, o setor foi desacelerando nesse grupo de países, na comparação com igual trimestre do ano anterior, até sua variação tornar-se negativa (6,4% em janeiro-março, 3,6% em abril-junho, 2,5% em julho-setembro). Por seu turno, os setores que mais expandiram a produção foram produtos de rádio/TV e equipamentos de comunicação (10, 4%), produtos de tabaco (9,8%), produtos químicos (6,3%) e metais básicos (5,9%).

                           
                          Introdução: a indústria de transformação mundial no quarto trimestre de 2015. O relatório trimestral da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) sobre a produção da indústria de transformação mundial no quarto trimestre de 2015 mostra queda de 0,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior e crescimento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2014, sendo que esse indicador para julho-setembro havia sido 2,6%. A desaceleração na indústria de transformação, segundo a UNIDO, deve-se aos fracos investimentos e à lenta recuperação da demanda.

                          Tanto nos países em desenvolvimento e emergentes como nos desenvolvidos observou-se a redução no ritmo de expansão da produção da indústria de transformação. Nos países em desenvolvimentos e emergentes, a desaceleração vem ocorrendo desde o primeiro trimestre de 2014. Se no terceiro trimestre de 2015 a expansão em relação ao mesmo período do ano anterior tinha sido de 4,9%, no quarto trimestre foi de 4,6%. Algumas das razões são as menores taxas de crescimento da economia chinesa e a retração do preço das commodities, o que afetou em particular a América Latina, inclusive Brasil, e a África.

                          Já nos países desenvolvidos, no quarto trimestre de 2015 a expansão em relação a outubro-dezembro de 2014 foi de 0,2%, tendo sido 1,0% no trimestre anterior e revertendo a tendência de aceleração então verificada. Essa nova inflexão descendente aconteceu na América do Norte, na Europa e no Leste Asiático.


                           


                          Resultados dos Países Desenvolvidos. No trimestre de outubro-dezembro a produção de manufaturas nos países desenvolvidos cresceu 0,2% tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior como frente ao mesmo período de 2014.

                          A Rússia, por sua vez, continua em crise. Houve queda de 5,7% na produção industrial no último trimestre de 2015 relativamente ao mesmo período de 2014, de forma generalizada entre as atividades industriais, mas particularmente forte no setor de petróleo e gás.

                          Na comparação com o mesmo período de 2014, no último trimestre de 2015 a produção da indústria de transformação da Europa evoluiu 0,6%, tendo crescido 1,5% nos países da zona do euro. O desempenho mais fraco no velho continente se deu por conta dos países de fora da zona do Euro, principalmente pela queda da produção industrial na Suíça (-14,7%), Noruega (-7,6%) e no Reino Unido (-1,0%), relacionadas à valorização da libra e do franco suíço, no primeiro e no terceiro caso, e à queda do preço do petróleo e gás, no caso norueguês. Vale citar, porém, que a produção cresceu na Hungria (9,4%), República Tcheca (3,9%) e Suécia (3,7%). Em contraste, dentre os países que adotam o euro, apontaram crescimento expressivo a Irlanda (15,7%), Eslováquia (7,3%) e Espanha (5,8%).

                          A seu turno, as economias desenvolvidas do Leste Asiático tiveram retração de 0,5% em outubro-dezembro de 2015, relativamente a igual período do ano anterior. A queda foi condicionada pela evolução da indústria no Japão (-0,6%), Coreia (0,6%) e Singapura (6,8%). Por outro lado, a produção industrial na Malásia conseguiu crescer 4,9%.

                          Já na América do Norte, o último trimestre de 2015 também foi marcado por uma expansão da produção industrial, ainda que de apenas 0,9% em relação ao mesmo período de 2014. Esse desempenho foi a metade daquele verificado no terceiro trimestre (1,8%) nesta mesma comparação. Concorreu para isso o crescimento de 1,1% dos EUA no quarto trimestre, que também sofreu desaceleração, sobretudo, devido à valorização do dólar. Trajetória mais adversa foi vista no Canadá, cuja produção de manufaturas declinou 1,0% frente ao último trimestre de 2014.



                          Resultados dos Países em Desenvolvimento e Emergentes. Nos países emergentes e em desenvolvimento a expansão mais lenta de 4,6% da indústria de transformação no quarto trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, deveu-se ao desempenho da maioria das regiões, inclusive da China. Neste trimestre a produção de manufaturas chinesa cresceu 6,5%, a menor taxa neste confronto desde 2005. Muito devido a isso, os países emergentes e em desenvolvimento da Ásia como um todo também apresentaram desaceleração, passando de um crescimento de 6,7% para 6,1% no terceiro e no quarto trimestre de 2015, frente aos mesmos períodos de 2014, respectivamente. No último trimestre o destaque ficou a cargo do Vietnã, cuja produção industrial se expandiu 12,9%.

                          A indústria de transformação da América Latina não teve tanta sorte. Assinalou queda de 4% em outubro-dezembro de 2015 versus outubro-dezembro de 2014, representando um agravamento da trajetória, já que a retração no trimestre anterior neste indicador foi de 2,9%. Praticamente todas as indústrias das economias da região sofreram queda, exceto o México (2,2%). A produção de manufaturas no Brasil caiu 12,4% nesta comparação, Argentina -0,9%, Chile -1,5%, Columbia -0,4% e Peru -0,8%. A crise responde à queda nos preços das commodities, à desaceleração chinesa e também ao arrefecimento das dinâmicas domésticas.

                          Em outubro-dezembro de 2015 relativamente a outubro-dezembro de 2014, a produção da indústria de transformação da África regrediu 0,2% devido à retração de 1,4% na África do Sul, sendo que as demais economias da região assinalaram crescimento: Egito (1,1%), Marrocos (0,4%), Senegal (5,8%) e Tunísia (0,8%).



                          Análise Setorial. No trimestre final de 2015, comparativamente a igual período de 2014, a produção da indústria de transformação do mundo contou com o crescimento da maior parte dos setores, exceto máquinas e equipamentos (-2,6%) e publicação e impressão (-0,6%). Em ambos a queda foi condicionada pelas economias industrializadas (-4,6% e -1,1%, respectivamente). Em especial, o setor de máquinas e equipamentos assinalou a segunda variação negativa consecutiva neste indicador, com queda de 1,1% em julho-setembro, após ter se expandido 0,3% em janeiro-março e 1% em abril-junho. Além destes setores, sete outros também apontaram queda no grupo de países industrializados, em especial produtos de couro e calçados (-3,8%) e metais básicos (-4,8%). Em sentido oposto, ainda nesse grupo de países, destaca-se o significativo crescimento de químicos (3,5%) e veículos automotores (4,4%).

                          Já nas economias emergentes e em desenvolvimento, em outubro-dezembro de 2015, relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior, somente veículos automotores assinalaram queda (-0,4%). Ao longo de todos os trimestres de 2015, o setor foi desacelerando nesse grupo de países, na comparação com igual trimestre do ano anterior, até sua variação tornar-se negativa (6,4% em janeiro-março, 3,6% em abril-junho e 2,5% em julho-setembro). Por seu turno, os setores que mais expandiram a produção foram produtos de rádio/TV e equipamentos de comunicação (10,4%), produtos de tabaco (9,8%), produtos químicos (6,3%) e metais básicos (5,9%).

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                          No 1º bim/23, a atividade econômica do Brasil se expandiu devido apenas ao setor de serviços, já que o varejo ficou estagnado e a indústria registrou declínio na produção.

                           
                           
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                          No primeiro bimestre de 2023, a indústria continuou andando para trás, reforçando perspectivas negativas para o setor no presente ano. 

                           
                           
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                          De acordo com o cenário básico do FMI, o crescimento global desacelerará de 3,4% em 2022 para 2,8% em 2023, percentual inferior à média das duas décadas que precederam a pandemia do Covid-19.

                           
                           
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                          A desaceleração da indústria de transformação no final de 2022 foi bastante difundida pelo mundo, segundo a UNIDO, mas atingiu mais intensamente o Brasil.

                           
                           
                           
                           
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                          A desaceleração do final de 2022 adentrou 2023, levando os serviços e a indústria ao terreno negativo e mantendo o varejo ampliado muito próximo da estagnação.

                           
                           
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                          Carta IEDI n. 1197 - Expansão do emprego industrial em 2022
                          Publicado em: 14/04/2023

                          O ano de 2022 foi um período de expansão e formalização do emprego industrial, mesmo com alguma desaceleração decorrente do menor nível de atividade econômica no último trimestre.

                           

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