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                          Carta IEDI

                          Edição 1
                          Publicado em: 13/05/2002

                          Sem Forças

                          Sumário

                          Investimentos: em “compasso de espera”
                          Crédito: travado
                          Mercado consumidor interno: fraco
                          Exportações: em declínio
                          Esse é o resumo dos determinantes da estagnação atual da indústria

                          Os dados divulgados pelo IBGE para a produção física industrial de março de 2002 não deixam margem a dúvidas: todos os fatores de dinamismo para o crescimento industrial estão ausentes na economia brasileira hoje.

                          A produção industrial brasileira crescia desde novembro de 2001, após a continuada queda motivada pela crise de energia, pela gangorra do dólar e pela elevação das taxas de juros em 2001. O processo era lento, tanto que não se chegou a recuperar os níveis de produção anteriores ao início da retração de 2001. Em março, a produção industrial voltou a acusar declínio: caiu 0,8% com relação ao mês anterior. Com relação a março de 2001, a queda foi de 3,8% e no acumulado do primeiro trimestre de 2002 com relação a 2001, foi de 2,2%.

                          Esses resultados retratam não apenas um tropeço no lento processo de recuperação, mas, sobretudo, refletem a falta de dinamismo da economia industrial no corrente ano.

                          Os dados apresentados a seguir ajudam a entender o que está ocorrendo no setor industrial.

                          Bens de Capital — Após um longo período de encolhimento (1995/99), a reativação do setor veio com a mudança da política cambial de 1999. A substituição de importações e a demanda originada da substituição energética e da agricultura foram os responsáveis pelo forte crescimento em 2001 e pela pequena recuperação do seu crescimento entre fins de 2001 e fevereiro de 2002. O relativo “compasso de espera” dos investimentos nesse início de ano deve persistir devido à instabilidade financeira e as oscilações das expectativas relacionadas às eleições presidenciais. Por isso, a indústria de bens de capital não repetirá em 2002 o excepcional desempenho de 2001 (crescimento de 12,7%), podendo ter crescimento negativo.

                          Bens Duráveis de Consumo — Segmento que mais cresceu com a estabilização da economia a partir de 1994, foi também o que mais sofreu o impacto da retração de 1997/1999 e da crise de energia e do aumento das taxas de juros em 2001. Mesmo com o fim do racionamento, a recuperação dos últimos meses tem sido limitada devido à manutenção das altas taxas de juros e da elevada inadimplência no crédito. A projeção dos últimos resultados desse segmento indica um crescimento próximo a zero em 2002. A redução da taxa de juros e a reativação do crédito podem alterar essa projeção.

                          Bens Duráveis de Consumo Não Duráveis — A longa estagnação desse segmento deve ser sublinhada. A estagnação se seguiu a uma (breve) ativação após a estabilização e perdura até os dias de hoje. Sem forças para crescer devido à queda do rendimento real (de quase 10% nos últimos três anos) e do desemprego, a produção do segmento acumulou seguidas quedas nos últimos anos (1998/2000, crescendo pouco em 2001 – 1,8%) e se for mantida a tendência atual terá crescimento zero em 2002.

                          Investimentos em “compasso de espera”, crédito travado e mercado consumidor interno fraco, eis o resumo da ópera. Com as exportações em queda, sequer o mercado externo serve como atenuante.

                          Diante do quadro atual, a projeção é de um crescimento da produção industrial de apenas 1,6% em 2002, crescimento esse puxado pela indústria extrativa. A projeção para a indústria de transformação é de queda de 0,6%. Alguma melhora é esperada para o segundo semestre quando taxas expressivas de crescimento poderão ser registradas devido à comparação com a base de referência, ou seja, o segundo semestre de 2001, período em que o nível de produção foi baixo.

                          Esse quadro pode ser alterado? No presente contexto, a única via é a redução da taxa de juros para “destravar o crédito” e, assim, parcialmente, reativar o mercado de consumo. Teria de ser uma redução expressiva – como 2 pontos percentuais na taxa básica em até julho –, o que esbarra nas dificuldades do quadro de instabilidade financeira do momento e no comportamento dos dirigentes do Banco Central, que mesmo em situações mais favoráveis das expectativas, relutam em reduzir os juros para a ativação da produção.

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