• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          IEDI na Imprensa - Indústria brasileira sobe para 25ª em ranking global

                          Publicado em: 08/04/2025

                          Valor Econômico

                          Quarto trimestre foi de início de desaceleração, que pode se intensificar com juros e efeitos de tarifaço de Trump

                          Lucianne Carneiro

                          O Brasil ficou na 25ª posição em ranking de desempenho da indústria de transformação em 2024, numa comparação mundial, o melhor lugar pelo menos desde 2019. Antes disso, a melhor posição tinha sido em 2020 (43ª), ainda que em ano de queda generalizada do setor. A informação é de estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), produzido a partir de dados da Unido (United Nations Industrial Development Organization, agência da ONU para promoção do desenvolvimento industrial) e antecipado com exclusividade ao Valor.

                          Os dados do trabalho, no entanto, mostram a magnitude da desaceleração do ritmo da indústria brasileira no fim de 2024, o que não traz bons indícios para 2025, segundo o diretor-executivo do IEDI, Rafael Cagnin. Os juros mais altos já estavam nessa conta e devem pesar mais este ano. As incertezas com o cenário externo, intensificadas pelo tarifaço do governo Donald Trump na última semana e seus desdobramentos sobre a indústria brasileira, trazem ainda mais preocupação. A projeção mediana do mercado é de alta de 1,6% da produção industrial em 2025, segundo levantamento do Valor Data, abaixo de 2024 (3,1%).

                          A desaceleração do fluxo de comércio e da economia mundial é o temor mais claro dessa insegurança, mas há outros fatores em vista. Um dos alertas feitos por Cagnin e outros especialistas é sobre a possibilidade de desvio de comércio - exportações que seriam destinadas aos Estados Unidos são redirecionadas para outros mercados, de terceiros países ou para o próprio Brasil, pressionado o setor industrial nacional. Além disso, eventuais ganhos da indústria brasileira por ter recebido o menor nível de tarifa do governo Trump tendem a ser pontuais, apontam.

                          “A questão Trump agrava muito o cenário externo porque vêm ganhando força as expectativas de desaceleração do comércio internacional. Não se vê até onde vai essa escalada de ameaças, principalmente envolvendo China e Estados Unidos”, afirma Cagnin.

                          Os dados da Unido apontam expansão de 3,2% da indústria de transformação brasileira em 2024 (com ajuste sazonal), o que significa o 25º país com maior variação entre os 82 que compõem o ranking. Na média mundial, a indústria cresceu 2,3% no ano passado, o dobro do 1,2% de 2023.

                          Os primeiros lugares na classificação de 2024 são de países com alta de dois dígitos de sua produção, como Macau (35,7%) e Taiwan (12,3%). Em 2023, o Brasil tinha sido o 45º país na análise do ritmo da indústria, com queda de 1%.

                          Analista da Tendências Consultoria, João Pedro Leme cita fatores como “forte” impulso fiscal com precatórios; juros em queda até maio e mercado de trabalho aquecido para explicar o bom desempenho da indústria brasileira em 2024. Foi a primeira vez na década, como lembra o IEDI, em que o setor industrial cresceu em cima de base que não estava deprimida, como foi observado em 2017 e 2021.

                          Não se vê até onde vai essa escalada de ameaças [de Trump]”

                          — Rafael Cagnin

                          “A liberação maciça de precatórios, a maioria de pequeno valor, aumentou muito a renda disponível das pessoas, especialmente porque a inflação estava um pouco mais controlada e ainda havia relaxamento da política monetária, com aumento de oferta de crédito. Isso gerou uma pressão positiva sobre os bens de consumo industriais com tíquete médio mais alto, como duráveis, além dos semiduráveis e não duráveis”, diz Leme.

                          Outra influência positiva para a indústria em 2024, aponta o analista da Tendências, foi o arcabouço fiscal, que permitiu um novo piso para investimentos, e também o programa Minha Casa, Minha Vida, que favoreceu a indústria de construção, com insumos disseminados em diferentes cadeias industriais. Além disso, a perspectiva de demanda com a melhora da atividade econômica também estimulou projetos de ampliação de capacidade de produção, com efeitos na produção de bens de capital.

                          O ambiente, no entanto, começou a mudar no fim de 2024. A produção da indústria brasileira desacelerou de alta de 1,4% no terceiro trimestre para recuo de 0,1% no quarto trimestre, enquanto no mundo o crescimento acelerou de 0,6% para 1%, em igual período de comparação.

                          “Uma desaceleração da indústria a partir do fim do ano era esperada, pelo aperto da política monetária, menor estímulo fiscal e desaquecimento do mercado de trabalho. Mas agora a incerteza externa foi ampliada. A leitura é de desaceleração relevante, a 1,6%. Estamos no meio do turbilhão das mudanças nos Estados Unidos, há muita incerteza”, afirma Rodrigo Nishida, da LCA 4intelligence.

                          O diretor-executivo do IEDI aponta que o cenário poderia ser pior se a tarifa de importação dos EUA para o Brasil tivesse ficado acima dos 10%. “O que interessa no fim é o diferencial de competitividade. Mas, se isso vai potencializar nossas exportações de forma robusta, aí é olhar mais o longo prazo.” O economista da LCA 4intelligence vê com cautela essa leitura: “O quadro como um todo é negativo. Se tiver algum ganho, vejo algo pontual ou marginal”.

                          Nishida e Cagnin compartilham, no entanto, a preocupação com desvio de comércio. “Foi o que se viu na crise financeira, quando o Brasil perdeu espaço para a China em mercados tradicionais, como a América Latina”, diz o diretor-executivo do IEDI.

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Juro alto e dólar volátil afetam desempenho da indústria de alta tecnologia no Brasil
                          Publicado em: 08/06/2025

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Para Kassab, Bolsonaro apoiará algum Bolsonaro para presidente — e não Tarcísio
                          Publicado em: 30/05/2025

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Transformações na indústria brasileira indicam novo ciclo com foco em tecnologia, conectividade e sustentabilidade
                          Publicado em: 25/05/2025

                          Carta Capital

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Déficit comercial da indústria brasileira é o maior em 13 anos. Entenda por quê
                          Publicado em: 23/05/2025

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Estag­na­ção Como esca­par da ara­puca da renda média
                          Publicado em: 27/04/2025

                          O Estado de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Dano colateral
                          Publicado em: 24/04/2025

                          Carta Capital

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Tarifaço aumenta importância do ‘dever de casa’
                          Publicado em: 22/04/2025

                          Valor Econômico

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Empresas devem cobrar redução de custos e novos acordos comerciais para enfrentar tarifaço de Trump
                          Publicado em: 20/04/2025

                          O Estado de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Tarifas de Trump podem assemelhar EUA ao Brasil, diz Wall Street Journal
                          Publicado em: 14/04/2025

                          CNN

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Câmbio ajuda, e rentabilidade de exportações aumenta 5% no 1º bimestre
                          Publicado em: 14/04/2025

                          Valor Econômico

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.