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                          IEDI na Imprensa - Indústria cai em julho, mas trajetória é positiva

                          Publicado em: 05/09/2024

                          Valor Econômico

                          Base elevada de junho e paradas para manutenção no setor de petróleo explicam queda de 1,4%

                          Marsílea Gombata e Lucianne Carneiro

                          A produção industrial brasileira caiu em julho, compensando a forte alta do mês anterior. Mas o resultado negativo não interrompe a trajetória positiva do setor, dizem economistas. Eles estimam que, apesar de desafios como a taxa de juros ainda alta, no curto prazo a indústria continuará beneficiada pela demanda doméstica.

                          Em julho, a produção industrial caiu 1,4% ante junho, segundo a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta quarta-feira, 4, pelo IBGE.

                          O desempenho ficou abaixo da mediana das estimativas de 27 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de recuo de 0,8%. Ante julho de 2023, a produção industrial subiu 6,1%. Nessa base de comparação, a mediana do mercado previa de alta de 6,6%.

                          A queda ocorre depois de crescimento de 4,3% em junho. Nos 12 meses até julho, a indústria acumula crescimento de 2,2%. De janeiro a julho, a alta é de 3,2%.

                          Segundo o gerente do IBGE André Macedo, a base de comparação elevada de junho e as paradas de manutenção em plantas industriais de segmentos como derivados de petróleo e biocombustíveis, celulose, e indústrias extrativas explicam o resultado.

                          Agosto pode ter um cenário semelhante de problemas na produção industrial, diz Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), devido a estiagem e queimadas em canaviais. Os efeitos da estiagem e das queimadas aparecem tanto na produção de alimentos (açúcar) quanto na de biocombustíveis (etanol).

                          Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), afirma que a queda foi concentrada em poucos segmentos e teve efeito compensatório após alta no mês anterior. “Em junho, o indicador havia avançado, influenciado pela volta da produção no Rio Grande do Sul e de empresas fora de lá que dependiam da retomada da atividade no Sul.”

                          A queda da produção foi concentrada em sete dos 25 ramos analisados. A maior influência veio de produtos alimentícios, com recuo de 3,8% em julho, ante junho. O segmento de coque, derivados do petróleo e biocombustível teve queda de 3,9%. Indústrias extrativas caíram 2,4%. A produção do segmento de celulose, papel e produtos de papel caiu 3,2%.

                          Também recuaram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-2,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%), e produtos têxteis (-0,6%).

                          Das quatro grandes categorias da indústria, bens de capital e duráveis tiveram alta. Bens intermediários e semi e não duráveis caíram. Bens de capital teve alta de 2,5% em julho, ante junho. Frente a julho de 2023, o aumento foi de 17,3%. A de bens duráveis cresceu 9,1% e 31,4%, respectivamente.

                          A produção de bens intermediários recuou 0,3% na passagem entre junho e julho. Frente a julho de 2023, houve alta de 4%. A categoria é a de maior peso na indústria, com participação de 55%. Nos bens semi e não duráveis, a queda foi de 3,1%, na variação mensal. Na comparação com julho de 2023, houve crescimento de 5,5%. No curto prazo, Cagnin enxerga obstáculos para a continuidade da recuperação de bens de capital e duráveis.

                          “Vimos em 2024 uma reação da indústria porque os juros recuaram. Houve um ambiente de menor custo e endividamento, que abriu caminho para um desempenho melhor agora”, diz. “Se voltarmos a ter uma fase de aumento de juros a partir de setembro, essa trajetória será colocada em risco.”

                          Ele acrescenta como ponto de preocupação o peso que desastres ambientais vêm tendo sobre a atividade econômica. “Em maio, houve as enchentes no Rio Grande do Sul, em julho, estiagem, e em agosto, estiagem e queimadas. Isso vai incorporando um nível de volatilidade na atividade”, diz. “E implica efeitos na política monetária.”

                          Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores, argumenta, contudo, que a queda produção não interrompe o ciclo virtuoso do setor industrial.

                          “A mensagem que fica é que a indústria continua apresentando resultados positivos. A queda de junho é mensal e em setores específicos”, diz. “Para os próximos meses, a expectativa é positiva, no contexto que vimos com a divulgação de números muito fortes do PIB do segundo trimestre. Estamos em um momento de mercado de trabalho muito bom, desemprego lá em baixo, rendimento crescendo de forma expressiva. O consumo das famílias tem tido alta expressiva, e isso impacta também a indústria.”

                          Nishida acrescenta outros fatores que podem ajudar a indústria no curto prazo, como aumento de imposto de importação para o setor automobilístico, bens de pequeno valor, siderurgia. “Isso deve ajudar o processo de substituição de importações nos próximos meses. Além de programas como o de renovação de frotas de caminhões e o Nova Indústria Brasil, que também contribuem”, argumenta.

                          Apesar da situação externa mais adversa e os juros em patamar elevado, ele mantém a perspectiva de trajetória de crescimento da produção. “Ainda que a política monetária esteja em patamar contracionista, o crédito continua forte para a indústria, há indicadores de confiança em terreno positivo, e a utilização da capacidade instalada da indústria está em patamares altos”, diz. “Mesmo com o cenário externo mais adverso em termos de exportação, com a demanda da Argentina em baixa, a demanda interna brasileira está segurando.”

                          A LCA espera alta de 3,1% da produção industrial em 2024, levando em conta o crescimento disseminado na indústria de transformação e a extrativa mais fraca.

                          Visão semelhante tem Rodolfo Margato, economista da XP. Em relatório enviado a clientes, Margato destacou que resultados desagregados da PIM-PF foram positivos. A XP prevê alta de 3,5% da produção industrial neste ano.

                          A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) alertou para riscos que o setor pode vir a enfrentar, como a “manutenção dos juros em patamar restritivo por tempo prolongado”, que pesaria contra o processo de recuperação esperado para a indústria de transformação.

                          Alberto Ramos, economista chefe para América Latina no banco Goldman Sachs, reforçou que, com o resultado de julho, a produção industrial está 15,5% abaixo do nível recorde de maio de 2011, conforme afirmou o IBGE. Segundo o instituto, a produção está 1,4% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

                          “Considerando o forte crescimento em julho, na comparação com julho de 2023, a perspectiva de que a produção industrial está se recuperando neste ano é reforçada”, afirmou David Beker, chefe de economia para Brasil e de estratégia para América Latina do Bank of America.

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