• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          IEDI na Imprensa - PIB da indústria, construção e comércio segue abaixo do nível de 2014

                          Publicado em: 17/12/2022

                          Folha de São Paulo

                          Setores também não devem zerar perdas em 2023

                          Eduardo Cucolo

                          Três setores representativos da economia brasileira e que se destacaram nos governos anteriores do PT ainda seguem produzindo abaixo do verificado em 2014, quando o país entrou em uma das maiores recessões da sua história: indústria manufatureira, comércio e construção.

                          Essas atividades eram responsáveis por 33% do valor adicionado ao PIB (Produto Interno Bruto) no início da década passada. Nos últimos três anos, essa participação ficou em 29%.

                          Nas Contas Nacionais do IBGE, a indústria manufatureira e a construção estão dentro do grande setor industrial, junto com o segmento extrativista e atividades como eletricidade, água e esgoto. Já o comércio é contabilizado como parte do grupo serviços.

                          O nível de produção da manufatura brasileira está cerca de 15% abaixo do pico da série histórica, que foi alcançado em 2013. O declínio do setor, portanto, começou antes da recessão de 2014-2016.

                          A construção e o comércio tiveram seus picos no início de 2014. A primeira ainda está mais de 20% abaixo daquele patamar. O segundo mantém uma defasagem de 5%.

                          Esses resultados contrastam com o comportamento da agropecuária, setor que mais cresceu desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 1995, e foi também o primeiro a se recuperar da recessão. Os serviços como um todo tiveram sua trajetória de recuperação adiada por causa da pandemia, mas voltaram ao patamar pré-crise no segundo semestre de 2022.

                          Construção

                          Entre os três setores que ainda não voltaram, a construção é a que sofreu a maior perda de participação no PIB na história recente, de 6,4% em 2013 para 3,3% em 2021. A crise fiscal que resultou em cortes em programas de investimentos e de habitação popular inviabilizou a manutenção do alto nível de produção do setor alcançado há uma década.

                          José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), afirma que o Brasil tem hoje grandes projetos de infraestrutura em andamento, mas que demoram para dar resultado, e obras que demandam baixos recursos, como construção de praças e asfaltamento de avenidas.

                          "Falta investimento na coisa média. A estrada que dá acesso à Dutra, a vicinal, a ponte, o conjunto habitacional", afirma Martins. "Para isso, precisa voltar a ter investimento público. Mas não adianta ter investimento público sem responsabilidade fiscal."

                          Nos últimos dois anos, o setor cresceu o dobro do PIB. Pode crescer o triplo em 2023, segundo projeção da entidade. Martins diz que o setor chegou a 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada no pico. As vagas caíram para 2 milhões no momento mais agudo e agora estão em 2,5 milhões.

                          Indústria

                          Outro segmento ainda sem perspectiva de voltar ao pico é a indústria de transformação ou manufatureira, que chegou a representar mais de 20% do PIB brasileiro na década de 1970. Em 1980, foi iniciado um processo de desindustrialização que reduziu essa participação praticamente pela metade.

                          Um trabalho dos economistas André Nassif e Paulo Morceiro mostra que essa desindustrialização não é uma tendência mundial. A taxa de crescimento do valor adicionado pelo setor caiu na década passada no Brasil, mas avançou na média das economias mais representativas, resultado puxado pelos emergentes China e Índia. Em alguns países desenvolvidos, como EUA e Japão, ela ficou praticamente estável.

                          "O Brasil é um caso particular. A participação da indústria de transformação no PIB mundial não tem uma trajetória de queda. Está relativamente estável. Se você exclui a China, tem uma redução muito pequena. Não há um processo [global] de desindustrialização", afirma Rafael Cagnin, economista do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).

                          Ele afirma que outros países que também tiveram uma rápida desindustrialização, como Reino Unido e Austrália, já haviam alcançado um alto nível de desenvolvimento antes que isso ocorresse. Não é o caso do Brasil. Naquelas duas economias, a indústria encolheu, mas se tornou mais intensiva em tecnologia e com mais capacidade de agregação de valor.

                          "O Brasil tem o pior caso de desindustrialização prematura. Um processo dos mais intensos do mundo, que ocorreu antes de o país enriquecer e que efetuou os setores mais intensivos tecnologicamente, que hoje são os que estão na base da indústria 4.0", diz o economista do IEDI.

                          Para ele, o governo eleito pode seguir os passos de outras economias que buscam a reindustrialização, o que passa por um Estado com capacidade de articulação e coordenação junto ao setor privado.

                          Comércio

                          O comércio é outro setor que tem demorado mais a se recuperar da recessão de 2014-2016, embora esteja próximo de alcançar o patamar da época. Desde 2012, tem um peso na economia que supera o da indústria de transformação —cerca de 14% do valor adicionado ao PIB e 20% de participação no grupo serviços como um todo.

                          A CNC (confederação nacional do comércio) estima que o setor deve fechar 2022 com crescimento próximo de 1,2%, praticamente o mesmo resultado dos dois anos anteriores, em um cenário de juros elevados e inflação ainda alta.

                          O valor é bem inferior ao desempenho do PIB brasileiro, cujo crescimento neste ano é estimado em 3,1% e deve ficar em 1,6% na média 2020-2022.

                          Segundo a CNC, passados quase dois anos e meio desde o início da crise sanitária, o volume de vendas segue cerca de 1% acima do observado em fevereiro de 2020.

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - BNDES quer reverter prioridade para o agro dos anos Bolsonaro
                          Publicado em: 26/03/2023

                          Folha de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Indústria — mais um cavalo passando encilhado
                          Publicado em: 22/03/2023

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - BNDES: desembolso para bens de capital salta 45% em 2022, mas ainda é insuficiente, diz setor
                          Publicado em: 17/03/2023

                          O Estado de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Baixa tecnologia ‘segura’ indústria em 2022
                          Publicado em: 10/03/2023

                          Valor Econômico

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - ‘Houve equívoco na criação da taxa de juro do BNDES’, diz Pedro Wongtschowski
                          Publicado em: 06/03/2023

                          O Estado de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Indústria ‘apaga’ 1º semestre e fecha o ano em queda
                          Publicado em: 03/03/2023

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Desempenho da indústria demonstra fragilidade do PIB em 2022
                          Publicado em: 02/03/2023

                          Valor Econômico

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Brasil não tem nem 0,5% da venda global de manufaturados
                          Publicado em: 28/02/2023

                          Valor Econômico

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Plano do BNDES para a indústria prevê dobrar crédito para escolas, universidades e startups
                          Publicado em: 26/02/2023

                          O Estado de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Apoio do BNDES à inovação é proporcionalmente menor que o de bancos de desenvolvimento em outros países
                          Publicado em: 07/02/2023

                          O Globo

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Rua Geraldo Flausino Gomes, 42
                          2º andar - Itaim Bibi
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 04575-060

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.