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                          IEDI na Imprensa - Caso Ford é alerta para modelo industrial

                          Publicado em: 13/01/2021

                          Valor Econômico

                          Incentivos setoriais falham em transformar competitividade das empresas, avaliam especialistas

                          Anaïs Fernandes

                          A troca de companhias de países e mercados ao longo do tempo é um processo econômico natural, mas, no caso da saída da Ford do Brasil, tem um peso simbólico e serve de alerta para governos e empresas repensarem políticas e estratégias de atuação, avaliam especialistas.

                          Por mais de seis décadas a indústria automotiva no Brasil foi impulsionada por incentivos governamentais, uma política industrial clássica que ficou desatualizada na visão de Claudio Frischtak, sócio da Inter.B. “O que foi demonstrado é que isso não conduz a uma transformação de competitividade da indústria, ela se apoia como em uma bengala e cresce com base em muletas.”

                          Outros países emergentes também tiveram sua fase de “nacional desenvolvimentismo”, como a Coreia do Sul, mas “descobriram que a modernização da economia e da indústria passa pela integração global”, diz Frischtak. No Brasil, porém, “não houve esforço de fato” nesse sentido, segundo ele. “Houve espasmos de tentativas de abertura.”

                          Mesmo que o comércio mundial não cresça mais como no auge da globalização, Frischtak diz que a integração é o único caminho para empresas no Brasil. O movimento, porém, precisa ser acompanhado por reformas que modernizem o Estado e a economia, gerando ganhos de produtividade e reduzindo desigualdades, acrescenta ele.

                          Para Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o Brasil chegou a um ponto de desempenho econômico e nível de atividade em que são esses aspectos estruturais, capazes de oferecer condições de competitividade efetiva, que precisam ser enfrentados. “Não é mais o momento de paliativos”, afirma.

                          Ainda que seja possível pensar em políticas mais direcionadas para uma ou outra atividade, dependendo da geração de empregos e do dinamismo inovativo, se as questões estruturais pendentes não forem atacadas, a eficácia dessas políticas também tende a se perder, diz Cagnin. “Não podemos mais remendar, empurrar com a barriga. Se não enfrentarmos essas questões, notícias como essa [saída da Ford do Brasil] podem se multiplicar.”

                          Cagnin refere-se, sobretudo, à reforma nos impostos. “O nó tributário é o principal problema da nossa baixa competitividade internacional. Ele corrói a rentabilidade das empresas, seja diretamente, porque é um ônus, seja indiretamente, porque faz perder vendas e parcela de mercado em um mundo cada vez mais competitivo.”

                          A agenda de competitividade, no entanto, “vem sendo sistematicamente procrastinada”, afirma Cagnin. Para ele, seriam necessárias boas sinalizações ainda em 2021, inclusive para ajudar a recuperação da economia. Em outra frente, o economista diz ser fundamental uma agenda de política de inovação. “O debate econômico coloca tecnologia e inovação em segundo plano, mas são questões fundamentais.”

                          Sem deixar de lado a necessidade de reformas “para agora”, Sérgio Lazzarini, professor do Insper, chama a atenção para comportamentos paradoxais das empresas. “No caso da indústria automobilística, acontece uma coisa curiosa, porque é um dos setores que mais recebem apoio governamental, benefícios fiscais, só que as empresas querem benefícios e depois reclamam da carga tributária alta. Essa conta não fecha”, diz Lazzarini. “Se você quer benefício, vai ter carga mais alta, se quer carga menor, tem que ter menos benefícios.”

                          Esse modelo de incentivo é um exemplo de política industrial sem critério claro e que não resolve os problemas, segundo Lazzarini. “A empresa quer benefício, mas agrava o quadro fiscal, que deteriora o quadro econômico”, observa. Além disso, os benefícios não têm gerado estímulos para que as firmas sejam, de fato, melhores, diz o professor.

                          Para ele, os setores precisam de outra lógica, com menos “lobby” em Brasília e mais busca por resultados e integração na cadeia. Pela ótica do governo, se necessárias, políticas industriais poderiam ser feitas dentro do regime orçamentário explícito. “Você diz que vai alocar determinado recurso para incentivos em inovação, por exemplo, e, idealmente, isso é feito de forma horizontal, vale para todo mundo", diz o professor, citando como exemplo a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

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