• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          IEDI na Imprensa - Firjan: 47% do que a indústria produz são usados para pagar imposto

                          Publicado em: 12/12/2016

                          O Globo - 12/12/2016

                           

                          Para entidade, carga tributária grande reduz competitividade e trava investimentos

                          Daiane Costa

                          Estudo do departamento de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Firjan mostra que os tributos representam 47,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação, ou seja, quase metade de tudo o que é produzido pelo setor é direcionado para o pagamento de impostos. É o maior peso entre todos os setores da economia. A carga para indústria é mais que o dobro da que incide sobre o setor de serviços, por exemplo, para o qual os tributos representam 22,9% da produção. É maior também que a média geral da economia brasileira, cuja carga é de 28,2% do PIB.

                          O estudo foi elaborado a partir de dados fornecidos pela Receita Federal. Para a Firjan e especialistas no setor, a atual estrutura tributária brasileira vai na contramão do restante do mundo, onde a tributação sobre renda é mais importante do que sobre bens e serviços, tira competitividade da indústria e trava investimentos.

                          — Hoje, a carga tributária da indústria é muito maior do que seu peso na economia. O setor carrega um fardo maior em termos relativos do que outros setores e isso é um dos principais fatores que impedem a indústria de se recuperar. As elevações de alíquotas nos últimos anos mostraram que, em vez de a arrecadação aumentar, isso contribuiu para que empresas fechassem e outras ficassem inadimplentes — observa Guilherme Mercês, economista da Firjan.

                          Para Mercês, se os prazos para pagamento dos impostos fossem estendidos — medida que independe de uma reforma tributária —, já seria amenizada a situação da indústria, que caminha para registrar, em 2016, sua terceira queda seguida na produção e no PIB:

                          — A indústria leva cerca de 55 dias para receber por uma venda. Mas o pagamento do impostos correspondente é sempre feito antes desse prazo. Dessa forma, as empresas acabam financiando o governo.

                          EFEITO DA INFORMALIDADE

                          Mauricio Canêdo Pinheiro, pesquisador nas áreas de Desenvolvimento Econômico e Política Industrial da FGV-Rio, pondera que, como esse cálculo considera a relação direta entre a receita arrecadada por meio do pagamento de tributos e o PIB, e a indústria é mais formalizada do que os outros setores, sua carga tributária sempre será maior:

                          — Serviço e comércio têm mais informalidade, mais empresas livres de impostos. A comparação que faz mais sentido é com a carga tributária de outros países. E, quando olhamos para fora, vemos que, enquanto aqui temos uma estrutura tributária centrada nos impostos sobre transações, que incide sobre o preço final dos produtos, lá fora ela é mais sobre a renda.

                          Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que, de forma geral, a carga tributária brasileira passou de 24,4% do PIB em 1980 para 33,5% do PIB em 2014 — um dos maiores saltos entre os 34 países da organização. Nas nações da OCDE, a tributação sobre renda é mais importante do que sobre bens e serviços. No Brasil, a tributação alicerçada sobre bens e serviços é, segundo economistas brasileiros, um dos fatores responsáveis pela alta carga que pesa sobre a indústria.

                          Dados mais recentes compilados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostram que, enquanto a tributação sobre a renda representa 37% das receitas na OCDE; no Brasil, responde por 18%. Já a tributação sobre bens e serviços responde por 25% da carga tributária na OCDE e 51% no Brasil. Para a Fiesp, a tributação brasileira penaliza a produção, os investimentos e o consumo.

                          — Tributação sobre patrimônio e imposto de renda tem de ser colocada na pauta num momento de ajustamento das contas públicas para que se reduza as distorções setoriais e que penalizam sobretudo as atividades produtivas. Precisamos discutir qual estrutura tributária a gente deve ter para voltar incentivar o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, ajudar a equacionar o problema de finanças públicas — defende Rafael Fagundes Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

                          AVALIAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO

                          E, apesar das desonerações concedidas nos últimos anos estarem sendo alvo de críticas por não terem trazido os benefícios esperados para a economia, conforme mostrou reportagem exclusiva publicada pelo GLOBO na semana passada, ele sustenta que a situação da indústria seria ainda pior sem os incentivos.

                          — A despeito das desonerações, continuamos a ter a carga tributária mais elevada mesmo com elas. Imagine o quanto a indústria teria caído mais se não tivesse esses abatimentos — completa Cagnin. — É necessário que qualquer medida de isenção ou incentivo à indústria seja permanentemente acompanhada e avaliado o custo-benefício num momento em que se mostra ineficaz. Mas também não é possível de uma hora para outra você reverter benefícios. Ainda mais num momento conjuntural muito ruim.

                          A perda de competitividade e da capacidade de investimento da indústria é outro fator que chama a atenção nos dados de arrecadação compilados pelo estudo da Firjan. A indústria de transformação tem a menor participação nos tributos incidentes sobre o lucro — o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) representam apenas 4,1% e 2% do total arrecadado, respectivamente.

                          Para a Firjan, a diferença em relação aos outros setores indica forte redução da margem de lucro nos últimos anos, resultado do aumento dos custos de produção e da forte concorrência com os importados. Entre 2011 e 2015 a arrecadação de IRPJ e CSLL da indústria de transformação caiu 35,3% e 37,3%, respectivamente. De acordo com Mercês, a queda na margem de lucro trava investimentos:

                          — A margem de lucro dela (indústria) é menor que a de outros setores. Com lucro menor, não consegue investir porque faz isso com o lucro retido. Ela precisa se autofinanciar, já que o mercado de crédito é muito caro no Brasil.

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Juro alto e dólar volátil afetam desempenho da indústria de alta tecnologia no Brasil
                          Publicado em: 08/06/2025

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Para Kassab, Bolsonaro apoiará algum Bolsonaro para presidente — e não Tarcísio
                          Publicado em: 30/05/2025

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Transformações na indústria brasileira indicam novo ciclo com foco em tecnologia, conectividade e sustentabilidade
                          Publicado em: 25/05/2025

                          Carta Capital

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Déficit comercial da indústria brasileira é o maior em 13 anos. Entenda por quê
                          Publicado em: 23/05/2025

                          O Globo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Estag­na­ção Como esca­par da ara­puca da renda média
                          Publicado em: 27/04/2025

                          O Estado de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Dano colateral
                          Publicado em: 24/04/2025

                          Carta Capital

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Tarifaço aumenta importância do ‘dever de casa’
                          Publicado em: 22/04/2025

                          Valor Econômico

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Empresas devem cobrar redução de custos e novos acordos comerciais para enfrentar tarifaço de Trump
                          Publicado em: 20/04/2025

                          O Estado de São Paulo

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Tarifas de Trump podem assemelhar EUA ao Brasil, diz Wall Street Journal
                          Publicado em: 14/04/2025

                          CNN

                          IMPRENSA
                          IEDI na Imprensa - Câmbio ajuda, e rentabilidade de exportações aumenta 5% no 1º bimestre
                          Publicado em: 14/04/2025

                          Valor Econômico

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.