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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 05/05/2020

                          O choque inicial do coronavírus sobre a indústria

                          Os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus sobre a indústria começam a aparecer nas estatísticas oficiais do IBGE, segundo os dados divulgados hoje. O tombo na passagem de fevereiro para março foi de -9,1%, já descontados os efeitos sazonais, com quedas ainda mais intensas na maioria de seus macrossetores.

                          Vale lembrar que as medidas de isolamento social, necessárias para o combate da covid-19, começaram a ser mais amplamente adotadas apenas na segunda metade de março. Existem outros canais de impacto da pandemia, que também prejudicam o desempenho industrial pela dificuldade de acessar insumos, partes e componentes importados e pelo forte aumento das incertezas.

                          Por estas razões, entre os ramos com quedas intensas em março, além de alguns intensivos em mão de obra, estão aqueles organizados em cadeias com participação importante de fornecedores internacionais, que produzem bens cuja demanda exige a contratação de financiamentos e um nível maior de confiança em relação ao futuro. 

                          São os casos, por exemplo, de veículos, eletrônicos, máquinas e equipamentos, mas também de vestuário, têxteis e couro e calçados. A verdade é que quase nenhum ramo se salvou. Dos 26 acompanhados pelo IBGE, 23 ficaram no vermelho.

                          Assim, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, os recuos mais intensos ficaram a cargo de bens de consumo duráveis e bens de capital, embora nenhum dos macrossetores industriais tenham se livrado do sinal negativo.

                               •  Indústria geral: +1,3% em jan/20; +0,7% em fev/20 e -9,1% em mar/20;

                               •  Bens de capital: +12,4%; +1,2% e -15,2%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +0,8%; +0,8% e -3,8%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +4,3%; -0,2% e -23,5%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -0,1%; -0,2% e -12,0%, respectivamente.

                          Frente a março do ano passado, a intensidade da retração da produção industrial foi mais amena, de -3,8%, mas isso porque contou com um efeito calendário positivo, já que mar/20 teve três dias úteis a mais do que mar/19. No acumulado do 1º trim/20 registrou -1,7%.

                          Ainda assim, perdas importantes foram registradas em bens de consumo, notadamente os duráveis (-9,7%), que já tinham ficado no vermelho em fev/20 (-10,6%) devido a problemas em suas cadeias de fornecedores. Com isso, a queda acumulada no 1º trim/20 chegou a -6,4%, condicionada por veículos, eletrodomésticos da linha marrom e móveis.

                          Bens de consumo semi e não duráveis, diretamente impactados pelo retraimento do consumo derivado do isolamento social, também recuaram em mar/20 (-7,1%) e no acumulado do 1º trimestre do ano: -3,2%. Quedas importantes vieram de combustíveis, com a queda nos deslocamentos diários nas cidades, e semiduráveis como vestuário e calçados, cujo consumo pode ser mais facilmente adiado pelas famílias.

                          Bens de capital se mantiveram no vermelho, algo que ocorre na série interanual desde out/19, à exceção de janeiro do presente ano. Em mar/20 declinaram -3,9%, acumulando -1,8% no 1º trimestre do ano. Vale observar que o último trimestre de 2019 também havia sido negativo. Os piores resultados concentram-se em bens de capital de uso misto, para transporte, para a agricultura e para a construção.

                          Bens intermediários, por sua vez, está no vermelho já há seis trimestres consecutivos, refletindo o fato de que não é de agora que a indústria como um todo enfrenta problemas. Este macrossetor é o núcleo duro da indústria por produzir bens demandados pelas demais atividades. Em mar/20 caiu -1,7% frente a mar/19 e no acumulado do 1º trim/20, -0,2%.

                          Segundo resultados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de março divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou retração de 9,1% frente ao mês de fevereiro de 2020 para dados livres de influência sazonal. No acumulado de doze meses registrou-se variação negativa de 1,0%, e para o acumulado do ano registrou-se retração de 1,7%. Em comparação a março de 2019, aferiu-se decréscimo de 3,8%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, os cinco segmentos analisados apresentaram retrações: bens duráveis (-23,5%), bens de capital (-15,2%), bens de consumo (-14,5%), bens intermediários (-3,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (-12,0%).

                          No resultado observado na comparação com o mês de março de 2019, todos os seguimentos analisados apresentaram decréscimos: bens de consumo duráveis (-9,7%), bens de consumo (-7,7%) bens semiduráveis e não duráveis (-7,1%), bens de capital (-3,9%) e bens intermediários (-1,7%). 

                          Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registrou-se incrementos em quatro dos cinco segmentos analisados: bens duráveis (1,4%), bens de consumo (0,7%), bens semiduráveis e não duráveis (0,6%) e bens de capital (0,2%). O segmento de bens intermediários apresentou variação negativa de 1,8%. 

                          Setores. Na comparação com fevereiro de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 3 dos 26 ramos pesquisados. As variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravuras (8,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e higiene pessoal (0,7%) e, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (0,3%). 

                          Por outro, os segmentos que apresentaram decréscimos foram: confecção de artigos e vestuário e acessórios (-37,8%), artigos para viagem e calçados (-31,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-28,0%), móveis (-27,2%), produtos têxteis (-20,0%), produtos  de borracha e material plástico (-12,5%), produtos de minerais não-metálicos (-11,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9%), máquinas, aparelhos e matérias elétricos (-10,6%) e produtos de metal (-7,5%).

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 8 dos 26 ramos analisados, sendo os maiores: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,3%), celulose, papel e produtos de papel (3,0%) e produtos alimentícios (1,3%). Por outro lado, os setores que apresentaram as mais expressivas variações negativas foram: impressão e reprodução de gravuras (-23,1%), outros equipamentos de transporte (-11,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas (-11,2%), artigos do vestuário e acessórios (-10,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,0%), produtos de minerais não-metálicos (-4,8%), bebidas (-4,3%) e metalurgia (-2,2%).

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