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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 27/03/2015

                          A crise é industrial

                           
                          O crescimento baixíssimo de 0,1% do PIB brasileiro em 2014 refletiu os fracos desempenhos dos setores Agropecuário (0,4%) e de Serviços (0,7%), mas, sobretudo, refletiu a crise da Indústria de Transformação (–3,8%) e o fim do ciclo de forte expansão da Construção observado no período 2007-2011 – no ano passado o valor agregado da Construção caiu 2,6%.

                          Os resultados adversos da Indústria de Transformação começaram a aparecer de modo mais claro em 2009, ano em que os efeitos mais agudos da crise financeira global se fizeram presentes, e persistem até hoje. Os números de 2014 do IBGE indicam que a crise da Indústria de Transformação se alastrou para o setor de Serviços, particularmente para um de seus principais subsetores, o Comércio, cujo valor agregado recuou 1,8% no ano passado.

                          O desempenho da Indústria de Transformação também rebateu na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), dado o peso relevante que os investimentos das empresas têm nas encomendas de máquinas e equipamentos. Segundo o IBGE, a FBCF caiu 4,4% em 2014. Vale lembrar que, no ano passado, a produção do segmento de bens de capital decresceu 9,6%, sendo que em seis de seus sete ramos foi registrada retração, destacando-se as quedas nos ramos de bens de capital para indústria (–4,2%), para agricultura (–8,7%), para transporte (–16,6%) e para construção (–10,1%).

                          O Governo tomou várias medidas para mudar essa história da indústria. No entanto, elas se mostraram pouco eficazes. Há espaço para o Governo contribuir com a recuperação da trajetória da indústria nacional. Melhorias na infraestrutura e reforma tributária são alguns desses expedientes. Os investimentos públicos devem ser mantidos para compensar, ainda que em parte, o declínio dos investimentos privados. As concessões devem ser agilizadas e ampliadas. Na questão do câmbio, o Governo deve estar atento para evitar fortes oscilações e deve contribuir para o estabelecimento de uma taxa favorável às exportações. No momento, o câmbio é o fator-chave para a indústria brasileira: ele terá papel fundamental na reorientação da atividade industrial não somente no curto, mas no médio e longo prazos.
                            

                           
                          Segundo dados divulgados pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2014 atingiu os R$ 1,446 trilhão a preços de mercado. O índice trimestral com ajuste sazonal, por sua vez, assinalou frente ao trimestre imediatamente anterior um incremento de 0,3%. Frente ao mesmo trimestre de 2013, o PIB brasileiro assinalou recuo de 0,2%. No acumulado do ano, por sua vez, o PIB brasileiro acumulou um avanço de apenas 0,1%, variação bem inferior aos 2,7% de 2013.

                          Ótica da Oferta. Da ótica da oferta, na comparação do índice do 4º trimestre com o 3º trimestre de 2014, Agropecuária (1,8%) e Serviços (0,3%) cresceram, enquanto a Indústria ficou estável (–0,1%). Dentre as atividades dos serviços, podemos destacar o desempenho dos serviços de informação (1,4%), intermediação financeira e seguros (1,3%). Na indústria, colaborou para o resultado negativo a indústria de transformação (–1,6%), enquanto eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,8%) e construção civil (0,9%) cresceram.

                          Frente ao mesmo trimestre de 2013, o resultado de –0,2% foi influenciado pela Indústria (–1,9%), já que a Agropecuária (1,2%) e os Serviços (0,4%) obtiveram variações positivas nesta comparação. Dentre os subsetores da indústria, construção civil (–2,3%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (–5,9%) influenciaram negativamente o resultado. Nos Serviços, destacaram–se as atividades imobiliárias (3,0%) e serviços de informação (1,9%).

                          No acumulado do ano de 2014, o crescimento foi liderado pelos Serviços (0,7%), seguidos pela Agropecuária (0,4%), enquanto a Indústria registrou queda (–1,2%). Dentre as atividades dos Serviços, com exceção do comércio (–1,8%), todas as demais acumularam crescimento no ano de 2014, com destaque para serviços de informação (4,6%), atividades imobiliárias (3,3%) e transporte, armazenagem e correio (2,0%). O desempenho geral da Indústria em 2014 sofreu impacto da contração de 3,8% da indústria de transformação. As atividades de construção civil e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana também registraram recuo (–2,6%). A indústria extrativa, por sua vez, obteve significativo crescimento de 8,7%.

                           

                           
                          Ótica da Demanda. O desempenho do quarto trimestre do PIB em relação ao trimestre anterior (com ajuste sazonal) foi resultado da expansão do consumo das famílias, que avançou 1,1%. Por outro lado, a FBKF (–0,4%) e o consumo do governo (–0,6%) assinalaram recuos. No setor externo, as exportações (–12,3%) e as importações (–5,5%) de bens e serviços caíram em relação ao terceiro trimestre.

                          Na comparação com mesmo trimestre de 2013, destacou–se negativamente o resultado da formação bruta de capital fixo (–5,8%), seguida pelo consumo do governo, que recuou 0,2%. Por sua vez, a despesa de consumo das famílias cresceu 1,3%. Em relação à demanda externa, o recuo das exportações (–10,7%) assinalou recuo de maior magnitude que as importações (–4,4%).

                          No acumulado do ano, destacou–se novamente a formação bruta de capital fixo, que registrou queda de –4,4%. De acordo com o IBGE esse resultado deveu–se a queda da produção interna e da importação de bens de capital, assim como pelo desempenho negativo da construção civil. Por outro lado, tanto o consumo das famílias (0,9%) quanto o consumo do governo (1,3%) registrou alta, porém a um ritmo menor que em 2013 (2,9% e 2,2%, respectivamente). No setor externo as exportações (–1,1%) e importações (–1,0%) assinalaram quedas similares.

                           

                           

                           

                           

                           

                           

                           

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