Carta IEDI
A Indústria em Março de 2014: Desempenho Fraco
Na nova metodologia da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE o ano de 2013 encerrou com um crescimento da produção industrial de 2,3%, quase o dobro do resultado da metodologia anterior, de 1,2%. Mesmo assim, a variação foi fraca e os dados continuam demonstrando um desempenho sôfrego da indústria nos últimos anos.
Ao se tomar a série que compara o mês com o mesmo mês do ano anterior, vê-se a mesma tendência na revisão dos índices: as variações da produção industrial em geral eram, de acordo com a metodologia anterior, de –2,2% e 5,0%, respectivamente, em janeiro e fevereiro deste ano e passaram para –1,8% e 4,4%, na mesma ordem, segundo a nova metodologia.
O resultado do trimestre de acordo com a nova metodologia confirma que os novos resultados não alteram qualitativamente a análise mais geral da indústria brasileira. O crescimento entre janeiro e março de 2014 foi de apenas 0,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Na passagem de fevereiro para março, já considerados os ajustes sazonais, a produção industrial recuou 0,5%.
O decrescimento da atividade em março em relação a fevereiro de 2014 atingiu 14 dos 26 ramos investigados, particularmente forte em veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,9%) e máquinas e equipamentos (-5,3%). Entre as categorias de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-3,6%) e bens de consumo duráveis (-2,5%) apresentaram as reduções mais acentuadas. Ambas interromperam dois meses consecutivos de crescimento. Os setores de bens intermediários (0,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,0%) tiveram variação nula na série com ajustes sazonais.
O contraste entre março de 2014 e março de 2013 evidencia queda de 0,9%, com redução da produção em 16 das 26 atividades pesquisadas– o que está relacionado também com a diferença de dois dias úteis a mais naquele mês do ano passado. Os principais recuos se fizeram valer também nas indústrias de veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,6%) e de máquinas e equipamentos (-7,8%). Ainda no confronto com março do ano passado, a variação em março de 2014 foi negativa em três das quatro categorias de uso, sendo -8,4% em bens de capital (a mais intensa desde dezembro de 2012), -8,2% em bens de consumo duráveis e -0,1% em bens intermediários. Apenas em bens de consumo semi e não-duráveis houve expansão, de 1,7%.
O caminhar rasteiro do setor de bens intermediários (0,2%, 0,4% e 0,1%, respectivamente, em janeiro, fevereiro e março deste ano – todas essas taxas calculadas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal) traduz a dificuldade de expansão da indústria em geral, já que o setor é considerado um termômetro. Isso porque além de mostrarem, mês após mês, uma temperatura muito baixa, sua produção registrou variação negativa (–0,6%) no primeiro trimestre deste ano.
Além disso, convém ressaltar que os novos resultados do setor de bens de capital estampam mais fortemente a evolução fraca do investimento na economia brasileira em geral. No acumulado dos dois primeiros meses, na metodologia anterior, a produção de bens de capital crescia a uma taxa muito expressiva, de 8,0%, a qual foi revista para 3,3% naquele mesmo período na nova metodologia. Em março, a produção de bens de capital caiu 3,6% em relação ao mês anterior e passou a acumular queda 0,9% de no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013.
Outro sinal do sôfrego desempenho da indústria é o indicador de utilização média da capacidade instalada com ajuste sazonal, medida pela CNI. Em março de 2014 sofreu uma forte queda, chegando a 80,3%, o nível mais baixo desde os meses mais agudos da crise de 2008/ 2009. O indicador da FGV dessazonalizado também registrou queda, porém menos grave, entre março de 2014 (84,4%) e fevereiro (84,6%).
Portanto, a indústria começou o primeiro trimestre com resultados nada promissores: queda na produção do setor de maior peso na indústria (intermediários) e queda na produção do setor para o qual as expectativas eram relativamente mais positivas em 2014, qual seja, o setor de bens de capital. O que vem impedindo uma derrocada maior na média geral tem sido a recuperação das indústrias extrativas e de bens de consumo neste início de ano.
Resultados da Indústria. Os dados reformulados do IBGE para a produção industrial apontaram uma retração de 0,5% em março de 2014 comparativamente ao mês anterior, na série com dados dessazonalizados. Na comparação com março de 2013, houve uma queda da produção industrial em 0,9%. No acumulado do primeiro trimestre de 2013, a indústria brasileira assinalou expansão de 0,4% em relação a mesmo período do ano anterior, no acumulado dos últimos 12 até meses até março frente a igual período imediatamente anterior, a produção industrial apresentou crescimento de 2,1%.
O decrescimento da atividade em março em relação a fevereiro de 2014 atingiu 14 dos 26 ramos investigados, particularmente forte em veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,9%), e máquinas e equipamentos (-5,3%), com a primeira eliminando parte do avanço de 12,4% acumulados em janeiro e fevereiro; e a segunda acumulando perda de 6,1% em dois meses seguidos de queda na produção. Por sua vez, as principais contribuições positivas foram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,4%) e indústrias extrativas (2,4%), que eliminou a perda de 1,2% assinalada em fevereiro último.
Entre as categorias de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-3,6%) e bens de consumo duráveis (-2,5%) apresentaram as reduções mais acentuadas na produção em março de 2014. Ambas interromperam dois meses consecutivos de crescimento. Os setores de bens intermediários (0,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,0%) tiveram variação nula na série com ajustes sazonais.
O contraste entre março de 2014 e março de 2013 evidencia queda de 0,9%, com redução da produção em 16 das 26 atividades pesquisadas– o que está bastante relacionado com a diferença de dois dias úteis a mais naquele mês do ano passado. Os principais recuos se fizeram valer nas indústrias de veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,6%), máquinas e equipamentos (-7,8%), de produtos de metal (-8,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,3%), de outros produtos químicos (-2,9%), de móveis (-11,6%), de produtos têxteis (-5,8%) e de outros equipamentos de transporte (-5,8%). De outro modo, as contribuições positivas mais significativas foram das indústrias extrativas (8,0%), produtos alimentícios (5,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,6%), bebidas (6,3%) e metalurgia (2,1%).
No confronto com igual mês do ano passado, a maior parte dos índices é negativa nas categorias de uso, sendo -8,4% em bens de capital (a mais intensa desde dezembro de 2012) e -8,2% em bens de consumo duráveis, de -0,1% em bens intermediários. Apenas em bens de consumo semi e não-duráveis houve expansão, de 1,7%.
O setor industrial total teve uma variação positiva da produção 0,4% no primeiro trimestre de 2014 em comparação ao mesmo período de 2013, sendo a sexta elevação consecutiva trimestral desse indicador – ainda que mais fraca nos últimos dois trimestres. No índice acumulado para o período janeiro-março de 2014 em comparação com janeiro-março de 2013, houve crescimento em 16 dos 26 ramos investigados apontando. As principais contribuições positivas foram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (21,2%), indústrias extrativas (3,7%) e de produtos alimentícios (2,4%). De outra forma, as pressões negativas principais vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,3%), produtos de metal (-7,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,6%).
Ainda, em bases trimestrais, entre as grandes categorias econômicas a principal contribuição adveio de bens de consumo duráveis, que passou de -1,6% no último trimestre de 2013 para 3,4% nos três primeiros meses de 2014, e de bens de consumo semi e não-duráveis - de 0,3% para 2,8%. Bens intermediários continuaram com variação negativa, de -0,8% para -0,6%, e o setor de bens de capital, passou de 7,9% para -0,9%, sempre na comparação com igual trimestre do ano anterior.
No acumulado de 12 meses, o crescimento de 2,1% da indústria geral conta com a expansão significativa de bens de capital (9,8%), e também de bens de consumo duráveis (3,9%) e semiduráveis e não duráveis (3,0%) e mais reduzida de bens intermediários (0,7%) – o setor de maior peso sobre o total.




Desempenho por Categoria de Uso. Entre as categorias de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-3,6% e bens de consumo duráveis (-2,5%) apresentaram as reduções mais acentuadas na produção em março de 2014. Ambas interromperam dois meses consecutivos de crescimento. Os setores de bens intermediários (0,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,0%) tiveram variação nula na série com ajustes sazonais. Assim, de forma geral a indústria de transformação registrou queda de 1,0% na produção enquanto a extrativa mineral cresceu 2,5%, o que aliviou a variação negativa da indústria geral para 0,5%.
No confronto com igual mês do ano passado, vale assinalar que março de 2014 apresentou dois dias úteis a menos do que em 2013, portanto a maior parte dos índices é negativa nas categorias de uso, sendo -8,4% em bens de capital e -8,2% em bens de consumo duráveis, de -0,1% em bens intermediários. Apenas em bens de consumo semi e não-duráveis houve expansão, de 1,7%.
A retração de 8,4% em bens de capital, na comparação de março de 2014 com igual mês do ano anterior tratou-se da mais intensa desde dezembro de 2012 (-18,0%). Deveu-se à redução na produção da maior parte dos seus grupamentos, notadamente, as de -13,4% de bens de capital para equipamentos de transporte e de -12,8% de bens de capital para fins industriais. A única elevação se deu em bens de capital para energia elétrica (1,2%).
Bens de consumo duráveis recuaram 4,6% em março de 2014 em relação a março de 2013 puxado particularmente por automóveis (-14,8%), motocicletas (-10,8%), de artigos do mobiliário (-10,7%) e de outros eletrodomésticos (-2,6%). Por outro lado, houve contribuições positivas em eletrodomésticos da “linha marrom” (42,2%), destacadamente por conta da maior produção de televisores, e de eletrodomésticos da “linha branca” (2,1%).
Ainda no confronto com março do ano anterior, a variação negativa de 0,1% de bens intermediários esteve associada principalmente aos recuos em veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,2%), produtos de metal (-9,8%), máquinas e equipamentos (-17,5%), outros produtos químicos (-2,9%), produtos têxteis (-8,5%) e produtos de minerais não-metálicos (-1,5%). Por outro lado, essas perdas foram compensadas pelos avanços em produtos alimentícios (15,1%), indústrias extrativas (8,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%), metalurgia (2,1%), produtos de borracha e de material plástico (1,8%) e celulose, papel e produtos de papel (0,6%). Também se elevaram os grupamentos de insumos para construção civil (-3,7%) e de embalagens (1,4%).
Finalmente, na comparação entre março de 2014 e de 2013, bens de consumo semi e não-duráveis (1,7%) crescem a três meses consecutivos, graças principalmente a carburantes (15,0%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (2,5%). Por outro lado, houve pressões negativas de semiduráveis (-3,1%) e de não-duráveis (-0,3%).
Em bases trimestrais, o setor industrial total teve uma variação positiva da produção 0,4% no primeiro trimestre de 2014 em comparação ao mesmo período de 2013, sendo a sexta elevação consecutiva trimestral desse indicador – ainda que mais fraca nos últimos dois trimestres. Entre as grandes categorias econômicas a principal contribuição adveio de bens de consumo duráveis, que passou de -1,6% no último trimestre de 2013 para 3,4% nos três primeiros meses de 2014, e de bens de consumo semi e não-duráveis - de 0,3% para 2,8%. Bens intermediários continuaram com variação negativa, de -0,8% para -0,6%, e o setor de bens de capital, passou de 7,9% para -0,9%, sempre na comparação com igual trimestre do ano anterior.
No acumulado de 12 meses, o crescimento de 2,1% da indústria geral conta com a expansão significativa de bens de capital (9,8%), e também de bens de consumo duráveis (3,9%) e semiduráveis e não duráveis (3,0%) e mais reduzida de bens intermediários (0,7%) – o setor de maior peso sobre o total.





Por Dentro da Indústria de Transformação: Gêneros e Subsetores. O decrescimento da atividade em março em relação a fevereiro de 2014 atingiu 14 dos 26 ramos investigados, particularmente forte em veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,9%), e máquinas e equipamentos (-5,3%), com a primeira eliminando parte do avanço de 12,4% acumulados em janeiro e fevereiro; e a segunda acumulando perda de 6,1% em dois meses seguidos de queda na produção. Também foram expressivas as reduções em produtos alimentícios (-1,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,6%) e metalurgia (-1,2%). Por sua vez, as principais contribuições positivas foram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,4%) e indústrias extrativas (2,4%), que eliminou a perda de 1,2% assinalada em fevereiro último.

O contraste entre março de 2014 e março de 2013 evidencia queda de 0,9%, com redução da produção em 16 das 26 atividades pesquisadas – o que está bastante relacionado com a diferença de 2 dias úteis a mais naquele mês do ano passado. Os principais recuos se fizeram valer nas indústrias de veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,6%), dados as menores produções de automóveis, de veículos para transporte de mercadorias, de caminhões, de caminhão-trator para reboques e semirreboques, de motores diesel para ônibus e caminhões e de autopeças. Outras contribuições negativas que pressionaram o total nacional para baixo foram máquinas e equipamentos (-7,8%), de produtos de metal (-8,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,3%), de outros produtos químicos (-2,9%), de móveis (-11,6%), de produtos têxteis (-5,8%) e de outros equipamentos de transporte (-5,8%). De outro modo, as contribuições positivas mais significativas foram das indústrias extrativas (8,0%), produtos alimentícios (5,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,6%), bebidas (6,3%) e metalurgia (2,1%).
No índice acumulado para o período janeiro-março de 2014 em comparação com janeiro-março de 2013, houve crescimento de 0,4%, em 16 dos 26 ramos investigados apontando. As principais contribuições positivas foram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (21,2%), indústrias extrativas (3,7%) e de produtos alimentícios (2,4%) - impulsionados em grande parte pelo crescimento na produção de televisores, telefones celulares e monitores de vídeo para computadores, no primeiro, minérios de ferro em bruto e pelotizado, no segundo, e açúcar refinado de cana, biscoitos e bolachas, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração de óleo de soja, óleo de soja em bruto, leite em pó e farinha de trigo, no terceiro. De outra formas, as pressões negativas principais vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,3%), produtos de metal (-7,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,6%) – puxados pelos recuos na fabricação de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para transporte de mercadorias, no primeiro ramo, estruturas de ferro e aço, construções pré-fabricadas de metal, pontes e elementos de pontes de ferro e aço, obras de caldeiraria pesada e andaimes tubulares e material para andaimes, no segundo, e de quadros, painéis, cabines e outros suportes equipados com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção, interruptores, seccionadores e comutadores, refrigeradores ou congeladores para uso doméstico, aparelhos elétricos de alarme para proteção, fios cabos e condutores elétricos e fogões de cozinha, no último.





Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)

Utilização de Capacidade. A utilização média da capacidade instalada de março de 2014, com ajuste sazonal, medida pela CNI sofreu uma forte queda, chegando a 80,3%, o nível mais baixo desde os meses mais agudos da crise de 2008/ 2009. O indicador da FGV dessazonalizado também registrou uma queda, porém menos grave, entre março de 2014 (84,4%) e fevereiro (84,6%) – porém não se trata do mais baixo dos últimos tempos, nem mesmo deste último ano. Na série sem ajuste sazonal, houve uma redução de 0,2 p.p. também, de 83,8% em fevereiro para 83,6% em março. Tal redução se deu em três categorias de uso, exceto bens e capital – que teve até um aumento expressivo: de 81,2% em fevereiro para 82,9% em março de 2014. Dentre os setores, houve também retração na metade deles, mais fortemente em minerais não metálicos e químicos, enquanto os crescimentos mais expressivos se verificaram em matérias plásticas, vestidos/calçados e tecidos, e metalurgia.



Comentário sobre a revisão da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física. O IBGE divulgou a partir de 7 de maio de 2014, com informações retroativas a janeiro de 2012, os índices da produção industrial revisados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) revisada. Segundo o órgão, a reformulação teve com objetivos principais:
i) adotar a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) versão 2.0;
ii) atualizar a amostra de setores, produtos e informantes (por exemplo, hoje são investigados 830 produtos e 3.700 unidades locais; na nova versão, a amostra passará a ter 944 produtos em aproximadamente 7.800 unidades locais);
iii) atualizar a estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes, de forma a integrar-se às necessidades do projeto de implantação da Série de Contas Nacionais – referência 2010; e
iv) atualizar a infraestrutura tecnológica dos instrumentos de coleta, apuração e análise dos indicadores.
A pesquisa já sofrera revisões em 1991 e em 2004, sendo que, desta vez, a revisão estabeleceu o marco de referência para o ano de 2010, mesmo ano que servirá de base para a nova Série de Contas Nacionais.
De acordo com a nova metodologia, em 2013 a indústria expandiu 2,3%, sendo que o avanço no primeiro semestre foi de 3,2% e, no segundo, 1,4%, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A expansão se deu nas quatro grandes categorias econômicas, em 17 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 52,0% dos 805 produtos investigados. A maior influência positiva adveio de automóveis (11,4%), seguida de derivados do petróleo e biocombustíveis (6,7%), de outros produtos químicos (4,8%), de máquinas e equipamentos (3,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,2%) e de produtos alimentícios (0,6%). Entre as categorias de uso, o setor que mais influenciou o crescimento da indústria foi bens de capital (11,3%), especialmente para equipamentos de transporte (14,6%).
Na metodologia anterior, a divulgação dos dados de dezembro de 2013 informava que a expansão em 2013 havia sido 1,2% em relação a 2012, quase a metade do que a metodologia nova apresenta. O setor de veículos automotores expandiu 7,2% em 2013 na metodologia anterior, enquanto o setor de bens de capital cresceu 13,3%.