Análise IEDI
A expansão da entrada do segundo semestre
A segunda metade de 2021 teve início com manutenção da tendência positiva do saldo de balança comercial e expansão da corrente de comércio do país. O superávit da balança atingiu US$ 7,4 bilhões em jul/21, equivalente a um reforço de +1,7% frente a jul/20, segundo as médias diárias. Já a corrente de comércio avançou +46,2%, atingindo US$ 43,6 bilhões e sinalizando maior intensificação das relações comerciais do país com o restante do mundo.
Como já havia ocorrido em meses anteriores, embora as exportações tenham avançado bem em jul/21, seu ritmo de crescimento foi superado em muito pelo das importações. Segundo as médias diárias, a alta das compras externas do país chegou a +60,5% frente a jul/20 ante +37,5% das exportações.
Ainda assim, no acumulado dos primeiros sete meses do ano a vantagem continua sendo de nossas vendas externa: +35,3%, totalizando US$ 161,4 bilhões contra +30,9% das importações, que, por sua vez, somaram US$ 11,3 bilhões em jan-jul/21. Assim, o saldo da balança é positivo em US$ 44,1 bilhões.
O maior impacto das importações veio da indústria de transformação (+163,2% ante jul/20), sob influência dos preços de commodities sobretudo energéticas, como petróleo, gás natural e carvão. As compras externas da indústria de transformação também seguiram em alta (+57%), devido a combustíveis, fertilizantes, veículos, autopeças e medicamentos; assim como as da agropecuária (+48,2%).
Do lado das exportações, como mostram a seguir as variações interanuais, segundo as médias por dias úteis, houve sinalização de reforço da expansão apenas na indústria de transformação, suficiente para influenciar o total geral de bens exportados.
• Exportação total: +35,0% no 1º sem/21 e +37,6% em jul/21;
• Exportações da indústria de transformação: +22,1% e +37,7%, respectivamente;
• Exportações da indústria extrativa: +77,9% e +62,7%;
• Exportações da agropecuária: +25,0% e 11,2%, respectivamente.
O aumento das vendas externas da indústria de transformação foi bastante influenciado por atividades mais de início das cadeias produtivas, positivamente impactadas pela valorização das commodities, como semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+157,2% ante jul/20 segundo as médias diárias); óleos combustíveis de petróleo (+115,4%); farelos de soja (+58,6%) e carne bovina (+36,6%). Juntos, estes quatro produtos responderam por ¼ das exportações da indústria de transformação em jul/21.
No ramo extrativo, não por acaso, as maiores contribuições vieram de atividades semelhantes: minério de ferro e seus concentrados (+119,9% ante jul/20 na média diária); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus (+6,0%), além de níquel e seus concentrados e outros minerais em bruto.
Quanto à agropecuária, o menor ritmo de crescimento em jul/21 em comparação com o resultado da primeira metade do ano deveu-se, entre outros produtos, à desaceleração de café torrado (+8,1% em jul/21 ante jul/20) e declínio de algodão em bruto (-0,4%). A soja, principal item de exportação do setor, responsável por 79% de suas exportações em jul/21, manteve dinamismo ao registrar +20,6% ante jul/20.
Conforme os dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia, no mês de julho de 2021 a balança comercial brasileira registrou superávit de US$7,395 bilhões, retração de 2,7% frente ao alcançado no mesmo período do ano anterior, US$7,601 bilhões.
As exportações registraram valor de US$25,529 bilhões, representando expansão de 37,5% em relação a julho de 2020, pela média diária. As importações totalizaram US$18,133 bilhões, o que significou expansão de 60,5% na mesma base de comparação, considerando os 22 dias úteis do mês.
Para o mês de julho de 2021, as médias diárias das exportações alcançaram US$1,160 bilhão e as médias diárias das importações registradas ficaram em US$824,2 milhões.
Destaques exportações. Houve aumento das exportações, principalmente, para os seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (28,9 %) - China (+20,4% com aumento de US$ 64,2 milhões na média diária); Singapura (+112,4% com aumento de US$ 14,7 milhões na média diária); Japão (+81,7% com aumento de US$ 14,2 milhões na média diária); Tailândia (+132,7% com aumento de US$ 8,9 milhões na média diária); Malásia (+72,3% com aumento de US$ 8,7 milhões na média diária); Europa (31,76 %) - Países Baixos (Holanda) (+67,9% com aumento de US$ 15,7 milhões na média diária); Espanha (+45,0% com aumento de US$ 8,8 milhões na média diária); Portugal (+123,6% com aumento de US$ 7,1 milhões na média diária); Alemanha (+47,9% com aumento de US$ 5,6 milhões na média diária); Reino Unido (+38,2% com aumento de US$ 2,9 milhões na média diária); América do Sul (54,87 %) - Argentina (+61,4% com aumento de US$ 18,7 milhões na média diária) ; Chile (+85,7% com aumento de US$ 13,7 milhões na média diária) ; Paraguai (+40,2% com aumento de US$ 3,4 milhões na média diária); Peru (+65,5% com aumento de US$ 3,3 milhões na média diária); Bolívia (+57,8% com aumento de US$ 2,0 milhões na média diária); América do Norte (70,24 %) - Estados Unidos (+83,6% com aumento de US$ 61,9 milhões na média diária); México (+59,0% com aumento de US$ 8,5 milhões na média diária); Canadá (+26,3% com aumento de US$ 5,0 milhões na média diária); América Central e Caribe (72,99 %) - Santa Lúcia (+41.251,4% com aumento de US$ 2,9 milhões na média diária); Panamá (+169,5% com aumento de US$ 2,3 milhões na média diária); República Dominicana (+101,5% com aumento de US$ 1,3 milhões na média diária); Trinidad e Tobago (+79,4% com aumento de US$ 0,7 milhões na média diária); Bahamas (+108,6% com aumento de US$ 0,3 milhões na média diária); Oriente Médio (36,3 %) - Barein (+250,0% com aumento de US$ 5,4 milhões na média diária); Irã (+56,4% com aumento de US$ 4,1 milhões na média diária); Omã (+49,7% com aumento de US$ 2,2 milhões na média diária); Emirados Árabes Unidos (+18,1% com aumento de US$ 1,1 milhões na média diária); Israel (+36,5% com aumento de US$ 0,7 milhões na média diária); Oceania (5,95 %) - Marshall, Ilhas (+88,8% com aumento de US$ 0,5 milhões na média diária); África (16,54 %) - África do Sul (+150,3% com aumento de US$ 3,6 milhões na média diária); Argélia (+45,1% com aumento de US$ 1,9 milhões na média diária); Líbia (+86,5% com aumento de US$ 1,3 milhões na média diária); Libéria (+200,2% com aumento de US$ 1,2 milhões na média diária); Nigéria (+41,4% com aumento de US$ 1,1 milhões na média diária).
Destaques importações. Houve aumento da importações, principalmente, dos seguintes países: Ásia (Exclusive Oriente Médio) (54,07 %) - China (+50,6% com aumento de US$ 59,7 milhões na média diária); Índia (+90,8% com aumento de US$ 12,5 milhões na média diária); Japão (+51,2% com aumento de US$ 6,3 milhões na média diária); Coreia do Sul (+43,5% com aumento de US$ 5,5 milhões na média diária); Tailândia (+101,3% com aumento de US$ 4,3 milhões na média diária); Europa (40,53 %) - Alemanha (+51,6% com aumento de US$ 14,9 milhões na média diária); Rússia (+116,3% com aumento de US$ 10,5 milhões na média diária); Itália (+47,5% com aumento de US$ 7,0 milhões na média diária); França (+39,3% com aumento de US$ 5,7 milhões na média diária); Suécia (+107,4% com aumento de US$ 4,0 milhões na média diária); América do Sul (60,44 %) - Argentina (+70,1% com aumento de US$ 17,1 milhões na média diária); Chile (+77,4% com aumento de US$ 5,8 milhões na média diária); Peru (+207,1% com aumento de US$ 2,4 milhões na média diária); Uruguai (+60,0% com aumento de US$ 2,3 milhões na média diária); Paraguai (+18,6% com aumento de US$ 2,1 milhões na média diária); América do Norte (68,8 %) - Estados Unidos (+67,5% com aumento de US$ 57,6 milhões na média diária); México (+98,2% com aumento de US$ 8,8 milhões na média diária); Canadá (+44,9% com aumento de US$ 2,9 milhões na média diária); América Central e Caribe (172,11 %) - Trinidad e Tobago (+375,7% com aumento de US$ 1,8 milhões na média diária); Panamá (+5.701,4% com aumento de US$ 1,0 milhões na média diária); Porto Rico (+52,2% com aumento de US$ 0,6 milhões na média diária); Guatemala (+102,2% com aumento de US$ 0,1 milhões na média diária); Oriente Médio (170,39 %) - Arábia Saudita (+291,9% com aumento de US$ 14,7 milhões na média diária); Omã (+1.328,2% com aumento de US$ 1,9 milhões na média diária); Iraque (+97.709,3% com aumento de US$ 1,8 milhões na média diária); Israel (+32,0% com aumento de US$ 1,3 milhões na média diária); Barein (+1.107,3% com aumento de US$ 0,8 milhões na média diária); Oceania (160,95 %) - Austrália (+188,0% com aumento de US$ 3,5 milhões na média diária) • África (145,58 %) - Marrocos (+117,0% com aumento de US$ 4,6 milhões na média diária); Egito (+362,7% com aumento de US$ 3,3 milhões na média diária); África do Sul (+182,0% com aumento de US$ 2,8 milhões na média diária); Togo (+- com aumento de US$ 2,6 milhões na média diária); Argélia (+45,1% com aumento de US$ 2,4 milhões na média diária).