Destaque IEDI - Sem movimento
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Em 2023, o déficit da balança comercial da indústria de transformação vem se reduzido e cada vez com mais força, em função de contrações expressivas das importações do setor.
A atividade econômica brasileira segue pouco aquecida, apresentando sinais de desaceleração em setores que até então vinham puxando o crescimento, como os serviços.
O último levantamento da UNCTAD sobre os fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE) aponta os desafios enfrentados em escala global, devido às tensões geopolíticas, à inflação e ao aumento das taxas de juros em muitos países, mas também indica a atratividade do Brasil.
A indústria brasileira não vai bem, mas a indústria global também não atravessa uma boa fase em 2023.
O ano passa e a indústria não cresce em 2023.
Estudo recente de professores das universidades de Harvard, Columbia e Oxford argumenta que a política industrial contemporânea tornou-se muito mais complexa do que no passado, em função da diversidade e da magnitude dos problemas que tenta endereçar, e pouco tem a ver com aquelas dos anos 1960-1970.
Em ago/23, o nível de atividade econômica do país se contraiu e anulou expansões anteriores, trazendo sinal de menor dinamismo para a segunda metade do ano.
Nas estratégias industriais contemporâneas, foi reforçado o papel das compras públicas no apoio ao desenvolvimento e difusão de inovações tecnológicas, enquanto que no Brasil, este instrumento é muito pouco utilizado.
Os dados de hoje do IBGE mostram que a indústria voltou a se expandir em ago/23, dando sequência a um padrão já bem conhecido: quando consegue crescer, cresce pouco.
A produção industrial brasileira não tem crescido em 2023. No 2º trim/23, a indústria de transformação recuou -1,5%, isto é, pior do que nos três primeiros meses do ano (-1,0%).