Carta IEDI
Exportações em baixa, sobretudo na Média-Alta Tecnologia
O setor externo poderia contribuir mais para a reativação do nível de atividade da economia brasileira, mas por diversas razões não é o que está acontecendo, sobretudo no caso da indústria. Depois da desaceleração do ano passado, as exportações de produtos manufaturados retrocederam nos primeiros três meses de 2019, fazendo com que o déficit da balança comercial da indústria de transformação aumentasse quase 60% em relação ao mesmo período do ano passado.
Há fatores internos e externos que têm condicionado este comportamento recente. Do lado externo, o PIB mundial vem dando sinais de desaceleração, como destacam os principais organismos internacionais. Depois de uma alta de +3,6% em 2018, o FMI prevê que o dinamismo da economia mundial não passe de +3,3% em 2019, mesmo patamar de estimativa da OCDE. O Banco Mundial, por sua vez, acredita que o resultado será ainda mais fraco: +2,9%. Em paralelo a este movimento, está o comércio internacional de bens em rota cadente: +4,6% em 2017, +3% em 2018 e +2,6% em 2019, segundo avaliação da OMC.
Não bastasse a perda de dinamismo geral da economia e do comércio global, devido à escalada de tensões envolvendo EUA, China e outros países, a indústria brasileira deve enfrentar os efeitos adversos da crise econômica da Argentina, importante parceiro para nosso comércio de manufaturados. O FMI prevê mais um ano de recessão para a economia argentina em 2019.
Do lado interno, os inúmeros obstáculos à competitividade da produção nacional continuam sem equacionamento e pesam ainda mais no contexto atual de menor crescimento internacional. Instrumentos transitórios que amenizavam alguns desses obstáculos foram praticamente extintos nos últimos anos, como o Reintegra, que permitia que o exportador recuperasse impostos pagos e não compensados no momento da exportação. Não tivéssemos nos descuidado tanto de nossa competitividade, hoje teríamos uma outra realidade.
No primeiro trimestre de 2019, a balança comercial da indústria de transformação registrou déficit de US$ 6,8 bilhões. Com isso, a despeito dos bens primários (agropecuários e minerais) terem melhorado seu saldo frente ao mesmo período de 2018, o superávit total da balança comercial do país foi de US$ 10,5 bilhões, seu menor patamar desde janeiro-março de 2016.
Para bens manufaturados, as exportações declinaram -9,1% frente ao 1º trim/18, para US$ 31,1 bilhões, enquanto as importações caíram -1,6%, atingindo em US$ 37,8 bilhões. Ou seja, houve deterioração no saldo com redução na corrente de comércio dos bens tipicamente produzidos pela indústria de transformação.
Esta Carta IEDI analisa o desempenho de nossa balança comercial de produtos manufaturados utilizando a classificação da indústria de transformação por intensidade tecnológica desenvolvida pela OCDE. A seguir, uma síntese dos resultados encontrados.
• A indústria de alta intensidade tecnológica foi a única a apresentar aumento de exportações (+2,3%) no 1º trim/19, quando comparado com igual período do ano anterior. Isso se deveu sobretudo às vendas externas do ramo aeronáutico e aeroespacial, que cresceram +5% em relação ao 1º trim/18. Já as importações de alta tecnologia seguiram a tendência geral e declinaram -3,1%, devido aos ramos do complexo eletrônico. Deste modo, houve pequeno recuo (-6% ante 1º trim/18) do déficit de balança comercial desta faixa para US$ 4,6 bilhões no 1º trim/19.
• A indústria de média-alta intensidade tecnológica, por sua vez, foi quem apresentou a maior deterioração de saldo: seu déficit saltou +33% em relação ao 1º trim/18 chegando a US$ 9,6 bilhões. Neste caso houve não só aumento das importações (+2,3%), como intenso declínio das exportações (-21,4%). Dois movimentos explicam esta dinâmica: a retração de -36,1% das vendas externas de veículos, sob efeito da crise argentina, e o avanço de +12,1% de nossas compras externas de produtos químicos, exceto farmacêuticos.
• Em direção oposta, o grupo de média-baixa tecnologia foi quem apresentou a maior contração do déficit externo: -55% frente ao 1º trim/18. Foram os desembarques, ao recuarem -5,2% frente a igual período do ano anterior, que condicionaram este comportamento. As exportações ficaram praticamente estáveis (-0,2%). Embora este grupo venha sofrendo grandes oscilações, em função da mudança das regras do Repetro, não foi o ramo de construção naval que mais pesou no resultado do 1º trim/19, mas sim o de carvão, petróleo refinado e combustível nuclear, cujo déficit ficou 41% menor.
• Por fim, a baixa tecnologia, que é o único grupo em que o Brasil é sistematicamente superavitário, viu seu saldo encolher -10% no 1º trim/19. Por trás disso, está uma queda das exportações (-8,9% ante 1º trim/18) mais acentuada do que a das importações (-5,9%). Suas vendas externas responderam aos recuos dos ramos de alimentos, bebidas e tabaco (-13,1%) e de têxteis, couros e calçados (-13,4%) e à forte desaceleração de madeira, papel e celulose (+2,3%). Do lado das importações, todos os seus componentes caíram frente ao início de 2018.
Bens típicos da indústria de transformação e a balança comercial
No primeiro trimestre de 2019, a balança comercial registrou superávit de US$ 10,5 bilhões, seu menor patamar desde janeiro-março de 2016. Apesar de tanto, nos últimos quatro anos, o primeiro quarto ficou superavitário, em contraste com o déficit nos anos de 2013 a 2015 para igual período.
A diminuição do saldo foi acompanhada pelo aumento no déficit dos produtos tipicamente oriundos da indústria de transformação, ficando em US$ 6,8 bilhões. As exportações desses produtos declinaram 9,1% em relação ao mesmo trimestre de 2018, recuando para US$ 31,1 bilhões. Quanto às importações desses bens, caíram 1,6%, ficando em US$ 37,8 bilhões. Desse modo, as vendas para o exterior ainda ficaram aquém do patamar observado também em igual trimestre de 2011, 2012 e de 2013.
Quanto aos demais bens, em geral produtos agropecuários e minerais, seu superávit cresceu frente ao mesmo período de 2018, atingindo US$ 17,3 bilhões. As vendas externas dos demais bens aumentaram 5,4%, alcançando US$ 21,6 bilhões. Já as aquisições do exterior em dólares correntes cresceram 8,9%.
A balança por intensidade tecnológica
Tomando-se a classificação adotada pela OCDE para a indústria de transformação segundo a intensidade tecnológica, pode-se detalhar os fluxos comerciais do País. São quatro faixas da indústria de transformação: de alta intensidade, de média-alta, média-baixa e de baixa intensidade tecnológica. A tabela a seguir discrimina as mesmas.
O intercâmbio externo de bens produzidos por atividades tidas pela OCDE como de alta intensidade tecnológica teve déficit de US$ 4,6 bilhões até março do ano, ligeiramente menor do que no mesmo trimestre de 2018 e de 2017. O déficit menor contou com a contribuição do incremento de 2,3% nas exportações frente ao primeiro trimestre do ano passado, chegando a US$ 2,6 bilhões. Os produtos da indústria aeronáutica permanecem como os únicos superavitários dessa faixa, logrando praticamente o mesmo saldo de janeiro-março de 2018, puxado pelo incremento de suas exportações. Os bens do complexo eletrônico registraram queda nas exportações, mas com discreta queda no déficit.
A faixa de média-alta intensidade apresentou saldo negativo de US$ 9,6 bilhões, o maior déficit dentre as quatro faixas e com magnitude maior do que a registrada em igual período de 2018, 2017 e de 2016. Tal resultado ocorreu com retrocesso de 21,4% na exportação vis-à-vis o primeiro trimestre de 2018. O País exportou US$ 7,4 bilhões desses bens, com as importações crescendo 2,3%. Esta faixa engloba os materiais de transporte terrestres, parte expressiva dos bens de capital, além de produtos químicos. Nela, as exportações de todos os ramos declinaram e quase todos os ramos tiveram retração de dois dígitos. No caso dos veículos automotores, reboques e semirreboques, as vendas externas declinaram 36,1%.
Quanto aos produtos tipicamente originários da indústria de média-baixa intensidade tecnológica, registraram déficit de US$ 421 milhões no quarto inicial de 2019, com piora de 0,2% nas exportações. Essa piora frente ao sinal positivo de janeiro-março de 2018 se deveu à queda das exportações em quase todos os ramos. A exceção ficou por conta ironicamente do mais deficitário destes, o de fabricação de coque, produtos de petróleo refinado e afins, cujo déficit ficou em US$ 1,8 bilhão, bem abaixo do que no mesmo trimestre do ano passado, contando com expansão de 45,5% nas exportações. Já o mais superavitário dos ramos, o de produtos metálicos, teve redução no saldo, com queda de 0,7% nas exportações e aumento de 8,3% nas importações. Ainda assim seu superávit foi de US$ 2,8 bilhões.
Passando ao grupo dos bens típicos das atividades de baixa intensidade tecnológica, logrou o único superávit dentre as quatro faixas do primeiro trimestre, de US$ 7,9 bilhões, aquém do observado em igual período de 2018 e de 2017. As exportações declinaram 8,9% em relação ao mesmo período de 2018, ficando em US$ 11,9 bilhões. Já as importações, retrocederam 5,9%. Tal conjunto de bens encampa grosso modo dois tipos de mercadorias: aquelas cujos processos produtivos utiliza intensivamente recursos naturais abundantes no Brasil; e bens cuja produção são intensivas em recursos humanos. As vendas externas de alimentos industrializados, bebidas e fumo – principal item da balança indústria do País – declinaram frente a janeiro-março de 2018. Foram os produtos das indústrias madeireira, de papel, celulose e afins os únicos a ampliar suas exportações.
Bens de alta intensidade tecnológica
O conjunto de produtos fabricados por atividades intensivas em tecnologia experimentou déficit de US$ 4,6 bilhões em janeiro-março, abaixo do registrado no mesmo período de 2018. Essa discreta melhora contou com o aumento de 2,3% em suas exportações, chegando a US$ 2,6 bilhões. Já as importações, ficaram em US$ 7,2 bilhões, queda de 3,1%.
Os equipamentos aeronáuticos e aeroespaciais conformaram o único grupo dessa faixa a obter superávit, de US$ 1,4 bilhão, saldo recorde para primeiro trimestre. Na comparação com igual período do ano passado, o Brasil exportou 5,0% mais desses equipamentos, chegando a US$ 1,8 bilhão. As importações, por sua vez, cresceram 23,8%.
Os três ramos de bens típicos do complexo eletrônico, como tem sido a tônica, concorreram sobremaneira para o déficit dos produtos da indústria de alta intensidade tecnológica, ainda que a magnitude dos déficits tenha discretamente caído. O ramo de equipamentos de áudio, vídeo e telecomunicações (inclusive componentes eletrônicos) exportou 4,1% menos do que em igual trimestre de 2018, perfazendo US$ 122 milhões. Em paralelo, as importações recuaram 5,6%, ficando em US$ 2,1 bilhões, com saldo negativo de US$ 2,0 bilhões. Quanto aos materiais de informática e de escritório, suas exportações retrocederam 6,3% em relação a igual período do ano passado, exportando somente US$ 76 milhões, ficando com déficit de US$ 1,1 bilhão. Quanto ao terceiro segmento do complexo eletrônico, de equipamentos e instrumentos médico-hospitalares, ótico e de precisão, suas exportações cresceram 5,6%, enquanto suas importações caíram 6,5%. Com isso, seu déficit caiu vis-à-vis o mesmo trimestre de 2018, ficando em US$ 1,2 bilhão.
Os produtos farmacêuticos experimentaram saldo negativo de US$ 1,6 bilhão, déficit ligeiramente maior do que em janeiro-março de 2018. Suas exportações caíram de 8,7%, com o Brasil vendendo somente US$ 327 milhões para outros países. As importações, por sua vez, aumentaram 0,9%.
Bens de média-alta intensidade tecnológica
As exportações de bens das atividades de média-alta intensidade tecnológica retrocederam 21,4% em janeiro-março de 2019 frente a igual período do ano anterior, situando-se em US$ 7,4 bilhões. Quanto às importações, cresceram 2,3%, chegando a US$ 17,0 bilhões. Tal combinação de resultados fez com que o déficit atingisse US$ 9,6 bilhões. Assim, persiste como o segmento de intensidade tecnológica de maior déficit.
As vendas externas de produtos químicos (exclusive farmacêuticos) sofreram recuo de 10,9% no primeiro trimestre, ficando em US$ 2,1 bilhões, enquanto as respectivas importações cresceram 12,1%. Assim, os bens em questão continuam tanto com o maior déficit comercial, de US$ 5,8 bilhões, quanto com o maior montante importado, US$ 7,9 bilhões, dentre todos os grupamentos de mercadorias tipicamente produzidos pela indústria de transformação.
Os equipamentos de transporte fabricados por indústrias de média-alta intensidade tecnológica somaram déficit de US$ 770 milhões. Os produtos automobilísticos responderam por US$ 586 milhões desse montante. As exportações de produtos automobilísticos encolheram 36,1%, ficando em US$ 2,4 bilhões, enquanto as importações caíram 11,9%. Quanto ao grupo dos equipamentos ferroviários e outros de transporte (motocicletas, entre outros), suas exportações caíram 19,3%, com as importações crescendo 7,2%, conduzindo ao saldo negativo de US$ 184 milhões, déficit maior do que o experimentado em janeiro-março de 2018 e de 2017.
A balança comercial de máquinas e equipamentos mecânicos ou não especificados noutros segmentos e a de máquinas elétricas registraram déficits maiores com redução nas exportações. Quanto às máquinas e equipamentos mecânicos ou não especificados noutros ramos, a magnitude do déficit cresceu para US$ 1,6 bilhão. Suas exportações declinaram 13,4% no quarto inicial, situando-se em US$ 2,2 bilhões, enquanto as importações retrocederam 2,5%. As trocas internacionais de máquinas e equipamentos elétricos registraram déficit de US$ 1,4 bilhão. Suas vendas para o exterior caíram 2,5%, ficando em US$ 594 milhões, com as aquisições externas aumentando 0,5%.
Bens de média-baixa intensidade tecnológica
As exportações de gêneros típicos da indústria de média-baixa intensidade tecnológica ficaram praticamente estagnadas, variação de -0,2% no primeiro trimestre de 2019 vis-à-vis igual período de 2018, ficando em US$ 9,2 bilhões. As importações, também em dólares correntes, diminuíram 5,2%. Apesar desse declínio nas aquisições do exterior, a balança dessa faixa apresentou déficit de US$ 421 milhões. Vale lembrar que, para primeiro trimestre, até 2009, essas mercadorias apresentavam saldo positivo, mudando daí até 2015. Em 2016 voltou à condição superavitária, sendo que em 2017, retornou ao déficit, para registrar novamente superávit em 2018.
As relações de troca dos bens típicos das indústrias de média-baixa intensidade tecnológica são muito impactadas por dois conjuntos de mercadorias: produtos metálicos, destacando-se a siderurgia; e bens derivados de petróleo refinado, outros combustíveis e afins.
As vendas para o exterior de produtos de petróleo refinado e afins aumentaram 45,5% no primeiro trimestre frente ao mesmo período de 2018, atingindo US$ 1,3 bilhão. Já suas importações, retrocederam 21,1%, mas partindo de grandeza bem maior, significando que o País importou US$ 3,1 bilhões desses itens. Com isso, o déficit atingiu US$ 1,8 bilhão.
Se, de um lado, o déficit em produtos de petróleo refinado e afins diminuiu bem, de outro, o superávit de produtos metálicos caiu de US$ 3,0 bilhões no trimestre inicial de 2018 para US$ 2,8 bilhões em igual período de 2019. Suas exportações declinaram 0,7%, ficando em US$ 5,6 bilhões. As importações, a seu turno, cresceram 8,3%.
Passando para os itens de menor expressão dessa faixa, os produtos de minerais não-metálicos lograram superávit de US$ 34 milhões. Suas exportações sofreram redução de 18,2%, ficando em US$ 433 milhões em janeiro-março último. As importações cresceram 5,4%, o que levou à redução do superávit na comparação com igual trimestre de 2018. É o quinto ano seguido de superávit no primeiro trimestre.
Todavia os dois outros ramos presenciaram déficit maiores. O intercâmbio de embarcações, navios etc registrou saldo negativo de US$ 830 milhões, incremento expressivo de sua magnitude. O País exportou US$ 1,3 bilhão desses itens, retração de 15,7% ante janeiro-março de 2018, enquanto as importações cresceram 5,6%.
O déficit também aumentou para os produtos de borracha e plásticos, chegando a US$ 603 milhões. Suas exportações declinaram 8,7%, ficando em US$ 585 milhões, com as importações também diminuindo, queda de 3,4%.
Bens de baixa intensidade tecnológica
No trimestre inicial de 2019, o País exportou 8,9% menos dos bens tipicamente oriundos de ramos de baixa intensidade tecnológica, ficando em US$ 11,9 bilhões. Quanto às importações, tiveram redução de 5,9%. Tais variações levaram a uma queda no saldo comercial para superávit de US$ 7,9 bilhões. Apesar de sua expressão, as balanças negativas dos três outros segmentos por faixa de intensidade tecnológica propiciaram o déficit dos bens típicos da indústria de transformação.
O saldo positivo do grupamento de bens em questão decorre sobretudo do intercâmbio dos produtos industriais de alimentação, bebidas e fumo, cujo superávit atingiu US$ 5,6 bilhões. Todavia, tal superávit ficou aquém do observado em janeiro-março dos dois anos anteriores, assim como de 2013 e de 2014. Suas vendas externas, aliás, caíram 13,1% em relação a igual período de 2018, ficando em US$ 7,3 bilhões. As importações retrocederam 7,1%, ficando em US$ 1,7 bilhão.
O intercâmbio de produtos do segmento madeireiro, de papel e celulose, impressão gráfica e afins teve superávit de US$ 3,1 bilhões nesse início de ano, sendo o melhor resultado da série iniciada em 1989 para acumulado até março. Suas exportações cresceram 2,3%, galgando novo patamar recorde em dólares correntes para primeiro trimestre. Quanto às importações, tiveram redução de 3,4%.
Os dois outros conjuntos de bens típicos da indústria de baixa intensidade têm registrado déficit nos últimos anos. As exportações produtos diversos ou reciclados diminuíram 1,4%, enquanto as aquisições do exterior recuaram 4,4%. Esse ramo ficou com déficit de US$ 156 milhões. Quanto aos artigos das indústrias têxtil, de vestuário, couro e calçados, suas exportações sofreram retração de 13,4%, com o País vendendo US$ 822 milhões. Quanto a suas importações, caíram 3,4%. Com isso, o déficit aumentou para US$ 686 milhões, enquanto em janeiro-março de 2018, o déficit foi de US$ 645 milhões.
Esses conjuntos de bens logo acima se distinguem daqueles superavitários dessa mesma faixa. Os artigos têxteis, de vestuário, calçados e artigos de couro são intensivos em mão-de-obra, apesar de parcela deles ser sensível a estratégias de diferenciação de produtos. Já os processos produtivos daqueles das indústrias de alimentos, bebidas, madeireiras são mais intensivos em recursos naturais, nos quais o Brasil é reconhecidamente abundante.