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                          Carta IEDI

                          Edição 751
                          Publicado em: 23/09/2016

                          O Fosso da Indústria de Transformação Latino-americana no Segundo Trimestre de 2016

                          Sumário


                          Sumário


                          De acordo com os dados do relatório da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) sobre o segundo trimestre de 2016, a indústria de transformação mundial cresceu 2,2% no período em relação ao mesmo trimestre de 2015. Em comparação a janeiro-março de 2016, em abril-junho de 2016 a expansão da produção manufatureira mundial foi de 0,5%, com ajuste sazonal.

                          Nas economias desenvolvidas a produção da indústria de transformação cresceu 0,2% em abril-junho em relação ao mesmo trimestre de 2015, mas decaiu 0,1% frente a janeiro-março de 2016. A fabricação de manufaturas aumentou 0,8% no segundo trimestre de 2016 vis-à-vis o mesmo período de 2015, sendo que desde 2013 o resultado trimestral da Europa não era inferior a 1%. Na América do Norte, a expansão foi de apenas 0,3% no segundo trimestre, enquanto nas economias desenvolvidas da Ásia houve queda de 1,1%, puxada pela retração de 1,8% da produção industrial japonesa.

                          Já nos países em desenvolvimento e industriais emergentes no segundo trimestre de 2016 em relação ao mesmo trimestre de 2015, com ajuste sazonal, a indústria de transformação se elevou 4,9%. O resultado poderia ter sido melhor não fossem a leve e contínua desaceleração da indústria chinesa (7,2% em abril-junho de 2016, tendo sido 7,4% em janeiro-março) e a forte retração da latino-americana de 3,2% em abril-junho de 2016, tendo sido +0,1% em janeiro-março, ambas as medidas relativamente a igual trimestre de 2015.

                          A produção industrial chinesa manteve-se em alto patamar principalmente devido ao mercado interno, o contrário da América Latina. Nesta região as economias estão mais vulneráveis à valorização do dólar, à redução da liquidez de capitais internacionais e à depreciação do preço das commodities, notadamente do petróleo. Em especial, no Brasil, a produção da indústria de transformação caiu 6,7% no segundo trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. Também houve variação negativa no México (-0,2%), Argentina (-4,2%), Chile (-1,0%) e Peru (-8,5%). Somente a indústria colombiana registrou expansão no segundo trimestre de 2016 dentre os países latino-americanos.

                          No segundo trimestre de 2016 relativamente a igual período de 2015, com ajuste sazonal, a produção mundial avançou em 19 dos 23 setores da indústria de transformação acompanhados pela UNIDO, principalmente os de alta e média-alta tecnologia, tais como produtos farmacêuticos (+4,3%), veículos automotores (+4,2%) e produtos químicos (+3,9%). Em contraste, assinalaram queda produtos do tabaco (-2,6%), máquinas e equipamentos (-1,1%), outros manufaturados (-0,6%) e publicação e impressão (-0,1%).

                          Para 2016, a UNIDO estima um crescimento de 2,8% do valor adicionado na indústria de transformação mundial, variação idêntica à de 2015. Dentre as causas para a manutenção do baixo ritmo de expansão das manufaturas estão o fraco crescimento das economias industrializadas da América do Norte (em particular, dos EUA: +2,3%) e da Ásia; a contínua desaceleração da expansão chinesa (que marcou 7% em 2015 e deve apontar 6,5% em 2016); a lenta recuperação das economias europeias e a queda da indústria de transformação das economias emergentes, dentre as quais pesa consideravelmente a retração estimada de cerca de 10% no Brasil.

                           
                          A Indústria Mundial no Segundo Trimestre de 2016. A UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) anunciou recentemente sua previsão para o crescimento do valor adicionado na indústria de transformação mundial em 2016, que deve crescer 2,8%, variação idêntica à de 2015. Dentre as causas para a manutenção de um ritmo de expansão estão o baixo estão:

                          • o fraco crescimento das economias industrializadas da América do Norte, em particular dos EUA: +2,3%)
                             
                          • a desaceleração do dinamismo da Ásia, sob influência do contínuo declínio das taxas de crescimento da China, que marcou 7% em 2015 e deve ficar em 6,5% em 2016,
                             
                          • a lenta recuperação das economias europeias,
                             
                          • a queda da indústria nas economias emergentes, dentre as quais pesa consideravelmente a retração estimada de cerca de 10% no Brasil.

                          Segundo a UNIDO, a indústria mundial tem demorado a se recuperar do impacto negativo provocado pela crise global em 2008, devido à falta de apoio financeiro e, mais recentemente, também às incertezas relacionadas à saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). Constata-se que nas economias industrializadas o investimento diminuiu significativamente. Todos esses fatores se sentem nas economias emergentes e em desenvolvimento, onde os níveis de investimento estrangeiro direto estão inferiores aos de antes da crise.

                          Além disso, em vários países do mundo se observa que os salários estão estagnados ou crescendo muito pouco, o que tem afetado negativamente a demanda agregada. Como consequência, tem havido queda dos preços das commodities, agravando principalmente o quadro econômico das economias em desenvolvimento, que são grandes exportadores de produtos primários.



                          Dessa forma, em 2016 o valor adicionado na indústria de transformação das economias industrializadas deve crescer 1,3%, isto é, ao mesmo ritmo de 2015, enquanto nas economias industriais emergentes e em desenvolvimento o crescimento deve ser de 4,7%, somente 0,1 p.p acima do resultado de 2015.  Em todas as regiões do mundo, porém, espera-se que em 2016 as economias industriais emergentes e em desenvolvimento apresentem resultados melhores do que em 2015, ainda que marginalmente em algumas delas.

                          O crescimento das manufaturas na África deve passar de 1,8% para 2,4% e na Ásia e Pacífico de 5,3% para 6,2%. Já na América Latina a queda deve continuar expressiva, arrefecendo muito pouco de -3,7% para -3,4%. Nesta última região, a crise industrial é puxada pelo Brasil, que em 2016 deve apresentar mais uma queda do valor adicionado, agora em torno de -10%. Deve-se notar ainda que a retração na Argentina também será importante: -3,0%.



                          Tomando-se a produção mundial da indústria de transformação, no segundo trimestre de 2016 seu crescimento foi de 2,2% em relação ao mesmo período de 2015, com ajuste sazonal, e de 2,1% em janeiro-março na mesma comparação. Tanto as economias industrializadas como as emergentes industriais e em desenvolvimento estão mantendo o ritmo de evolução, sendo que o patamar do segundo grupo é quase quatro vezes superior ao do primeiro. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, em abril-junho de 2016 a expansão da produção manufatureira mundial foi de 0,5%.



                          Resultados dos Países Desenvolvidos. A produção da indústria de transformação nas economias desenvolvidas se elevou 0,2% em abril-junho em relação ao mesmo trimestre de 2015, mas decaiu 0,1% frente a janeiro-março de 2016. A fabricação de manufaturas aumentou 0,8% no segundo trimestre de 2016 vis-à-vis o mesmo período de 2015, sendo que desde 2013 o resultado trimestral da Europa não era inferior a 1%. Na América do Norte, a expansão foi de apenas 0,3% no segundo trimestre, enquanto nas economias desenvolvidas da Ásia houve queda de 1,1%, puxada pela retração de 1,8% da produção industrial japonesa.

                          Na Zona do Euro, em abril-junho de 2016 a produção da indústria de transformação foi positiva na maior parte dos países, relativamente ao mesmo período de 2015, com ajuste sazonal. Dentre as economias mais importantes da região, a Espanha cresceu 2,3%, a Alemanha 0,7%, a Itália 0,5% e a França 0,3%.

                          Fora da zona do Euro, a produção de manufaturas na Europa contou com o aumento de 1,4% no Reino Unido. O setor automotivo segurou o ritmo de produção da região, compensando a queda em outros setores nas economias do Leste Europeu. Chama a atenção a expansão da indústria de transformação na República Tcheca (+2,3%), Polônia (+6,0%), Romênia (+3,4%), Croácia (+4,3%) e Rússia (+1,0%).

                          Com o arrefecimento da demanda global e o fortalecimento do dólar, as exportações dos EUA assinalaram baixo crescimento, afetando a trajetória da produção industrial do país. No segundo trimestre de 2016, relativamente ao mesmo período do ano anterior, a indústria de transformação americana cresceu somente 0,3% e a do Canadá caiu 0,1%.

                          Resultados dos Países em Desenvolvimento e Emergentes. A produção da indústria de transformação nos países em desenvolvimento e industriais emergentes no segundo trimestre de 2016 em relação ao mesmo trimestre de 2015, com ajuste sazonal, aumentou 4,9%. O resultado poderia ter sido melhor não fossem a contínua desaceleração da indústria chinesa (7,2% em abril-junho de 2016, tendo sido 7,4% em janeiro-março) e a crise industrial latino-americana (-3,2% em abril-junho de 2016, tendo sido +0,1% em janeiro-março).

                          A produção industrial chinesa mantém-se em patamar elevado, devido principalmente ao mercado interno, ao contrário da América Latina. Nesta última região, as economias mostram-se mais vulneráveis à redução da liquidez de capitais internacionais e à depreciação do preço das commodities, notadamente do petróleo.

                          No Brasil, a produção da indústria de transformação caiu 6,7% no segundo trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. Também houve variação negativa no México (-0,2%), Argentina (-4,2%), Chile (-1,0%) e Peru (-8,5%). Somente a indústria colombiana registrou expansão no segundo trimestre de 2016 dentre os países latino-americanos.

                          Já na Ásia, a indústria de transformação cresceu 6,5% em abril-junho de 2016 relativamente e abril-junho de 2015 e 1,8% em relação o primeiro trimestre de 2016, com ajuste sazonal. A indústria do Vietnã continua apresentando a maior taxa de crescimento na Ásia, puxada pelo setor exportador de computadores e produtos óticos e eletrônicos. A indústria de transformação da Indonésia, que passou a figurar entre as dez maiores do mundo em 2015, cresceu 5,6% no segundo trimestre de 2016 relativamente ao mesmo período do ao passado; enquanto a da Índia, que também figura no ranking das dez maiores, experimentou a segunda queda consecutiva nesta comparação (-0,7% em abril-junho de 2016).



                          Análise Setorial. No segundo trimestre de 2016 frente à igual período de 2015, com ajuste sazonal, a produção mundial avançou em 19 dos 23 setores da indústria de transformação acompanhados pela UNIDO. O destaque positivo ficou por conta dos setores de alta e média-alta tecnologia, tais como produtos farmacêuticos (+4,3%), veículos automotores (+4,2%) e produtos químicos (+3,9%). Em oposição, assinalaram queda os setores de produtos do tabaco (-2,6%), máquinas e equipamentos (-1,1%), outros manufaturados (-0,6%) e publicação e impressão (-0,1%).

                          Nas economias industrializadas, entre abril e junho de 2016 relativamente ao mesmo período de 2015, apontaram queda 12 dos 23 setores da indústria de transformação, destacando-se máquinas e equipamentos (-3,5%) e vestuário e confecção (-2,7%). Em contraste, houve expansão nos setores de bebidas (+2,5%), produtos de madeira (+2,8%) e veículos automotores (+3,5%) – neste último caso liderado pela produção europeia, especialmente da Dinamarca, Lituânia, Holanda, República Tcheca, Suécia, Espanha, Noruega e Reino Unido.

                          Por seu turno, nas economias industriais emergentes e em desenvolvimento os diversos setores da indústria de transformação, além de registrarem patamares de expansão mais elevados do que os das economias industrializadas, mantiveram variações positivas em praticamente todos – exceto indústria de tabaco (-3,7%) – no segundo trimestre de 2016 relativamente ao mesmo período de 2015. Destaca-se o crescimento de equipamentos de escritório, computação e contabilidade, de 8,1%, puxado pela China, Índia, Polônia e Vietnã). Também houve expansão considerável dos setores de produtos farmacêuticos (+7,9%) e de químicos (+7,5%).

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