Carta IEDI
A Indústria em Abril de 2015: A Crise se Generalizou
Entre janeiro e abril de 2015, a indústria recuou 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, com queda em 24 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 68,9% dos 805 produtos. Dentre os ramos, a redução mais forte vem sendo em veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,3%) e dentre as únicas exceções de crescimento estão as indústrias extrativas (10,5%). Todas as categorias sofreram redução na produção: bens de capital (-19,7%), bens de consumo duráveis (-16,0%), bens de consumo semi e não-duráveis (-6,8%) e bens intermediários (-2,9%). Trata-se do pior primeiro quadrimestre registrado em toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2003, superando mesmo períodos difíceis da economia e da indústria como os anos de 2003 e de 2009.
Na passagem de março para abril deste ano, a produção industrial variou -1,2%, assinalando queda em 19 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. As maiores reduções foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (sétimo mês seguido de variações negativas), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-3,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%), outros equipamentos de transporte (-8,5%), metalurgia (-2,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%).
No contraste entre abril de 2015 e o mesmo mês de 2014, a produção diminuiu em 23 dos 26 ramos pesquisados, também com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,2%). Também foram expressivas as quedas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,6%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,5%), de máquinas e equipamentos (-11,8%), de metalurgia (-9,8%), de bebidas (-13,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,0%), de produtos de metal (-8,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%) e de outros equipamentos de transporte (-13,9%). De outro modo, houve expansão importante nas indústrias extrativas (11,1%), principalmente por conta de minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, as quatro categorias registraram diminuições expressivas na produção: bens de capital (-24,0%), bens de consumo duráveis (-17,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (-9,3%)e bens intermediários (-3,2%). Nesta comparação bens de consumo semi e não duráveis sofrem perdas há 6 meses consecutivos, e os outros há 14. No caso de bens de capital, ressalta-se a retração de 29,8% de bens de capital para equipamentos de transporte, bens de capital de uso misto (-27,8%), para fins industriais (-7,8%), para construção (-35,4%), para energia elétrica (-20,2%) e agrícola (-12,2%). Já em bens de consumo, as variações negativas mais significativas foram em automóveis (-14,0%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-42,2%), seguidas de motocicletas (-32,8%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-10,6%), de móveis (-10,1%) e de outros eletrodomésticos (-4,2%).
A crise da indústria generaliza-se e se aprofunda mês a mês. Se anteriormente seus determinantes concentravam-se na falta de competitividade interna e externa da produção nacional, em 2015 a reversão do consumo passa a assumir maior protagonismo, agravado por políticas econômicas monetárias e fiscais contracionistas que, pelo menos por enquanto, intensificam a tendência de crescimento do desemprego e retração do rendimento médio real.
Resultados da Indústria. De acordo com o IBGE, a produção industrial de abril registrou variação negativa de 1,2% frente a março na série livre de influências sazonais, após ter apresentado estabilidade no mês anterior. Na comparação com abril de 2014 a indústria assinalou queda de 7,6%. Dessa forma, a indústria acumulou decréscimo de 6,3% nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2014. O indicador acumulado dos últimos doze meses frente a igual período imediatamente anterior apresentou variação negativa de 4,8%.
A variação da produção industrial de -1,2% entre março e abril deste ano adveio da queda em 19 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. As maiores reduções foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,5%, com perda acumulada de 21,9% nos últimos sete meses de variações negativas consecutivas), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-3,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%), de outros equipamentos de transporte (-8,5%), de metalurgia (-2,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%). Por sua vez destaca-se o crescimento em indústrias extrativas e coque (1,5%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%).
Em abril de 2015 todas as categorias de uso assinalaram queda na produção em relação ao mês imediatamente anterior. A maior redução foi em bens de capital (-5,1%), seguida por bens de consumo semi e não-duráveis (-2,2%), bens de consumo duráveis (-1,8%) e bens intermediários (-0,2%). No confronto com igual mês do ano anterior, as quatro categorias registraram retrações na produção muito expressivas: bens de capital (-24,0%), bens de consumo duráveis (-17,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (-9,3%)e bens intermediários (-3,2%).
Ainda no contraste entre abril de 2015 e o mesmo mês de 2014, a produção diminuiu em 23 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 69,7% dos 805 produtos pesquisados, também com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,2%). Também foram expressivas as quedas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,6%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,5%), de máquinas e equipamentos (-11,8%), de metalurgia (-9,8%), de bebidas (-13,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,0%), de produtos de metal (-8,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%) e de outros equipamentos de transporte (-13,9%). De outro modo, houve expansão importante nas indústrias extrativas (11,1%), principalmente por conta de minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.
No primeiro quadrimestre de 2015, a indústria geral recuou 6,3% e relação ao mesmo período do ano anterior, com queda em 24 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 68,9% dos 805 produtos. Todas as categorias sofreram redução na produção: bens de capital (-19,7%), bens de consumo duráveis (-16,0%), bens de consumo semi e não-duráveis (-6,8%) e bens intermediários (-2,9%). Em termos de gêneros, a redução mais forte vem sendo em veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,3%). Outras quedas expressivas foram as de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-28,5%), de máquinas e equipamentos (-9,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-18,7%), de metalurgia (-7,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,6%), de produtos de metal (-7,8%), de bebidas (-7,1%). Por sua vez, também nesse indicador as indústrias extrativas (10,5%) representam o único crescimento significativo, graças a, em grande parte, minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.
Desempenho por Categoria de Uso. Em abril de 2015 todas as categorias de uso assinalaram queda na produção em relação ao mês imediatamente anterior. A maior redução foi em bens de capital (-5,1%), seguida por bens de consumo semi e não-duráveis (-2,2%), bens de consumo duráveis (-1,8%) e bens intermediários (-0,2%). No confronto com igual mês do ano anterior, as quatro categorias registraram retrações na produção muito expressivas: bens de capital (-24,0%), bens de consumo duráveis (-17,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (-9,3%)e bens intermediários (-3,2%).
O recuo de 24% de bens de capital em abril de 2015, na comparação com abril de 2014, foi o décimo quarto seguido, com queda na produção de todos os grupamentos. Destaca-se a retração de 29,8% de bens de capital para equipamentos de transporte, bens de capital de uso misto (-27,8%), para fins industriais (-7,8%), para construção (-35,4%), para energia elétrica (-20,2%) e agrícola (-12,2%).
A produção de bens de consumo duráveis caiu 17,1% em abril de 2015 versus mesmo mês de 2014, também a décima quarta retração consecutiva. Desta vez, as variações negativas mais expressivas foram em automóveis (-14,0%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-42,2%), seguidas de motocicletas (-32,8%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-10,6%), de móveis (-10,1%) e de outros eletrodomésticos (-4,2%).
Bens de consumo semi e não-duráveis tiveram queda de 9,3% em abril de 2015, o sexto resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Todos os grupamentos sofreram retração: não-duráveis (-15,0%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-6,5%), semiduráveis (-8,7%) e carburantes (-8,9%).
Em bens intermediários, a variação negativa de 3,2% em abril de 2015, ainda na comparação com abril de 2014, foi a décima quarta taxa negativa consecutiva. Desta vez a queda foi puxada pelas atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%), de metalurgia (-9,8%), de produtos de metal (-11,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-9,3%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,9%), de produtos têxteis (-8,3%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,6%), de máquinas e equipamentos (-3,2%) e de outros produtos químicos (-0,5%). Por outro lado, cresceram indústrias extrativas (11,1%) e produtos alimentícios (4,1%). Os grupamentos de insumos para construção civil (-10,3%) já sofrem perdas na produção há catorze meses.
No acumulado de 2015 até abril, comparado ao primeiro quadrimestre de 2014, todas as categorias sofreram redução na produção: bens de capital (-19,7%), bens de consumo duráveis (-16,0%), bens de consumo semi e não-duráveis (-6,8%) e bens intermediários (-2,9%).
Por Dentro da Indústria de Transformação: Gêneros e Subsetores. A produção industrial variou -1,2% entre março e abril deste ano, assinalando queda em 19 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. As maiores reduções foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,5%, com perda acumulada de 21,9% nos últimos sete meses de variações negativas consecutivas), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-3,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%), de outros equipamentos de transporte (-8,5%), de metalurgia (-2,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%). Por sua vez destaca-se o crescimento em indústrias extrativas e coque (1,5%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%).
Contrastando abril de 2015 com o mesmo mês de 2014, a produção diminuiu em 23 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 69,7% dos 805 produtos pesquisados, também com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,2%). Tmbém foram expressivas as quedas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,6%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,5%), de máquinas e equipamentos (-11,8%), de metalurgia (-9,8%), de bebidas (-13,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,0%), de produtos de metal (-8,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%) e de outros equipamentos de transporte (-13,9%). De outro modo, houve expansão importante nas indústrias extrativas (11,1%), principalmente por conta de minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.
No índice acumulado entre janeiro e abril de 2015, a indústria geral recuou 6,3% e relação ao mesmo período do ano anterior, com queda em 24 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 68,9% dos 805 produtos. A redução mais forte vem sendo em veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,3%),considerando a menor fabricação de aproximadamente 92% dos produtos investigados na atividade, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhões, caminhãotrator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões e ônibus, autopeças e reboques e semirreboques. Outras quedas expressivas foram as de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-28,5%), de máquinas e equipamentos (-9,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-18,7%), de metalurgia (-7,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,6%), de produtos de metal (-7,8%), de bebidas (-7,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,9%), de produtos de minerais nãometálicos (-5,4%), de produtos alimentícios (-1,4%), de outros produtos químicos (-3,0%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,8%). Em termos de produtos, as influências negativas mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, óleo diesel, gasolina automotiva, óleos combustíveis, naftas para petroquímica e asfalto de petróleo; televisores, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, tablets e semelhantes), monitores de vídeo para computadores, placas de circuito impresso montadas para informática, impressoras multifuncionais, computadores pessoais de mesa (PC Desktops), peças e acessórios para máquinas de processamento de dados, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater e semelhantes) e telefones celulares; motoniveladores, silos metálicos para cereais, tratores agrícolas, carregadoras-transportadoras, válvulas, torneiras e registros, empilhadeiras propulsoras, máquinas para colheita, aparelhos de ar condicionado para veículos e partes e peças para máquinas de colheita; medicamentos; artefatos e peças diversas de ferro fundido, vergalhões de aços ao carbono, tubos, canos e perfis ocos de aço, bobinas a frio de aços ao carbono não revestidos, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e barras de aços ao carbono; calças compridas, camisetas de malha, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino, camisas de malha de uso masculino, calças, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de malha e cuecas de malha; estruturas de ferro e aço, esquadrias de alumínio, parafusos, ganchos, pinos ou porcas de ferro e aço, andaimes tubulares e material para andaimes, artefatos diversos de ferro e aço estampado para indústria automobilística e artefatos diversos de serralheria; cervejas, chope, refrigerantes e preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais; peças e acessórios de plástico para indústria automobilística, garrafas, garrafões, frascos e artigos semelhantes de plástico e pneus novos para ônibus e caminhões; cimentos “Portland” e massa de concreto preparada para construção; carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, sorvetes, picolés, bombons e chocolates em barras, leite em pó e açúcar cristal; inseticidas para uso na agricultura, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), tintas e vernizes para impressão, construção e para usos em geral e polipropileno (PP); e transformadores, refrigeradores ou congeladores (freezers) para uso doméstico, motores elétricos de corrente alternada ou contínua, fogões de cozinha para uso doméstico e máquinas de lavar ou secar roupa. Por sua vez, também nesse indicador as indústrias extrativas (10,5%) representam o único crescimento significativo, graças à, em grande parte, pelos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)
Utilização de Capacidade. Em abril o indicador de nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação, com ajuste sazonal, medido pela FGV assinalou 79,9%, o índice mais baixo de 2015. Por sua vez, o indicador com ajuste sazonal divulgado pela CNI em abril foi de 80,6%, valor inferior à março (80,8%), mas superior à fevereiro, de 80,1% - o menor de 2015.