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                          Carta IEDI

                          Edição 636
                          Publicado em: 08/08/2014

                          O Preço do Investimento: Desafios à Frente

                          Sumário

                          O ano de 2013 registrou expansão de 2,5%, com recuperação da formação bruta de capital fixo (FBCF), que cresceu 5,2%, após retração de 5,2% em 2012. Depois da eclosão da crise internacional em fins de 2008 e da retração de 2009, a retomada econômica em 2010-2011, com taxas de investimento maiores, parecia repor o País de volta ao rumo trilhado de 2004 até 2008. Mas 2012 presenciou crescimento pífio com queda da inversão.

                          O dinamismo da FBCF exige o escrutínio de dois pontos. Um reside no preço relativo da FBCF: o empreendedor tende a se arriscar mais havendo perspectivas de maior retorno real nos períodos subsequentes. Se o preço relativo da FBCF cair, investir se torna mais propício, ao ampliar as chances de se ter uma cesta maior de consumo adiante. O outro ponto diz respeito ao preço do investimento por si, mas contraposto ao de outros países. Numa economia globalizada, a decisão sobre onde operar requer colocar na ponta do lápis o custo de se instalar e atuar em diferentes localidades.

                          O preço do investimento pode ser visto pelas Penn World Tables, versão 8.0 (PWT8), que trazem o preço do investimento (FBCF mais variação de estoques) em termos do preço do PIB dos EUA (preço do PIB dos EUA igual a 1 em 2005). Assim: 

                          • O preço do investimento em 1985, 0,28, era um dos menores dentre amplo leque de países selecionados, ficando só um pouco à frente da China e África do Sul, mas isto se devia em parte à acumulação de capital do final dos anos 1970 e dos problemas decorrentes da crise da dívida externa, algo análogo ao preço barato de uma mercadoria quando esta é de baixa qualidade;
                             
                          • Em 2000, o preço do investimento do Brasil estava em 0,48, um indicador maior do que o da China, Índia e Rússia e África do Sul, mas inferior ao de todos os integrantes do G7, bem como dos países da Europa Ocidental e Setentrional e outros em desenvolvimento;
                             
                          • Em 2011, o preço da inversão atingiu 1,4, estando com preço maior do que este apenas Noruega, Austrália, Honduras, Suécia, Costa Rica e Japão, ou seja, os países dos BRICS, da ASEAN-4 e mesmo o G7 (exceto o Japão) e boa parte da Europa se tornaram mais barato para investir do que o Brasil.

                          O preço do investimento no Brasil também refletiu a melhor distribuição de renda e o dinamismo do mercado interno, tornando o País atraente para empreendimentos num momento em que grandes mercados não davam sinais claros de recuperação após a eclosão da crise e seus desdobramentos. Mas o desafio é justamente manter uma trajetória econômica ascendente com o preço cada vez maior do investimento. Tanto que os dados mais recentes das contas nacionais mostram o incremento do deflator da FBCF. Como atenuante, de 2009 a 2013, o deflator de M&E tem subido menos do que o da FBCF em geral. Em 2013, o deflator da FBCF em M&E subiu 5,4%, enquanto o da FBCF como um todo, 4,9%.

                          Quanto ao preço relativo do investimento fixo, os mesmos dados do IBGE salientam declínio desde 2010, seja relativo ao deflator do PIB, seja ao deflator do consumo final. O mesmo valendo para o preço relativo de máquinas e equipamentos. Aliás, tirando 2007 e 2008, a diminuição do preço relativo da FBCF vem ocorrendo desde 2005. Este tem sido um dado positivo: se a FBCF do Brasil liderou a expansão de 2003 a 2008, tal processo foi acompanhado de recuo no preço relativo da inversão fixa em boa parte do período.

                          Porém, tais números devem ser matizados com aqueles das PWT8: o incremento do investimento até 2008 ocorreu com acréscimo do preço da inversão. Frente a outros países, o Brasil ficou mais caro para quem quer investir, a exemplo de várias economias da Ásia e demais integrantes dos BRICS (dados até 2011), mesmo que investir esteja ficando mais barato do que consumir para quem mora no País.

                          Aliás, comparando com outros países (dados da ONU até 2012 com ano-base em 1985), a diminuição no preço relativo da FBCF no Brasil não chegou ao ponto de experimentar patamar inferior a de países do G7. Frente a países latino-americanos, dos BRICS, Tigres Asiáticos e dos ASEAN-4, há casos em que o preço relativo da FBCF do Brasil ficou abaixo, mas tratam-se justamente de países que em 2011 registraram preço do investimento menor que o brasileiro segundo as PWT8.

                          Em que pese o aprofundamento do capital logrado a partir de 2004, a retração do investimento em 2012, a tímida recuperação econômica de 2013 e um começo de 2014 pouco alentador para o Brasil explicitam a necessidade de se robustecer a economia a partir da formação de capital de sorte a permitir a manutenção e ampliação dos avanços sociais, bem como servir de alicerce para a retomada efetiva da indústria.

                           
                          O Papel do Preço do Investimento Fixo. Se, em 2012 a economia do País pouco cresceu (taxa de 1,0%) e redução de 4,0% na formação bruta de capital fixo (FBCF), o ano de 2013 apresentou melhor desempenho, com incremento de 2,5% do PIB e recuperação da FBCF, com expansão de 5,2%. A crise internacional iniciada em setembro de 2008 interrompeu um período de expansão econômica, caracterizado pelo incremento dos termos de troca e investimento em alta, apesar das dificuldades enfrentadas pela indústria de transformação doméstica. A retomada em 2010-2011 também ocorreu com taxas de inversão elevadas (medidas a preços constantes). Porém o biênio seguinte poria em questão o quão consistente seria de fato tal retomada, especialmente no que diz respeito ao investimento fixo.

                          Quando o dinamismo econômico é liderado pelo investimento, o crescimento industrial tende a ser mais favorecido. Em contrapartida, quando é pelo consumo das famílias, parte maior da demanda é em serviços. Acresça-se que, com a FBCF capitaneando, melhoram-se as condições para combinar crescimento com menor pressão sobre os preços em geral.

                          De fato, o caráter primacial do preço do investimento fixo requer analisar duas questões. Primeiramente, o preço da inversão por si só importa: investir num país exige mais ou menos recursos do que em outro? Numa economia globalizada, decidir imobilizar recursos na forma de maquinaria e instalações exige colocar na ponta do lápis os preços de se investir em diferentes localidades. Logo, transnacionais e até empresas que atuam num determinado país consideram ou passam a levar em conta distintas opções para operações.

                          A outra questão está no preço relativo da FBCF: o empreendedor tende a se arriscar mais havendo perspectivas de ter maior retorno real em períodos futuros. Assim, se o preço relativo da inversão fixa declinar significa que o momento se mostra mais propício para a empreitada, uma vez que esta irá lhe proporcionar uma cesta maior de consumo mais adiante.

                          Comparando o Nível do Preço do Investimento. O primeiro ponto – o preço do investimento per se – pode ser tratado pelas Penn World Tables em sua versão 8.0 (PWT8). Estas tabulações trazem o preço do investimento – FBCF mais variação de estoques – para extensa gama de países desde 1950, indo até 2011. Tal índice toma como parâmetro o preço do PIB dos EUA (equivalente a 1 para o ano de 2005).

                          Antes de prosseguir, vale um alertar que, como qualquer bem ou serviço, um elevado preço da inversão pode ser consequência da alta qualidade das máquinas, equipamentos, instalações etc. Ademais, uma redução no preço do investimento pode ser seguida ou acompanhada de incremento no investimento, com a referida queda criando condições propícios para a retomada da inversão. Porém o incremento da formação bruta pode ser acompanhado de aumento de seu preço. Nesta situação, o preço do investimento é efeito, não causa. O ponto crucial consiste no fato de tal aumento poder se tornar óbice, em especial se não forem criados diferenciais (qualidade, ambiente para investir etc.) que valham o custo maior.

                          Mesmo sem contrapor a outros países, é possível ver o quão cresceu tal medida do preço da inversão no Brasil. Em 1985, o nível do preço da formação bruta de capital estava em 0,28 (ante 1 para o preço do PIB dos EUA em 2005) e terminou registrando 1,35 em 2011.

                          Aliás, o preço em 1985 era um dos menores tomando-se amplo espectro de países, ficando só um pouco à frente da China e África do Sul. Todavia este preço abaixo se devia em parte à acumulação de capital do final dos anos 1970 e dos problemas decorrentes da crise da dívida externa. Algo análogo ao preço barato de uma mercadoria quando esta é de baixa qualidade. Depois de recuar em 1986, o preço em tela aumentou até 1990, com a alta inflação do Brasil. Com isto neste último ano, o preço da inversão do País se encontrava acima daquele dos integrantes dos ASEAN-4 – Malásia, Filipinas, Tailândia e Indonésia –, assim como dos demais membros dos BRICS. Também superou os de outros países sul-americanos, da Europa Oriental e mesmo de Canadá e dos Estados Unidos.
                           


                           

                           


                          Posteriormente, com a recessão enfrentada pelo País em 1991-1992, o preço do investimento retrocedeu. O mesmo cresceu até 1994 na esteira do processo de estabilização dos preços no País. Daí declinou até 1999. Este período de queda do preço da formação bruta coincide em larga medida com o chamado miniciclo do investimento, de 1995 a 1998. Assim, mesmo a redução do preço da inversão não tendo sido elevada, ocorreu pari passu a um aumento da FBCF: o comportamento do preço concorreu para ampliar os investimentos.

                          Em 1999, o Brasil passou para um regime de câmbio flutuante, ocorrendo uma depreciação cambial. Embora em 2000, tenha havido apreciação cambial e aumento no preço do investimento frente ao ano anterior, o patamar do preço do investimento, ficou abaixo daquele observado em 1990. Com tal patamar em 2000, o Brasil apresentou um indicador maior do que o da China, Índia e Rússia e África do Sul, mas inferior ao de todos os integrantes do G7, bem como dos países da Europa Ocidental e Setentrional constantes do gráfico.
                           


                          Até 2002, o preço da inversão declinou, ficando em 0,36, o menor nível desde 1987. Daí em diante o preço do investimento passou a crescer, mesmo com a apreciação cambial, que costuma baratear os bens de capital transacionáveis – máquinas e equipamentos. É provável que, de 2004 a 2008, a expansão da inversão, devido ao acréscimo da renda e melhorias na distribuição de renda, concorreu para o aumento no preço da formação bruta pelo próprio incremento na procura por maquinarias, instalações, construções e habitações. Assim, em 2008, ano da eclosão da crise internacional, preço do investimento do Brasil atingiu 0,98, considerando como parâmetro o preço do PIB dos EUA em 2005 (igual a 1).

                          Em 2009, o recuo da FBCF do Brasil foi acompanhado de ligeiro acréscimo no preço do investimento. O incremento do preço da formação bruta ocorreu até 2011, último ano com disponibilidade de dados pelas PWT8. Desta forma, à frente do Brasil, estão Noruega, Austrália, Honduras, Suécia, Costa Rica e Japão. Assim os países dos BRICS, da ASEAN-4 e mesmo o G7 (exceto o Japão) e boa parte da Europa se tornaram mais barato para investir do que o Brasil.

                          Numa economia global, a decisão de imobilizar recursos na forma de maquinaria e instalações envolve confrontar os preços de se investir em diferentes localidades. Logo, transnacionais consideram distintas opções para a (re)localização de suas plantas. E há evidências sobre haver uma relação negativa entre nível de preço do investimento e agregação de valor na indústria de transformação.

                          Assim os dados até 2011 das PWT8 realçam a alta do preço do investimento frente ao de outros países acenando para dificuldades em se recolocar a economia brasileira no rumo trilhado de 2004 a 2008. Aliás, não apenas recolocar, mas também adequar as políticas econômicas às especificidades da redistribuição de renda e melhoria social da população. Até porque o contexto internacional está longe de ser o mesmo.
                           




                          Comportamento do Investimento Fixo e seu Preço Relativo. Recolocar o investimento para capitanear a economia tem sido um desafio, até por falhas de coordenação, comunicação das autoridades governamentais. Um enfoque mais detido requer observar mais variáveis. Afora o próprio deflator da formação bruta de capital fixo (FBCF), devem ser observados o deflator da FBCF em máquinas e equipamentos (M&E), bem como os preços relativos da FBCF e da FBCF em M&E.

                          Como visto, em 2010 e 2011 o preço do investimento no Brasil já rivalizava com o de países “caros” (boa parte, economias avançadas), atuando no sentido contrário à atração empreendimentos estrangeiros. Em 2010, o deflator da FBCF cresceu 3,3%, enquanto o investimento em M&E, apenas 0,6%. No ano seguinte, ambos os deflatores cresceram 4,0% e 2,6%, respectivamente. Em 2012, os deflatores da FBCF e da FBCF-M&E cresceram mais ainda e no mesmo patamar, 4,2%. Ou seja, de 2010 a 2012, houve incremento no preço da FBCF, mais do que da FBCF em máquinas e equipamentos. Isso está em linha com os programas habitacionais, construções de arenas para a Copa do Mundo e obras de infraestrutura de vulto como as hidrelétricas na Amazônia, que concorrem para o aumento dos preços da FBCF em construções.

                          Em 2013, o deflator de inversão em M&E cresceu mais do que o da FBCF como um todo, ano em que a indústria de transformação se recuperou, crescimento de 2,7% (em 2013, houve retração de 2,4%). De qualquer modo, como um todo, os dados apontam para ampliação do preço do investimento nos moldes como é elaborado no âmbito das PWT8.
                           


                          Passando para os preços relativos da FBCF, analisa-los é útil, pois o empreendedor tende a se arriscar mais, caso haja maiores perspectivas de retorno real em exercícios futuros. Ilustrando, se o preço relativo da inversão fixa declinar significa que investir ficou relativamente menos oneroso que os outros bens e serviços: o momento se mostra mais propício para a empreitada que lhe proporcionará uma cesta maior de consumo mais adiante. Os preços relativos estão expostos tanto em termos do PIB quanto em termos do consumo final. A razão entre deflatores da FBCF e do consumo final permite expurgar possíveis efeitos do preço das exportações de bens e serviços, presentes no caso do deflator do PIB.

                          Tendo em conta a possibilidade de certa superestimação no comportamento dos preços relativos da FBCF em fins dos anos 1980, estes não mais voltaram a níveis tão baixos quanto os logrados em grande parte a década de 1970. Entretanto, no passado recente, vem se observando alinhamento entre expansão econômica com ampliação da taxa de FBCF e diminuição no preço relativo da inversão fixa.

                          Atendo-se ao preço relativo da FBCF, com 1985 como ano-base (preço relativo nele igual a 1), o mesmo aumentou quase sem interrupções de 1999 a 2004, saindo de 0,96 para 1,10, pico do século XXI. O preço relativo da inversão fixa em termos do Consumo Final (CF) se comportou de modo similar, alcançando 1,07 em 2004, também a maior magnitude do século atual. Logo, de 1999 a 2004, investir em instalações e M&E foi se tornando relativamente mais caro do que consumir.

                          A partir de 2005, o preço relativo da FBCF passou a declinar, chegando a 1,05 em 2007. Quanto à razão entre deflatores da FBCF e do consumo final, recuou para 1,01. Em 2008 – ano de expansão, mas também do início da crise internacional – e em 2009, o preço relativo do investimento fixo em termos tanto do PIB quanto do CF cresceu para 1,08 e 1,05, respectivamente. Quanto ao preço relativo da FBCF em maquinaria, no período seguinte ao miniciclo de inversão, teve aumento até 2005 (em termos de PIB) e até 2004 (em termos de CF). Depois, a razão entre deflatores da FBCF em M&E se retraiu até 2007, em relação, seja ao produto agregado, seja ao consumo final. Mas, distinguindo-se do preço relativo da FBCF, o preço relativo da FBCF em M&E voltou a cair já em 2009.

                          Quer o preço relativo do investimento fixo quer o preço relativo da FBCF em M&E declinaram até 2013. Os preços relativos da FBCF em termos do PIB e em termos do CF desceram, pela ordem, até 0,97 e 0,94. Tais patamares em 2013 foram os mais baixos desde 1999. A razão entre deflator da FBCF em máquinas e equipamentos e deflator do PIB e a razão entre aquele e o deflator do consumo final declinaram até 1,12 e 1,08, os menores desde 1987. Isto é, após o investimento fixo – total e em M&E – ter recuado em 2012, os preços relativos continuaram a declinar, processo que vem ocorrendo desde 2010, contribuindo para a recuperação da FBCF em 2013.

                          No entanto os números acima devem ser matizados com aqueles das PWT8, anteriormente expostos. Se o incremento do investimento até 2008 ocorreu com aumento do preço da inversão, de 2004 a 2007, o preço relativo da FBCF, em termos seja do PIB, seja do consumo final, declinou. Logo, para o empreendedor doméstico, foi sinalizado um preço de bens de capital em termos de bens de consumo menor, favorecendo neste sentido o investimento. Com o mercado doméstico aquecido, as oportunidades de negócio cresceram. Após 2008, tais preços relativos voltaram a declinar, concomitantemente a um preço do investimento cada vez mais alto frente a outros países até 2011, conforme as PWT8. Resumindo, o Brasil se tornou mais caro para investir do que outras economias a exemplo de vários países do G7, asiáticos e demais integrantes dos BRICS, embora investir esteja ficando mais barato do que consumir para quem reside no País (de acordo com as contas nacionais para dados até 2013).
                           

                           


                          Comparação Internacional: O Preço Relativo da FBCF em Termos do PIB. Tratando de forma comparada, pode ser contrastada a razão entre deflatores da FBCF e do PIB do Brasil com a de outros países a partir de base de dados da ONU. O ano-base adotado foi 1985. Logo para este ano todos os países registram o mesmo patamar, de 1,00. Uma limitação é que os dados mais atuais são para 2012.

                          Vale lembrar que, de 2010 a 2013, o preço relativo da inversão fixa do Brasil declinou. Em 2012, o nível desta razão de deflatores ficou em 0,99, continuando a diminuir no ano seguinte, quando chegou a 0,97. Ou seja, um patamar abaixo do de 1985, sendo que a última vez que  ficou em situação menor que em 2013 foi em 1999. Dentre as economias do G-7, o preço relativo da FBCF ficou praticamente estável de 2010 a 2012, mas todos ficando em patamar inferior ao brasileiro.

                          Passando para os Tigres Asiáticos e os ASEAN-4, apenas Cingapura (tigre), Filipinas e Indonésia (dos ASEAN-4) experimentaram recuo de seus respectivos preços relativos de 2010 a 2012. Cingapura, Filipinas e Malásia registraram, em 2012, preço relativo da FBCF abaixo do brasileiro. Por sua vez, os tigres Coréia do Sul, Hong Kong e os demais dos ASEAN-4, Indonésia e Tailândia observaram, em 2012, preço relativo acima do brasileiro.

                          Dentre os BRICS selecionados, África do Sul foi o único país cuja razão entre deflatores da inversão fixa e do PIB recuou tanto em 2010 quanto em 2011. África do Sul e Índia terminaram a série com preço relativo do investimento fixo abaixo do brasileiro. Quanto à China, chegou em 2011 com esse indicador acima daquele do Brasil, lembrando que tais resultados consideram 1985 na condição de ano-base.

                          Já Argentina, Chile, Colômbia e México chegaram em 2011 com um preço relativo da FBCF abaixo do brasileiro, embora só Colômbia tenha logrado diminuição do indicador em todos os anos, de 2010 a 2012.
                           

                           

                           

                           


                          O Preço Relativo do Investimento Fixo em Termos do Consumo Final. Este segundo grupo de comparação possui caráter complementar, pois o preço da formação bruta de capital fixo é contrastado com o preço do que é gasto pelas famílias e pelo governo, sem a influência que preço das exportações pode exercer no deflator do PIB.

                          Calculando-se o preço relativo da FBCF em termos do consumo final – consumo das famílias e consumo do governo –, constata-se que o indicador para o Brasil pouco se distingue da razão entre deflator da FBCF e deflator do PIB. No entanto, por expurgar possíveis impactos dos preços das exportações, permite confrontar melhor as opções de investir e consumir considerando os preços dos dois atos.

                          Neste sentido, pelas comparações internacionais, cumpre ressaltar que a República da Coreia e a China apresentaram, em 2012, uma razão entre deflatores da FBCF e do consumo final inferior à brasileira (1985 como ano-base). Pelo preço relativo do investimento fixo em termos do produto agregado, ambos os países terminaram a série com indicadores maiores que o do Brasil. Tal diferença provavelmente explicita o peso das vendas externas nessas economias asiáticas.
                           

                           

                           

                           

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                          Embora não faltem especulações sobre ganhadores e perdedores da elevação de tarifas comerciais pelos EUA, os cenários mais recentes dos organismos multilaterais indicam enfraquecimento do PIB global e do comércio internacional. 

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                          Carta IEDI n. 1314 - Desempenho modesto na indústria de menor intensidade tecnológica
                          Publicado em: 23/05/2025

                          No 1º trim/2025, o déficit da balança de bens da indústria de transformação voltou a aumentar, devido a um desempenho inferior dos ramos de menor intensidade tecnológica.

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                          Carta IEDI n. 1313 - Perda de tração industrial
                          Publicado em: 13/05/2025

                          No 1º trim/25, a indústria cresceu menos do que vinha crescendo na segunda metade de 2024, sendo que bens de capital e intermediários ficaram entre os que mais perderam dinamismo.

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                          Carta IEDI n. 1312 - Indústria em 2024: mais produção, mais emprego
                          Publicado em: 09/05/2025

                          Em 2024, devido ao crescimento robusto e difundido entre os diferentes ramos da indústria, o emprego industrial se expandiu, superando o aumento do emprego do agregado do setor privado.

                           

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                          Carta IEDI n. 1311 - Um começo de ano fraco e incerto
                          Publicado em: 30/04/2025

                          Em fev/25, a indústria brasileira somou cinco meses consecutivos sem crescimento, um quadro que se agrava com o aumento das incertezas mundiais.

                           

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                          Carta IEDI n. 1310 - Destaques do comércio exterior do Brasil
                          Publicado em: 28/04/2025

                          Em 2024, o Brasil comprou mais e de mais parceiros internacionais do que conseguiu ampliar e diversificar nossas exportações de manufaturados, o oposto do que precisaria fazer para enfrentar as mudanças atuais no comércio mundial.

                           

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                          Carta IEDI n. 1309 - Brasil e Mundo: divergência do desempenho industrial no final de 2024
                          Publicado em: 17/04/2025

                          No 4º trim/24, enquanto a indústria brasileira se desacelerava, o dinamismo da indústria global ganhou força, apesar do aumento de tensões e incertezas.

                           

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                          Carta IEDI n. 1308 - Brasil no Panorama Global da Indústria
                          Publicado em: 07/04/2025

                          O Brasil melhora sua posição no ranking global da manufatura, mas sem ampliar sua participação no valor adicionado total do setor.

                           

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