Carta IEDI
A Indústria em Fevereiro de 2014: Pequeno Progresso
A produção industrial brasileira teve um pequeno progresso no primeiro bimestre de 2014. De acordo com os dados do IBGE, a indústria avançou 0,4% em fevereiro comparativamente ao mês anterior, na série com dados dessazonalizados, após alta de 3,8% em janeiro. Isto representa um crescimento de 1,3% no bimestre, em comparação com igual período do ano anterior. Como a média móvel trimestral, negativa até janeiro, passou a ser ligeiramente positiva em fevereiro (0,1%), a indústria logrou recuperar a forte queda ocorrida no final do ano passado.
O crescimento em fevereiro relativamente a janeiro de 2014 contou com a elevação na fabricação de 19 dos 27 ramos industriais e três das quatro categorias de uso investigadas (bens de consumo duráveis (3,3%), bens de intermediários (0,8%) e bens de capital (0,1%)). A atividade que mais se destacou em termos de contribuição para a média da indústria total foi a de veículos automotores, com elevação de 7,0%, que somada ao avanço de janeiro acumula expansão de 16,8% neste primeiro bimestre de 2014, recuperando parte das perdas de outubro/dezembro de 2013 (23,5%).
Na comparação com fevereiro de 2013, a expansão da indústria total em fevereiro último foi de 5%. Contudo, é preciso lembrar que há efeito calendário neste resultado, porque fevereiro deste ano teve 2 dias úteis a mais do que no ano passado. Houve aumento em 21 gêneros industriais - também liderado pelo crescimento de veículos automotores (12,9%). Entre as categorias, bens de consumo duráveis (20,9%) e bens de capital (12,4%) registraram elevação na produção de dois dígitos em fevereiro de 2014 em relação a fevereiro de 2013, bens de consumo semi e não duráveis (3,6%) e de bens intermediários (1,1%) também assinalaram taxas positivas.
Destaca-se que em bens de consumo duráveis, a expansão de 20,9% em fevereiro de 2014 frente a fevereiro de 2013 foi a mais elevada desde março de 2010 (25,8%), tendo a queda interrompido 4 meses seguidos de variações negativas. As principais contribuições advieram de automóveis (21,1%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (87,8%), bem como telefones celulares (26,1%), de motocicletas (7,3%), de eletrodomésticos da “linha branca” (2,3%), de outros eletrodomésticos (9,1%) e de artigos do mobiliário (5,6%).
O crescimento de 12,4% de bens de capital em fevereiro de 2014 em relação ao mesmo mês do ano anterior foi o décimo quarto resultado positivo consecutivo, com aumento de produção em todos subsetores. Também a expansão de bens de consumo semi e não-duráveis (3,6%) derivou da maior produção em todos os setores, sendo que o resultado de fevereiro interrompeu seis meses de variações negativas. E ainda, a maior produção de bens intermediários (1,1%) interrompeu dois meses de redução na produção. Nesta categoria vale salientar o crescimento de insumos para construção civil (2,9%), após dois resultados negativos consecutivos, e de embalagens (1,7%), após três resultados negativos.
Assim, o primeiro bimestre de 2014 acumula avanço positivo de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, influenciado pelas expansões em bens de capital (8,0%) e bens de consumo duráveis (6,9%). Por sua vez, a produção de bens intermediários diminuiu 0,8% e a de bens de consumo semi e não duráveis cresceu apenas 0,1%. Ainda é cedo para comemorar e afirmar uma tendência altista na produção industrial brasileira, dadas algumas singularidades dos resultados da produção de automóveis e de bens de capital neste início do ano - veremos o que a informação de março vai revelar.
Resultados da Indústria. De acordo com os dados do IBGE, a indústria brasileira avançou 0,4% em fevereiro comparativamente ao mês anterior, na série com dados dessazonalizados, após alta de 3,8% em janeiro. Tal crescimento se deu pela alta na fabricação de 19 dos 27 ramos industriais e três das quatro categorias de uso (bens de consumo duráveis (3,3%), bens de intermediários (0,8%) e bens de capital (0,1%)). A atividade que mais se destacou em termos de contribuição para a média da indústria total foi a de veículos automotores, com elevação de 7,0%, que somada ao avanço de janeiro acumula expansão de 16,8% neste primeiro bimestre de 2014.
Na comparação com fevereiro de 2013, houve uma alta da produção industrial de 5%. Contudo, é preciso lembrar que há efeito calendário neste resultado de fevereiro, porque teve 2 dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior. Bens de consumo duráveis (20,9%) e bens de capital (12,4%) registraram elevação na produção de dois dígitos em fevereiro de 2014, bens de consumo semi e não duráveis (3,6%) e de bens intermediários (1,1%) também apontaram taxas positivas.
Em bens de consumo duráveis, a expansão de 20,9% foi a mais elevada desde março de 2010 (25,8%), tendo a queda interrompido 4 meses seguidos de queda neste tipo de comparação. As principais contribuições advieram de automóveis (21,1%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (87,8%), bem como telefones celulares (26,1%), de motocicletas (7,3%), de eletrodomésticos da “linha branca” (2,3%), de outros eletrodomésticos (9,1%) e de artigos do mobiliário (5,6%). O crescimento de 12,4% de bens de capital em fevereiro de 2014 frente ao mesmo mês do ano anterior foi o décimo quarto resultado positivo consecutivo. Todos setores aumentaram a produção, sendo as contribuições mais expressivas as de bens de capital para equipamentos de transporte (15,5%), bens de capital para construção (44,5%), de uso misto (7,1%), para fins industriais (6,2%), agrícola (2,0%) e para energia elétrica (0,9%).
Também na comparação com fevereiro de 2013, a expansão de bens de consumo semi e não-duráveis (3,6%) interrompeu seis meses de resultados negativos consecutivos. Neste mês todos os grupamentos da categoria cresceram, especialmente alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,0%), carburantes (10,9%), outros não-duráveis (1,7%) e de semiduráveis (4,9%). E ainda, a maior produção de bens intermediários (1,1%) interrompeu dois meses de redução na produção. Neste fevereiro de 2014 em relação a fevereiro de 2013, o crescimento se deveu essencialmente às atividades de alimentos (6,7%), borracha e plástico (6,7%), minerais não-metálicos (1,7%), indústrias extrativas (0,9%), metalurgia básica (0,7%), produtos têxteis (1,8%) e veículos automotores (0,6%). Por outro lado, houve queda na fabricação de refino de petróleo e produção de álcool (-2,0%), outros produtos químicos (-2,4%), produtos de metal (-5,7%) e celulose, papel e produtos de papel (-1,3%). Também assinalaram crescimento os grupamentos de insumos para construção civil (2,9%), após dois resultados negativos consecutivos, e de embalagens (1,7%), após três.
A elevação de 0,4% na produção industrial de fevereiro de 2014 com relação a janeiro deste ano, na série com ajustamento sazonal, foi registrada em 19 das 27 atividades pesquisadas pelo IBGE. A expansão foi liderada por veículos automotores (7,0%), segundo resultado positivo consecutivo, registrando crescimento acumulado de 16,8% e recuperando parte das perdas de outubro/dezembro de 2013 (23,5%). Também influenciaram o crescimento da média do total da indústria equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (17,6%), bebidas (5,1%), alimentos (1,4%), borracha e plástico (4,2%), metalurgia básica (2,8%) e fumo (25,2%). De outro modo, as principais influências negativas vieram de farmacêutica (-9,7%) e outros produtos químicos (-3,1%), sendo que o primeiro tinha crescido 30,8% no mês anterior.
A produção industrial de fevereiro de 2014 comparado a fevereiro de 2013 assinalou aumento em 21 gêneros industriais, sempre lembrando que o mês teve 2 dias úteis a mais do que no ano passado. O crescimento na produção de veículos automotores (12,9%) liderou a expansão da média geral, seguida por material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (43,3%), máquinas e equipamentos (9,3%), outros equipamentos de transporte (14,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%), farmacêutica (10,0%), alimentos (2,6%), bebidas (7,1%), vestuário e acessórios (27,4%) e borracha e plástico (6,8%). Por sua vez, ainda os principais impactos negativos vieram de edição, impressão e reprodução de gravações (-7,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,7%), outros produtos químicos (-2,5%) e produtos de metal (-3,7%).
Finalmente, o primeiro bimestre de 2014 acumula avanço positivo de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, influenciado pelas expansões em bens de capital (8,0%) e bens de consumo duráveis (6,9%). Por sua vez, a produção de bens intermediários diminuiu 0,8% e a de bens de consumo semi e não duráveis cresceu apenas 0,1% no índice acumulado no ano. Na medição por atividades, o índice acumulado janeiro-fevereiro de 2013 registrou evolução tímida de 1,3%, com 13 dos 27 ramos investigados apontando taxas positivas. Destaca-se a evolução positiva de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (35,4%) e de máquinas e equipamentos (8,1%), bem como de máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%), outros equipamentos de transporte (11,8%), farmacêutica (3,4%) e vestuário e acessórios (12,3%). Já os principais resultados negativos aconteceram em edição, impressão e reprodução de gravações (-9,2%), produtos de metal (-6,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,8%) e veículos automotores (-1,3%).
Desempenho por Categoria de Uso. Por categoria de uso, verificou-se crescimento na produção industrial em fevereiro de 2013 em relação a janeiro do mesmo ano em 3 delas : bens de consumo duráveis (3,3%) - após ter avançado também 3,8% em janeiro anterior relativamente à dezembro de 2013, bens de intermediários (0,8%) e bens de capital (0,1%), que cresceu pouco após o bom resultado de 13,3% em janeiro. Apenas o setor de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) registrou ligeira queda, o segundo avanço consecutivo nesse tipo de confronto, acumulando nesse período ganho de 10,9%.
Na comparação de fevereiro de 2014 com fevereiro de 2013, considerando que neste ano o mês teve 2 dias úteis a mais do que no ano anterior, todas as categorias registraram forte crescimento. Em bens de consumo duráveis, a expansão de 20,9% foi a mais elevada desde março de 2010 (25,8%), tendo a queda interrompido 4 meses seguidos de queda neste tipo de comparação. As principais contribuições advieram de automóveis (21,1%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (87,8%), bem como telefones celulares (26,1%), de motocicletas (7,3%), de eletrodomésticos da “linha branca” (2,3%), de outros eletrodomésticos (9,1%) e de artigos do mobiliário (5,6%).
O crescimento de 12,4% de bens de capital em fevereiro de 2014 frente ao mesmo mês do ano anterior foi o décimo quarto resultado positivo consecutivo. Todos setores aumentaram a produção, sendo as contribuições mais expressivas as de bens de capital para equipamentos de transporte (15,5%), bens de capital para construção (44,5%)- décima primeira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, de uso misto (7,1%), para fins industriais (6,2%), agrícola (2,0%) e para energia elétrica (0,9%).
Também na comparação com fevereiro de 2013, a expansão de bens de consumo semi e não-duráveis (3,6%) interrompeu seis meses de resultados negativos consecutivos. Neste mês todos os grupamentos da categoria cresceram, especialmente alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,0%), carburantes (10,9%), outros não-duráveis (1,7%) e de semiduráveis (4,9%).
A maior produção de bens intermediários (1,1%) interrompeu dois meses de redução na produção. Neste fevereiro de 2014 em relação a fevereiro de 2013, o crescimento se deveu essencialmente às atividades de alimentos (6,7%), borracha e plástico (6,7%), minerais não-metálicos (1,7%), indústrias extrativas (0,9%), metalurgia básica (0,7%), produtos têxteis (1,8%) e veículos automotores (0,6%). Por outro lado, houve queda na fabricação de refino de petróleo e produção de álcool (-2,0%), outros produtos químicos (-2,4%), produtos de metal (-5,7%) e celulose, papel e produtos de papel (-1,3%). Também assinalaram crescimento os grupamentos de insumos para construção civil (2,9%), após dois resultados negativos consecutivos, e de embalagens (1,7%), após três.
Finalmente, o primeiro bimestre de 2014 acumula avanço positivo de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, influenciado pelas expansões em bens de capital (8,0%) e bens de consumo duráveis (6,9%), sobretudo puxados pela maior produção de bens de capital para transporte, para construção e para fins industriais, no primeiro segmento, e de eletrodomésticos da “linha marrom”, motocicletas e telefones celulares, no segundo. Por sua vez, a produção de bens intermediários diminuiu 0,8% e a de bens de consumo semi e não duráveis cresceu apenas 0,1% no índice acumulado no ano.
Por Dentro da Indústria de Transformação: Gêneros e Subsetores. A elevação de 0,4% na produção industrial de fevereiro de 2014 com relação a janeiro deste ano, na série com ajustamento sazonal, foi registrada em 19 das 27 atividades pesquisadas pelo IBGE. A expansão foi liderada por veículos automotores (7,0%), segundo resultado positivo consecutivo, registrando crescimento acumulado de 16,8% e recuperando parte das perdas de outubro/dezembro de 2013 (23,5%). Também influenciaram o crescimento da média do total da indústria equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (17,6%), bebidas (5,1%), alimentos (1,4%), borracha e plástico (4,2%), metalurgia básica (2,8%) e fumo (25,2%). De outro modo, as principais influências negativas vieram de farmacêutica (-9,7%) e outros produtos químicos (-3,1%), sendo que o primeiro tinha crescido 30,8% no mês anterior.
A produção industrial de fevereiro de 2014 comparado a fevereiro de 2013 assinalou aumento em 21 gêneros industriais, sempre lembrando que o mês teve 2 dias úteis a mais do que no ano passado. O crescimento na produção de veículos automotores (12,9%) liderou a expansão da média geral, devido à elevação nas atividades de automóveis, de veículos para transporte de mercadorias, de chassis com motor para caminhões e ônibus, de caminhão-trator para reboques e semirreboques e de caminhões. Também influenciaram o total nacional material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (43,3%), máquinas e equipamentos (9,3%), outros equipamentos de transporte (14,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%), farmacêutica (10,0%), alimentos (2,6%), bebidas (7,1%), vestuário e acessórios (27,4%) e borracha e plástico (6,8%). Em termos de produtos, as pressões positivas mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, televisores e telefones celulares; motoniveladores, carregadoras-transportadoras, empilhadeiras propulsoras, fornos de micro-ondas, fogões de cozinha, máquinas para o setor de celulose, silos metálicos para cereais, aparelhos de arcondicionado, aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias e centros de usinagem para trabalhar metais; aviões e motocicletas; peças e acessórios para equipamentos de informática, monitores de vídeo para computadores e impressoras; medicamentos; açúcar cristal, biscoitos e bolachas, leite em pó, sorvetes, picolés e carnes e miudezas de aves congeladas; cervejas, chope, refrigerantes e preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas; calcinhas, sutiãs, camisetas de malha de algodão, vestidos, calças compridas de uso masculino, roupas de dormir ou de banho e camisas; e peças e acessórios de plástico e de borracha para indústria automobilística e pneus para caminhões, ônibus e automóveis. Por sua vez, ainda na comparação com mesmo mês do ano anterior, os principais impactos negativos sobre a média de variação da produção industrial brasileira vieram de edição, impressão e reprodução de gravações (-7,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,7%), outros produtos químicos (-2,5%) e produtos de metal (-3,7%), pressionados, em grande parte, pelos recuos na fabricação de jornais, revistas, livros e cds, no primeiro ramo, de aparelhos elétricos de alarme para proteção, fios, cabos e condutores elétricos, transformadores e quadros, painéis, cabines e outros suportes equipados com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção, no segundo, policloreto de vinila (PVC), inseticidas para uso na agricultura, polipropileno (PP), superfosfatos e polietileno de alta densidade (PEAD), no terceiro, e partes e peças para bens de capital, latas de alumínio para embalagens e estrutura de ferro e aço, no último.
O índice acumulado janeiro-fevereiro de 2013, comparado a igual período do ano anterior, registrou evolução tímida de 1,3%, com 13 dos 27 ramos investigados apontando taxas positivas. Destaca-se a evolução positiva de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (35,4%) e de máquinas e equipamentos (8,1%), bem como de máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%), outros equipamentos de transporte (11,8%), farmacêutica (3,4%) e vestuário e acessórios (12,3%). Já os principais resultados negativos aconteceram em edição, impressão e reprodução de gravações (-9,2%), produtos de metal (-6,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,8%) e veículos automotores (-1,3%).
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)
Utilização de Capacidade. Os dados da FGV para a utilização da capacidade ociosa, com ajuste sazonal, de fevereiro de 2014 seguiram o mesmo patamar de janeiro: 84,6%. Tal resultado mantém a maior marca obtida desde janeiro de 2011. Já na série sem ajuste sazonal, a utilização registrada foi de 83,8%, denotando nesse caso um crescimento em relação a janeiro, cuja marca foi 83,1%.
A manutenção de um patamar na utilização de capacidade instalada em fevereiro de 2014 em relação a janeiro também se constata nos dados da CNI com ajuste sazonal, cujos resultados evoluíram apenas 0,1 p.p., de 82,5% para 82,6%. Na série não ajustada, houve também um crescimento de 80,8% para 81,3% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano.