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                          Carta IEDI

                          Edição 1021
                          Publicado em: 03/08/2020

                          O ranking da indústria mundial sob a Covid-19

                          Sumário

                          Em 2020, a indústria mundial perdeu 7,4% de sua produção até o mês de maio devido à pandemia de Covid-19, como mostraram na semana passada os dados mais recentes divulgados pelo CPB Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis, que acompanha mensalmente o desempenho do setor.

                          Embora as quedas tenham afetado os parques industriais de todas as regiões do globo, diretamente, devido às medidas de isolamento e distanciamento social nas áreas mais afetadas pelo coronavírus, ou indiretamente, por meio do declínio do crescimento econômico e do comércio internacional, os resultados se mostram bastante assimétricos quanto a sua  intensidade.

                          No agregado das economias avançadas, onde a indústria recuou -9,5% em jan-mai/20 frente a igual período do ano anterior, a região mais prejudicada é a Zona do Euro, com resultado de -13,6%. Nas economias emergentes, cuja produção industrial caiu -5,5% no mesmo período, é a América Latina quem apresenta o pior desempenho: -12,5%.

                          A gravidade da crise sanitária e a efetividade das respostas dos governos para fortalecer os sistemas de saúde bem como para preservar empregos e o funcionamento das empresas são fatores importantes para explicar as diferenças de resultado. 

                          No caso da América Latina, como já haviam alertado organizações internacionais como o FMI e o Banco Mundial, o desafio imposto pela pandemia tende a ser mais grave, dado o elevado nível de informalidade de suas economias, dificultando a adoção de medidas mais rígidas de isolamento social, a limitada capacidade de seus sistemas de saúde, a dependência da exportação de commodities e, em muitos países, a participação importante do financiamento externo e do turismo.

                          Outro aspecto a provocar situações distintas no desempenho industrial dos países é que nem todos se encontram na mesma fase da crise. Alguns já controlaram o surto mais grave de Covid-19 e estão há mais tempo em rota de normalização de sua economia, como é o caso da China. Outros conseguiram agir rapidamente e impediram o espalhamento do vírus, como a Noruega.

                          Há ainda aqueles que começam a flexibilizar o lockdown que até pouco vigorava, como em muitos países europeus. E há também quem ainda não tenha conseguido obter sinais de que o número de casos e de mortes por coronavírus esteja em desaceleração, como em muitos latino-americanos, a exemplo do Brasil.

                          A despeito dos diferentes momentos em que os países se encontram frente à pandemia, o resultado acumulado nos cinco primeiros meses de 2020 indica que a indústria de pouquíssimos países tem conseguido contornar os efeitos adversos da pandemia. Um levantamento do IEDI feito com 43 países mostra que em 86% dos casos tem ocorrido perda de produção no setor.

                          Os dados utilizados são da OCDE, IBGE, Eurostat e do National Bureau of Statistics of China. Para que o tamanho da amostra fosse o maior possível, optou-se por trabalhar apenas com as séries com ajuste sazonal, ainda que as comparações utilizadas sejam frente ao mesmo período do ano anterior. Usualmente, o IBGE calcula as comparações interanuais a partir das séries sem ajuste. 

                          Cabe observar também que, em função da celeridade na divulgação dos dados da indústria pelos institutos de pesquisa estatística de cada país, o cômputo do resultado acumulado em 2020 em alguns poucos casos foi somente até o mês de abril.

                          Deste grupo de 43 países, além de a grande maioria ter ficado no vermelho, mais da metade (58%) registrou um ritmo de queda igual ou mais intenso que o total da indústria mundial de -7,4%, segundo os dados mais recentes do CPB. Um recuo de dois dígitos foi registrado por nada menos do que 40% da amostra.

                          No ranking construído pelo IEDI, o Brasil, com -10,7%, aparece neste grupo em pior situação, mas ao menos não estamos no final da fila. A indústria brasileira ocupa a 30ª posição e está à frente de países como Reino Unido, Portugal, Alemanha, África do Sul, Espanha, França  e Itália. 

                          A questão é que muitos destes abaixo de nós no ranking tendem a apresentar aceleração nos próximos meses em função do maior controle sobre a curva epidemiológica da Covid-19 e o fim do lockdown, desde que isso não traga novos surtos. O Brasil, por sua vez, continua vendo a interiorização do coronavírus e a manutenção de elevado número de novos casos.

                          Em contraste, entre as primeiras posições do ranking estão países que mais rapidamente controlaram a pandemia, como a Noruega (+4,4%) e a Coreia do Sul (+0,7%). A indústria da China ainda registra variação negativa, mas está em um movimento de rápida atenuação, como sugere a redução da queda acumulada em 2020 de -8,5% até março para apenas -1,3% até junho.

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                          No 1º trim/25, os grupos de maior intensidade tecnológica foram os que mais desaceleraram, embora tenham se mantido com um desempenho superior ao agregado da indústria de transformação.

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                          No 1º trim/2025, o déficit da balança de bens da indústria de transformação voltou a aumentar, devido a um desempenho inferior dos ramos de menor intensidade tecnológica.

                           

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                          No 1º trim/25, a indústria cresceu menos do que vinha crescendo na segunda metade de 2024, sendo que bens de capital e intermediários ficaram entre os que mais perderam dinamismo.

                           

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                          Em 2024, devido ao crescimento robusto e difundido entre os diferentes ramos da indústria, o emprego industrial se expandiu, superando o aumento do emprego do agregado do setor privado.

                           

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                          Em fev/25, a indústria brasileira somou cinco meses consecutivos sem crescimento, um quadro que se agrava com o aumento das incertezas mundiais.

                           

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                          Em 2024, o Brasil comprou mais e de mais parceiros internacionais do que conseguiu ampliar e diversificar nossas exportações de manufaturados, o oposto do que precisaria fazer para enfrentar as mudanças atuais no comércio mundial.

                           

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                          No 4º trim/24, enquanto a indústria brasileira se desacelerava, o dinamismo da indústria global ganhou força, apesar do aumento de tensões e incertezas.

                           

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