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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 03/05/2018

                          À imagem do 2º trimestre de 2017

                          A recuperação industrial, que já não apresentava muita robustez, ficou ainda mais fraca no início de 2018. Esta é a principal mensagem que trazem os dados divulgados hoje pelo IBGE. Depois de um mês de janeiro particularmente ruim, houve estagnação da produção industrial em fevereiro e março, já descontados os efeitos sazonais. Difícil não reconhecer que a reativação do setor ainda não é um processo consolidado.

                          Na série com ajuste sazonal, o resultado de março foi de -0,1% frente ao mês imediatamente anterior. Com isso, no primeiro trimestre de 2018 a indústria não conseguiu dar nenhum passo à frente em seu percurso de superação da crise recente. Em relação ao quarto trimestre de 2017, o quadro foi rigorosamente de estabilidade da produção física.

                          Já em relação a março do ano passado, houve um crescimento de 1,3%. Este foi o ritmo mais fraco desde meados do ano passado e, além disso, mais da metade dos ramos industriais (14 dos 26) acompanhados pelo IBGE ficaram no negativo ou estáveis. Entretanto, parte desse quadro pouco favorável se deveu à influência do efeito calendário. Março de 2018 contou com dois dias úteis a menos que março de 2017, contribuindo para um sobre dimensionamento da desaceleração neste mês.

                          Apesar desta ressalva, a perda de dinamismo se mantém mesmo se tomarmos o desempenho do primeiro trimestre como um todo, o que tende a diluir o efeito calendário mencionado. Frente a igual período do ano anterior, a alta de 4,9% no 4º trim/17 refluiu para 3,1% no 1º trim/18, o que se repetiu em quase todos os macrossetores industriais.

                          Esta é a segunda vez, desde o pior momento da crise, na passagem de 2015 para 2016, que o movimento de melhora relativa da situação industrial é interrompido. A primeira vez foi no 2º trim/17, cuja virtual estabilidade (+0,4%) conteve o crescimento do setor em 2017. Por isso, este começo de 2018 lembra muito aquele momento, mas para que a semelhança seja completa é preciso que os próximos trimestres retomem alguma aceleração, tal qual ocorreu na segunda metade do ano passado.

                          Destaca-se ainda que o crescimento da produção poderia ter sido ainda mais fraco se a indústria não tivesse tido uma boa performance exportadora no primeiro trimestre. O quantum de manufaturados exportados aumentou 16,5% contra mero 1,9% no último trimestre de 2017. Em contrapartida, a importação de matérias-primas para a indústria é compatível com o menor dinamismo do período: só +0,1% em relação a jan-mar/17.

                          Quanto aos macrossetores, como as variações interanuais abaixo mostram, o único que não sofreu desaceleração foi bens de capital. Mas vale observar que tampouco a produção desses bens registrou avanço adicional. Muitos de seus segmentos, porém, não resistiram e perderam dinamismo, como bens de capital para indústria e para uso misto, ou então para energia, que voltou ao negativo.

                               •  Indústria geral: +1,3% no 1º trim/17; +0,4% no 2º trim/17; +3,1% no 3º trim/17; +4,9% no 4º trim/17 e +3,1% no 1º trim/18;

                               •  Bens de capital: +5,1%; +0,9%; +7,6%; +10,8% e +10,8%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +0,1%; +0,6%; +1,7%; +4,0% e +1,7%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +11,2%; +9,0%; +14,6%; +17,9%; +16,2%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +0,7%; -2,9%; +2,7%; +2,8% e +0,8%, respectivamente.

                          Bens de consumo duráveis continuam sendo o macrossetor com crescimento mais vigoroso, mas mesmo assim se saíram melhor no final do ano passado do que no início deste ano. No geral, a queda do desempenho foi pequena, mas desacelerações importantes ocorreram na produção de automóveis e outros equipamentos de transportes, que inclui motocicletas. Há também quem tenha voltado a cair, como eletrodomésticos da linha branca.

                          Ainda que os resultados de bens de capital e de consumo duráveis não tenham sido dos melhores, foram principalmente os macrossetores de bens intermediários e de consumo semi e não duráveis que estiveram por trás da desaceleração nos primeiros meses de 2018. 

                          No caso de intermediários, foi a primeira vez, deste que atingiu o fundo do poço no 1ºtrim/16, que seu resultado foi inferior ao do trimestre anterior na comparação interanual. O arrefecimento poderia ter sido mais intenso não fosse a presença de ramos exportadores como os intermediários de alimentos e de papel e celulose, que reforçaram suas taxas de crescimento em 2018.

                          Já no caso de semi e não duráveis, seu ritmo de crescimento caiu para menos de 1/3 do último trimestre de 2017 para o primeiro de 2018, em função de vários de seus segmentos, notadamente combustíveis e aqueles de calçados, tecidos e vestuário, cuja recuperação vem enfrentando a concorrência crescente de produtos importados.

                          Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal para o mês de março divulgados hoje pelo IBGE indicam, para dados livres de influência sazonal, que a produção industrial nacional apresentou recuou de 0,1% frente ao mês de fevereiro de 2018, após variar +0,1% em fevereiro. 

                          Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, registrou-se aumento de 1,3%, a décima primeira taxa positiva consecutivamente e a menor desde junho de 2017 (0,8%). Já para o acumulado do ano de 2018, o setor industrial obteve incremento de 3,1% e para o acumulado de doze meses o aumento foi de 2,9%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, obtiveram aumentos os segmentos de bens de capital (2,1%), bens de consumo duráveis (1,0%), bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,2%) e bens de consumo (0,2%). De outra forma, a categoria de bens intermediários apresentou redução de 0,7%.

                          O resultado observado frente ao mês de março de 2017, aponta crescimento de bens de consumo duráveis (15,8%) seguido por bens de capital (8,3%) e bens de consumo (2,0%). Em sentido oposto, foram registradas retrações nos seguimentos de bens semiduráveis e não duráveis (-1,7%) e bens intermediários (-0,2%). Para o índice acumulado do ano, todos os segmentos obtiverem incrementos: bens de consumo duráveis (16,3%), bens de capital (10,8%), bens de consumo0020(3,9%), bens intermediários (1,7%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,8%). 

                          Setores. Na comparação com março de 2017, houve crescimento no nível de produção em 12 dos 26 ramos pesquisados. Os maiores aumentos foram observados nos seguintes setores: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (24,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (17,6%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (10,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,5%), manutenção reparação e instalação de maquinas e equipamentos (8,3%), móveis (7,0%), celulose, papel e produtos de papel (6,5%), metalurgia (6,1%), produtos de madeira (3,7%), máquinas e equipamentos (3,5%), produtos de borracha e material plástico (2,3%) e produtos alimentícios (0,1%). De outro lado, os seguintes segmentos apresentaram retrações: impressão e reprodução de gravações (-0,3%), indústrias extrativas (-1,3%), produtos de fumo (-1,5%), produtos têxteis (-2,0%), produtos de minerais não metálicos (-3,0%), produtos diversos (-3,7%), bebidas (-4,0%), produtos de metal (-4,8%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (-5,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (-6,0%), outros equipamentos de transporte (-6,5%), outros produtos químicos (-6,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,8%) e couro, artigos de viagem e calçados (-8,7%).

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2018 frente à igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou elevação em 16 dos 26 ramos analisados: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (26,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (20,0%), produtos de madeira (11,7%), móveis (8,9%), metalurgia (8,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%), celulose, papel e produtos de papel (7,7%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (7,6%), máquinas e equipamentos (6,3%), produtos de borracha e de material plástico (4,4%), bebidas (4,1%), manut., reparação e instalação de máquinas e equipamentos (4,0%), produtos alimentícios (2,5%), produtos têxteis (2,4%), produtos de fumo (1,2%) e produtos de metal (0,7%). Já os segmentos com variação negativa foram: produtos de minerais não-metálicos (-0,6%), produtos diversos (-1,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,3%), outros produtos químicos (-2,1%), indústrias extrativas (-2,2%), couro, artigos de viagem e calçados (-3,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-4,9%), outros equipamentos de transporte (-5,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustível (-6,0%).

                           

                           

                           

                           

                           

                           

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