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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 03/04/2018

                          Quatro perfis de recuperação

                          Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, a indústria ficou praticamente estagnada em fevereiro deste ano. O resultado de +0,2% frente a janeiro, já descontados os efeitos sazonais, é particularmente baixo, mesmo para o padrão de recuperação que temos visto desde 2017 com variações positivas, porém muito próximas de zero.

                          Deste modo, a tomar pelos últimos dados, o crescimento mais substancial de dezembro do ano passado (+2,9% frente a nov/17) foi quem fugiu à regra, não se renovando no início de 2018. Vale lembrar que, antes da virtual estabilidade de fevereiro, o declínio acentuado de janeiro (-2,2%) já havia se encarregado de anular boa parte do avanço do final de 2017.

                          A recuperação industrial segue, então, igualmente moderada em 2018. Em fevereiro, esta afirmação também foi verdadeira inclusive na comparação interanual, em que baixas bases de comparação ainda ajudam na obtenção de resultados mais robustos. A alta frente a fev/17 foi de apenas 2,8%, muito aquém tanto do ritmo de crescimento de +5% tanto de janeiro como do último trimestre de 2017.

                          Fevereiro de 2018 também foi um mês fraco do ponto de vista setorial. O placar entre os ramos no positivo e no negativo foi muito dividido: dos 26 acompanhados pelo IBGE somente 14 ficaram no azul frente a janeiro na série livre de efeitos sazonais. 

                          O quadro também não é favorável se considerarmos os macrossetores industriais. Bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis registraram perda de produção frente a janeiro, enquanto os bens de capital ficaram praticamente estáveis. O único que cresceu foi o macrossetor de bens de consumo duráveis, como mostra as variações com ajuste sazonal abaixo.

                               •  Indústria Geral: +2,9% em dez/17; -2,2% em jan/18 e +0,2% em fev/18;

                               •  Bens de Capital: 0%; -0,5% e +0,1%, respectivamente;

                               •  Bens Intermediários: +2,0%; -2,2% e -0,7%;

                               •  Bens de Consumo Duráveis: +8,0%; -5,8% e +1,7%;

                               •  Bens de Consumo Semi e Não Duráveis: +3,1%; +0,5% e -0,6%, respectivamente. 

                          Não foi só em fevereiro que o desempenho de bens de consumo duráveis pode ser considerado promissor. É neste segmento da indústria que a recuperação segue a passos largos: desde ago/17 registra variações mensais superiores a 15% na comparação interanual (+15,6% em fev/18) e a despeito de poucos meses de queda na série com ajuste sazonal, quando cresce, cresce bem.

                          Este perfil de recuperação mais acelerada permitiu que no trimestre móvel findo em fevereiro de 2018 os bens de consumo duráveis retomassem o nível de produção do trimestre findo em maio de 2015, depois de ter atingido sua pior marca em abril de 2016. Cabe observar, contudo, que esse padrão de reação é equivalente ao padrão de sua crise, que também foi rápida e intensa. Por ora, o segmento ainda registra uma perda de produção de 19%, livre de efeito sazonal, se compararmos o trimestre dez/17-fev/18 com o último trimestre de 2013, isto é, antes da crise industrial se revelar.

                          A evolução da média móvel trimestral dos dados com ajuste sazonal possibilita ainda a identificação de outros três perfis de recuperação, caracterizando cada um dos demais macrossetores industriais.

                          Bens de capital, que também vêm se destacando positivamente, mostram uma recuperação forte, porém concentrada em alguns períodos, como entre os trimestres findos em mar/16 e jul/16 e em mar/17 e ago/17. Em outros termos, não chega a ser um processo contínuo. Desde setembro do ano passado, a melhora adicional tem sido muito discreta, chegando em fev/18 a um nível de produção semelhante ao do trimestre findo em jul/15. Ainda assim, está 29% abaixo daquele do quarto trimestre de 2013.

                          Bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários, por sua vez, têm natureza menos cíclica em função da essencialidade de muitos de seus bens, sobretudo alimentos no primeiro caso, e da diversidade de seus mercados, como no segundo caso que produz insumos para um amplo conjunto de atividades. Por isso, foram macrossetores que registraram perdas menores ao longo da crise.

                          Agora, na atual fase de retorno ao crescimento, o perfil apresentado por bens intermediários é de uma recuperação moderada, porém persistente. No trimestre findo em fevereiro de 2018, a sua produção retomou níveis do trimestre findo em nov/15, mas permanece 10% abaixo do patamar do último trimestre de 2013. 

                          Já o perfil de reação dos bens de consumo semi e não duráveis além de modesto mostra-se bastante oscilante. Com isso, seu nível de produção no trimestre findo em fev/18 retomou apenas àquele de mar/16, encontrando-se 7% abaixo do patamar pré-crise referente a out-dez/2013.

                          Segundo dados do IBGE, a indústria brasileira registrou avanço de 0,2% em fevereiro em relação ao mês anterior, na série com dados dessazonalizados, após recuo de 2,2% em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2017, houve aumento da produção industrial de 2,8%. No acumulado do primeiro bimestre de 2018, a indústria brasileira acumulou alta de 4,3%. No acumulado dos últimos 12 meses frente a igual período imediatamente anterior, a produção industrial assinalou variação de 3,0% em fevereiro de 2018. 

                          Categorias de Uso. Na comparação com o mês imediatamente anterior na série com ajuste sazonal, a produção de bens de consumo duráveis registrou o maior avanço dentre as grandes categorias econômicas (1,7%), após recuar 5,8% no mês anterior. Os bens de capital também assinalaram crescimento (0,1%). Por outro lado, os bens intermediários (-0,7%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,6%) assinalaram os resultados negativos nesse mês.

                          Na comparação mensal (mês/mesmo mês do ano anterior), todas as categorias de uso obtiveram desempenho positivo em fevereiro. Nessa comparação, bens de consumo duráveis (15,6%) e bens de capital (7,8%) assinalaram, em fevereiro de 2018, os maiores avanços em relação a fevereiro de 2017. Bens de consumo semi e não-duráveis (1,6%) e bens intermediários (1,5%) tiveram crescimento abaixo da magnitude observada na média nacional (2,8%).

                          No acumulado dos primeiros dois meses de 2018, todas as categorias registraram alta, com destaque para bens de consumo duráveis (17,9%) e bens de capital (12,6%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (14,4%) e eletrodomésticos (26,5%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (22,7%), para construção (65,7%) e de uso misto (24,7%), na segunda. Os setores de bens intermediários (2,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (2,2%) também acumularam taxas positivas no ano, embora abaixo da média nacional (4,3%).

                          Setores. Em comparação a janeiro de 2018, com dados dessazonalizados, foi verificado recuo no nível de produção em 14 dos 26 ramos produtivos contemplados na pesquisa. Os maiores destaques positivos foram: perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (0,9%), produtos de metal (3,1%), produtos diversos (7,4%), couro, artigos para viagem e calçados (4,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,6%) e bebidas (1,8%). Entre as atividades que registraram queda, podemos destacar as indústrias extrativas (-5,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,1%), produtos alimentícios (-0,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%), máquinas e equipamentos (-2,7%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-11,3%), impressão e reprodução de gravações (-14,8%) e metalurgia (-1,5%).

                          Na comparação com o mesmo mês de 2017, a indústria geral apresentou avanço de 2,8% no mês de fevereiro. Os setores que mais contribuíram para esse resultado foram: veículos automotores, reboques e carrocerias (16,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (29,2%), metalurgia (8,3%), celulose, papel e produtos de papel (11,6%), bebidas (10,0%), produtos alimentícios (2,3%), produtos de madeira (19,3%), produtos de borracha e de material plástico (5,7%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (10,6%), outros produtos químicos (2,6%), máquinas e equipamentos (2,0%) e móveis (7,6%). Por outro lado, entre as oito atividades em queda, as principais influências no total da indústria vieram de indústrias extrativas (-5,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,5%) e impressão e reprodução de gravações (-17,3%).

                          No acumulado entre janeiro e fevereiro de 2018 frente ao mesmo período de 2017, 21 dos 26 setores pesquisados apresentaram crescimento na produção física com destaque para: veículos automotores, reboques e carrocerias (21,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (30,4%), metalurgia (9,2%), produtos alimentícios (3,6%), bebidas (10,0%), máquinas e equipamentos (8,0%), celulose, papel e produtos de papel (8,4%), produtos de borracha e de material plástico (5,7%), produtos de madeira (16,5%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,0%), produtos de metal (3,8%) e móveis (10,0%). Entre as cinco atividades em queda, as principais influências foram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%) e de indústrias extrativas (-2,7%).

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