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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 04/08/2015

                          Sinais “menos ruins” de uma crise muito severa

                           
                          A crise da indústria brasileira continua aguda. No primeiro semestre deste ano, segundo o IBGE, a produção industrial recuou 6,3%. Em todos os grandes setores industriais, a produção caiu fortemente no acumulado janeiro-junho de 2015: –20,0% no setor de bens de capital; –14,8% no de bens de consumo duráveis; – 6,7% no de bens de consumo semi e não–duráveis; e –3,0% no de bens intermediários.

                          Vale observar que, nos setores de bens de capital e de bens duráveis, a crise no primeiro semestre deste ano se iguala à crise vivida por esses mesmos dois setores no primeiro semestre de 2009, quando suas produções desabaram, respectivamente, 21,0% e 15,2%. Esses setores sofrem hoje com a queda dos investimentos autônomos, com a restrição de crédito, com o aumento das taxas de juros e com a queda da confiança de empresários e consumidores com relação ao desempenho econômico atual e futuro.

                          Ainda considerando os grandes setores, observa-se também que a queda da produção no segundo trimestre deste ano foi mais intensa do que no primeiro trimestre para bens de capital (–17,7% no primeiro trimestre para –22,5% no segundo), bens intermediários (–2,7% para –3,5%, na mesma ordem) e bens de consumo semi e não duráveis (–5,8% para –7,6%). No setor de bens duráveis, a produção recuou menos no segundo trimestre (–13,5%) do que no primeiro (–15,7%), mas, ainda assim, continuou caindo a uma taxa muito expressiva. Ou seja, no segundo trimestre, a produção da indústria nacional continuou caindo severamente e/ou piorou.

                          Pode-se observar, no entanto, alguns sinais positivos – “na margem” – nos dois últimos meses da pesquisa do IBGE, ou ainda, em maio e junho deste ano, na série que compara mês contra mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Esses sinais positivos aparecem nos setores de bens intermediários e, sobretudo, no de bens de consumo semi e não duráveis. No primeiro setor, a produção começou a apresentar recuos menores em maio (–0,3%) e em junho (–0,2%). No setor de bens de consumo semi e não duráveis, a produção avançou em maio (1,2%) e em junho (1,7%).

                          O setor de bens intermediários é o de maior peso na indústria brasileira e representa as compras internas da indústria. Esse arrefecimento da retração de sua produção em maio e junho pode indicar uma acomodação da crise industrial atual. Do mesmo modo, o crescimento da produção de bens de consumo semi e não duráveis pode significar que os ramos industriais cuja produção está mais ligada a bens-salário iniciaram uma retomada de suas atividades, ainda que para recomposição de estoques. O fato é que é muito cedo para enxergar alguma reação mais consistente da produção industrial. O terceiro trimestre será, muito provavelmente, negativo para a indústria nacional. No quarto trimestre, sobretudo por conta das exportações – e mesmo por um efeito estatístico (o quarto trimestre de 2014 foi bastante negativo) –, poderá haver alguma melhora nos resultados da produção industrial. 2015 será um dos piores anos da indústria brasileira, mais grave do que a crise registrada em 2009, pois suas causas são de outra natureza e, por isso mesmo, tenderá a se alongar no tempo.
                             

                           
                          Segundo dados divulgados pelo IBGE, a produção industrial de junho registrou variação de –0,3% frente a maio na série livre de influências sazonais. Na comparação com junho de 2014 a indústria assinalou queda de 3,2%. Assim, a indústria acumulou decréscimo de 6,3% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2014. O indicador acumulado dos últimos doze meses frente a igual período imediatamente anterior apresentou variação negativa de 5,0%.

                          Entre as categorias de uso na comparação com o mês imediatamente anterior, duas categorias de uso assinalaram queda na produção industrial: bens intermediários (–0,2%) e bens de capital (–3,3%). O setor de bens de consumo apresentou estabilidade, resultante de uma queda de 10,7% em bens de consumo duráveis, mas um crescimento de 1,7% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

                          Na comparação com igual mês do ano anterior, todas categorias apresentaram taxas negativas: bens de capital (–17,2%), bens de consumo duráveis (–2,4%), bens de consumo semi e não–duráveis (–2,4%) e bens intermediários (–1,6%).

                          No acumulado do ano, bens de capital (–20,0%), bens de consumo duráveis (–14,8%) e bens de consumo semi e não–duráveis (–6,7%) foram as categorias com maior queda na produção, enquanto o segmento de bens intermediários (–3,0%) teve recuo inferior a média nacional (–6,2%).

                          Setorialmente, a queda de 0,3% da indústria entre maio e junho foi resultado do recuo de 15 dos 24 ramos pesquisados, com destaque para máquinas e equipamentos (–7,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (–12,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (–2,8%). Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–6,3%), de metalurgia (–2,2%), de produtos diversos (–7,2%), de produtos de borracha e de material plástico (–1,9%), de produtos de minerais não–metálicos (–1,4%) e de móveis (–3,8%). Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 3,0%, eliminando assim parte da perda de 3,3% acumulada nos meses de abril e maio últimos. Vale citar também os impactos positivos vindos dos setores de bebidas (3,6%), de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,8%), de celulose, papel e produtos de papel (1,7%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).

                           

                           
                          Na comparação com junho de 2014, a produção industrial mostrou queda de 3,2%, influenciada pelo recuo da produção de 19 dos 26 ramos pesquisados. Vale citar que junho de 2015 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20). Entre as atividades, as de veículos automotores, reboques e carrocerias (–10,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (–6,4%) e de máquinas e equipamentos (–14,2%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de metalurgia (–7,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (–17,1%), de produtos alimentícios (–2,1%), de produtos de metal (–6,8%), de produtos de borracha e de material plástico (–4,8%), de produtos têxteis (–9,7%), de bebidas (–4,2%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (–4,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–4,3%). Por outro lado, ainda na comparação com junho de 2014, entre as sete atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (8,1%). Vale destacar também as contribuições positivas vindas de outros equipamentos de transportes (15,8%), de celulose, papel e produtos de papel (4,5%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%).

                          No índice acumulado para o fechamento do primeiro semestre de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,3%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 67 dos 79 grupos e 70,1% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (–20,7%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (–27,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (–6,3%), de máquinas e equipamentos (–11,3%), de produtos alimentícios (–3,4%), de metalurgia (–7,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (–15,8%), de produtos de metal (–8,8%), de bebidas (–7,0%), de produtos de borracha e de material plástico (–6,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (–10,2%), de produtos de minerais não–metálicos (–5,2%), de outros produtos químicos (–3,0%), de produtos têxteis (–8,9%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–5,4%).. Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (9,4%).

                           

                           

                           

                           

                           

                           

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