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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 29/05/2013

                          Mais dúvidas do que certezas

                           
                          Muito embora tenha sido apurado crescimento econômico no primeiro trimestre desse ano – um crescimento fraco de 0,6% ou o correspondente a 2,5% em base anual -, os resultados do PIB brasileiro divulgados pelo IBGE suscitam muito mais dúvidas do que certezas.

                          Pelo lado da demanda, o destaque foi o forte avanço da Formação Bruta de Capital Fixo (4,6%), um resultado desejado, mas que pode estar refletindo, em boa medida, a retomada nos investimentos em veículos e consequente aumento da produção de caminhões no início deste ano. Como se recorda, esses investimentos haviam sido interrompidos em 2012. Como esse episódio não se repetirá nos próximos trimestres, não se sabe ao certo se os investimentos conseguirão manter o ritmo vigoroso de crescimento.

                          Em segundo lugar, observa-se que o consumo das famílias, o qual crescera a uma taxa média de 1,0% ao trimestre durante 2012, assinalou aumento de somente 0,1% no primeiro trimestre deste ano relativamente ao trimestre anterior. A indagação que se coloca aqui é: será que a evolução do primeiro trimestre serve de indicação de que um novo padrão de crescimento do consumo inferior ao de 2012 está se instalando? Ou ainda, será que o consumo das famílias, que até há pouco tempo constituía-se em pilar do crescimento da economia, sobretudo ao puxar as atividades do setor de serviços e comércio, entrou em mais baixa trajetória de crescimento? A acomodação das variáveis do mercado de trabalho e a menor expansão do crédito, aliados ao maior nível de preços, podem explicar essa mudança de patamar de evolução do consumo das famílias.

                          Em terceiro lugar, do ponto de vista do setor externo, também havia um padrão: exportações e importações caminhavam no mesmo sentido, ainda que as importações crescessem a taxas superiores, absorvendo fatias do mercado interno detidas pela produção doméstica. Os dados do primeiro trimestre registram que as importações aumentaram 6,3% e as exportações caíram 6,4%, revelando que além de perder mercado interno, a produção nacional perde mercados no exterior. Mudou o perfil do setor externo brasileiro? E será que esses números não estão indicando, de modo mais nítido, que o câmbio está fora do lugar?

                          Pelo lado da oferta, o destaque está no crescimento de 0,3% do valor agregado da indústria de transformação no primeiro trimestre deste ano. Ainda que positivo, esse fraco desempenho manufatureiro ainda não assegura um desempenho mais robusto para a indústria em 2013. Ou melhor, ele nem mesmo garante que a indústria brasileira entrou num processo de recuperação consistente de suas atividades, que ainda continuam, em termos de produção, abaixo dos patamares do terceiro trimestre de 2008.

                          Ao lado do frágil desempenho da indústria de transformação, os resultados ruins dos demais segmentos do agregado industrial das contas nacionais colocam em dúvida o crescimento do PIB industrial em 2013. A indústria extrativa recuou 2,1%, algo que reflete o mau momento dos minerais metálicos (notadamente ferro) devido ao contexto adverso externo e à desaceleração do crescimento da China. A perspectiva para esse segmento não é a mais favorável; o que poderá melhorar seus resultados é o desempenho do setor de produção e refino de petróleo. Quanto à construção, o recuo de 0,1% está de acordo com o ciclo do setor, que cresceu a taxas elevadas anos atrás e começou no ano passado a reverteu o processo. Até quando durará esse movimento de baixa da construção ainda não pode ser antecipado.
                            

                           
                          Segundo dados divulgados pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu no primeiro trimestre de 2013 R$1,1 trilhão a preços de mercado. O índice trimestral com ajuste sazonal assinalou, frente ao trimestre imediatamente anterior com ajuste sazonal, um incremento de 0,6%. Frente ao primeiro trimestre de 2012, o PIB brasileiro cresceu 1,9%. No acumulado do de quatro trimestres, o PIB avançou 1,2%.

                          Ótica da Oferta. Na comparação com o quarto trimestre de 2012 com dados livres dos efeitos da sazonalidade, a atividade de Serviços cresceu 0,5% no volume do valor adicionado. Na Indústria, a variação foi negativa (–0,3%), e, na Agropecuária, de 9,7%.

                          Em relação ao primeiro trimestre de 2012, a Agropecuária cresceu 17%. Entre os produtos com safras significativas no trimestre e que registraram crescimento estão soja (23,3%), milho (9,1%), fumo (5,7%) e arroz (5,1%). A Indústria recuou 1,4%, com queda de 0,7% da Indústria de Transformação. Nas demais atividades industriais, houve crescimento no segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,6%); construção civil apresentou variação negativa (–1,3%), assim com o a indústria extrativa (–6,6%), afetada pela queda na produção de petróleo. O valor adicionado dos Serviços subiu 1,9%, impulsionada pelas atividades de: Outros serviços (2,6%), Serviços de informação (2,5%) e Administração, saúde e educação pública (2,2%), Serviços imobiliários e aluguel (1,9%) e comércio (1,2%).

                          O PIB acumulado nos últimos quatro trimestres encerrados no primeiro trimestre deste ano apresentou crescimento de 1,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O resultado dentre os setores da oferta foi: Agropecuária (3,9%), Indústria (–1,2%) e Serviços (1,7%).

                           

                           
                          Ótica da Demanda. Na passagem do quarto trimestre de 2012 para o primeiro trimestre de 2013, com dados dessazonalizados, despesa de Consumo da Administração Pública e a despesa de Consumo das Famílias mantiveram-se praticamente estáveis, variações de 0% e 0,1%, respectivamente. Já Formação Bruta de Capital Fixo teve alta de 4,6%. Em relação ao setor externo, as importações de bens e serviços cresceram 6,3%, enquanto as exportações recuaram 6,4%.

                          Na comparação com o período que englobou os meses de janeiro a março de 2012, a despesa de consumo da administração pública apresentou crescimento de 1,6% no primeiro trimestre deste ano. A Formação Bruta de Capital Fixo registrou aumento de 3,0% nessa mesma comparação. Pelo lado da demanda externa, as exportações caíram 5,7%, enquanto as importações de bens e serviços aumentaram 7,4%.

                          No acumulado dos quatro últimos trimestres terminados no primeiro trimestre de 2013, o consumo do governo e de famílias cresceram 2,8% e 3,0%, nessa ordem. A Formação Bruta de Capital Fixo, também registrou queda (–2,8%) nessa comparação. Em relação ao setor externo, as exportações apresentaram queda de 2,3% e as importações, amento de 1,6%.

                          Participação no PIB. Pela ótica da oferta, entre o quarto trimestre de 2012 e o primeiro trimestre de 2013, destaca-se a Agropecuária, que partiu de uma participação de 3,3% e chegando a 5,4%. O setor de Serviços, por sua vez, reduziu sua participação de 59,4% para 58,6%. O setor industrial, decresceu 1,7 p.p. ,obtendo participação de 20,7%. Já na ótica da demanda, o maior destaque no 1º trimestre é Consumo de famílias que obteve alta de 3,4 p.p. em relação ao PIB.

                           

                           

                           

                           

                           

                           

                           

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

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