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                          IEDI na Imprensa - É Essencial Fazer o Ajuste Macro, Mas Não É Suficiente

                          Publicado em: 23/12/2014

                          É Essencial Fazer o Ajuste Macro, Mas Não É Suficiente
                          Valor Econômico - 23/12/2014

                          Flavia Lima e Graziella Valenti

                          Josué Alencar, presidente e dono da Coteminas, crê que o Brasil de 2015 pode se beneficiar de uma nova equipe econômica que demonstrou consciência da situação macroeconômica. Em sua avaliação, o pessimismo também pode ajudar, pois abre espaço para surpresa positiva, o que costuma trazer ânimo aos negócios.

                          Porém, mesmo cuidadoso com as palavras pela vocação política, o filho do ex-vice-presidente José Alencar e candidato ao Senado por Minas Gerais, pelo PMDB, na última eleição é categórico ao falar sobre a recuperação da produtividade e da competitividade da indústria brasileira: "O ajuste macroeconômico, tanto nas contas fiscais como na inflação, é condição necessária, mas não acho que seja condição suficiente". No começo de dezembro, o empresário falou ao Valor sobre os desafios para indústria em 2015.

                          Valor: A indústria deve perder algo com a necessidade de o setor público fazer o superávit primário? Especialmente com a mudança sinalizada sobre o papel do BNDES?

                          Josué Alencar: Em outubro, estive num congresso da indústria têxtil, da ITMF (Federação Internacional dos Têxteis Manufaturados), e lá ouvi um economista local preocupado com o fenômeno da renda média na China. Ele apontou, então, que uma das maneiras para se evitar que o país se torne refém disso é justamente através do setor industrial - mantendo a competitividade, fazendo crescer a economia, os empregos e a renda. Eu acho que o Brasil, da mesma maneira, precisa cuidar da competitividade da indústria para que a gente não corra o risco dessa mesma armadilha. A indústria brasileira é o principal motor para isso. Eu não tenho dúvida que essa equipe econômica vai cuidar de melhorar a competitividade da economia brasileira como um todo. O ajuste macroeconômico, tanto das contas fiscais como inflação, é condição necessária, mas não acho que seja condição suficiente. Todos os novos membros mencionam, por exemplo, investimento na infraestrutura e educação, fatores essenciais para a produtividade da economia. Armando Monteiro, indicado para o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC), fala em simplificação. Algo absolutamente essencial para melhorar a produtividade da economia e a competitividade da indústria. Seja no campo tributário ou em diversos outros, como na parte de autorizações e alvarás.

                          Valor: A indústria ainda precisa do BNDES?

                          Alencar: O Iedi [Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial] já fez um trabalho sobre o financiamento de longo prazo no Brasil, para que ele viesse do mercado. A Febraban participou. Mas nem todas as condições propostas ali foram alcançadas. Então, o papel do BNDES, como financiador de longo prazo seja para indústria, para agricultura ou qualquer setor, é imprescindível. Mas não pode nem deve estar sozinho. Na medida em que a economia cresce, é impossível que o BNDES seja o único. Agora, isso tem um rito de passagem. Não se pode acabar com um instituição de uma hora para outra - e nem estamos falando de acabar, mas de diminuir. O BNDES precisa fazer esse financiamento em conjunto com o mercado, o que demanda muitas ações. Todos queremos isso.

                          Valor: O que pode ser feito no curto prazo para a retomada da competitividade da indústria?

                          Alencar: A parte da simplificação é bastante factível. É óbvio que infraestrutura demanda prazo. Educação também é para médio e longo prazo. Talvez a simplificação, em vários campos, seja mais fácil. O Iedi defende a reanálise da estrutura tarifária brasileira. Talvez seja o que surta efeito no curto prazo. O Armando [Monteiro] destacou isso, quando foi apontado para o MDIC.

                          Valor: E a questão cambial, algo que a Coteminas viveu na pele como exportadora, como o senhor vê o tema na atual conjuntura do país?

                          Alencar: Isso aí é regra do Wolfgang Sauer, ex-presidente da Volkswagen do Brasil [de 1973 a 1993]. Segundo o Delfim [Neto, ex-ministro da economia e do planejamento], a regra de Sauer dizia que, não importava onde estivesse, a taxa do câmbio estaria sempre 30% sobrevalorizada. Brinco, mas é complicado. O que vale é o câmbio real. De nada adiantam sucessivas desvalorizações nominais, se forem acompanhadas de inflação, que corrói esse ganho. E também não é só câmbio. Câmbio e juros precisam estar no lugar certo para que a economia como um todo funcione a contento. Mas é difícil falar onde é o câmbio certo. Penso que R$ 2,60, com a inflação sob controle, é bastante expressivo diante do que chegou a ser - abaixo até de R$ 1,60. É um patamar importante. Mas o mais importante é que ele se mantenha real.

                          Valor: A inserção internacional, com uma abertura comercial mais ampla, não poderia acabar prejudicando algumas indústrias, como a têxtil, por exemplo?

                          Alencar: A indústria têxtil em nenhum momento pediu proteção. Pediu condição isonômica. A indústria têxtil sempre viveu da competição. Sempre foi aberta e tira proveito dessas cadeias internacionais de valor. Precisamos nos integrar mais ao mundo. Dentre as questões que atrapalham está o cipoal tributário, muito oneroso à produção. Houve desoneração sobre produção, sobre investimento e até sobre trabalho, mas só em alguns setores. A gente precisa das condições isonômicas. Não se pode expor a indústria à competição internacional sem isso.

                          Valor: O que espera para 2015 e qual o grande desafio da indústria?

                          Alencar: O cenário de 2015, como a gente, começa mais realista, traz uma possibilidade de talvez até superar as expectativas. O ruim é quando começamos com expectativas altas e temos que andar para trás e dá aquele desânimo. Todo mundo este ano está comedido. É melhor surpreender positivamente do que andar para trás. Esse negócio de fazer prognóstico é coisa perigosa. Dizem que os economistas inteligentes ou fazem previsão ou dão prazo. As duas coisas ao mesmo tempo é impossível. Não me aventuro.

                          Valor: A alta do juros é desanimadora ou faz parte do ajuste e é compressível?

                          Alencar: Óbvio que na falta de uma política fiscal mais austera, menos expansionista, o trabalho de trazer a inflação ao centro da meta fica todo nos ombros da política monetária. Acho que a equipe econômica sabe que é necessário um equilíbrio. Todos esperamos que não recaia mais só sobre a política monetária. Até agora, me parece que é uma decisão de governo compartilhar essa responsabilidade. Na medida que a política fiscal for colocada em prática, daremos oportunidade ao Banco Central de baixar os juros.

                          Valor: O quão importante foram as desonerações setoriais? A indústria está pronta para revertê-las?

                          Alencar: Existem as mais gerais, que beneficiam a sociedade, e as mais específicas. Eu tendo a preferir as medidas horizontais. Sou favorável a desonerações sobre trabalho, investimento e produção. Mas tivemos em algum momento reduções para beneficiar o consumo. Em determinadas circunstâncias, podem ser até recomendadas, mas devem ser o máximo possível passageiras.

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