IEDI na Imprensa - VAIVÉM
Publicado em: 25/11/2010
VAIVÉM
Folha de São Paulo - 25/01/2011
Exportações e política do governo devem dar suporte aos preços do arroz
MAURO ZAFALON*
Terminado o plantio de arroz, a estimativa é de boa safra. Mesmo assim, os produtores brasileiros esperam bons preços no próximo ano devido à demanda externa e à oferta menor de produto em tradicionais países exportadores.
A avaliação é de Maurício Fischer, presidente do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz). Os preços já começam a reagir, segundo ele. A saca é negociada entre R$ 26 e R$ 29, dependendo da região e da qualidade do produto.
Mesmo a esses valores, o preço atual não cobre os custos de produção, que estão em R$ 29 por saca. Já superam, no entanto, o patamar mínimo estabelecido pelo governo de R$ 25,80 por saca, segundo ele.
O presidente do Irga atribui essa pequena recuperação dos preços à política de comercialização do governo, que realizou um leilão PEP (Prêmio para Escoamento do Produto) de 125 mil toneladas -89% foram comercializados- e deve realizar outro na primeira semana do próximo mês.
Com os preços internos atuais e o dólar a R$ 1,72, Fischer diz que o produto brasileiro já é competitivo em algumas regiões externas.
O produto do Uruguai e da Argentina também encontra preços favoráveis fora do Mercosul, o que deve enxugar um pouco mais o mercado brasileiro, dando suporte aos preços, segundo o presidente do Irga.
As exportações brasileiras, previstas pela Conab em 400 mil toneladas nesta safra, já foram superadas, enquanto as importações deverão somar 1 milhão de toneladas.
Acima O setor de máquinas agrícolas, que representa 9,4% da indústria de máquinas, obteve faturamento 26,5% maior até outubro do que o de igual período de 2009.
Abaixo O desempenho deste ano, no entanto, registra queda de 18% em relação ao de igual período de 2008. Os dados são da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
Sobe As exportações de couro somaram US$ 1,44 bilhão até outubro, 58% acima das de igual período do ano passado.
Cai Em relação ao bom ano de 2008, as vendas externas do setor registraram queda de 14%, segundo o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil).
Intensidade A elevação dos preços das commodities agrícolas tem sido generalizada e alarmante por sua intensidade, diz o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
Comercialização menor derruba preço do algodão
A comercialização de algodão em pluma para pronta entrega diminuiu e os produtores aguardam definições nas cotações externas.
Já os compradores também esperam definições no mercado externo antes de efetuar negócios.
A avaliação é do Cepea, que registrou R$ 2,73 por bushel ontem para o algodão em pluma no mercado interno.
Em Nova York, notícias de quebra de 6% na safra chinesa, principal consumidor mundial, provocaram alta de 5,6% nos preços. Na terça, o algodão havia caído 7,2% no mercado nova-iorquino.
* Com KARLA DOMINGUES