IEDI na Imprensa - No Ano, Crescimento do Setor Já Acumula Alta de 5,9%
No Ano, Crescimento do Setor Já Acumula Alta de 5,9%
Gazeta Mercantil - 06/12/2007
Excepcionalmente bons. Na avaliação do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), mesmo "suavizando" os últimos resultados, calculando a média do último trimestre (agosto a outubro), o crescimento da indústria na série com ajuste sazonal seria de 1,2% e a evolução na comparação com o mesmo período do ano anterior subiria a 7,5%.
"Note-se que esse resultado aproxima bastante o padrão de crescimento da indústria brasileira no último trimestre com o padrão referente ao ano de 2004, quando a variação chegou a 8,3%. Houve, portanto, uma notória aceleração da produção da indústria no mês de outubro", dizem os economistas do instituto.
O crescimento acumulado, correspondente ao período de janeiro a outubro, já indica um crescimento superior, de 5,9%. "É cedo para se dizer que esse é um novo número de referência para o crescimento industrial neste ano, mas, segundo a sinalização de outros indicadores (expansão do crédito, aumento de importações), é provável que assim seja.
"É sempre bom salientar que o crescimento maior em bens de capital resolve dinamicamente um problema, qual seja, o do estreitamento das margens de capacidade não utilizada da indústria, evitando pressões inflacionárias."
Do ponto de vista dos segmentos principais da economia, continua o Iedi, a aceleração já salientada para a indústria global encontra maior expressividade no setor de bens de capital. Relativamente ao mesmo período do ano passado, a variação de sua produção no trimestre encerrado em outubro último foi de 22,7%. "Note-se que o crescimento acumulado nesse ano foi menor, 18,8%, o que é um indicador de que nesse segmento a produção cresce a um ritmo mais acentuado."
Proporcionalmente ainda maior é a mudança de ritmo na produção de bens duráveis. O aumento acumulado no ano de 8,7%, é muito inferior à expansão de 14,8% da produção do trimestre encerrado em outubro último.
Em menor escala, mas também registrando estimulo maior de produção nos últimos meses estão bens intermediários, com taxas de 4,7% no acumulado do ano e 5,5% nos últimos três meses, e bens semiduráveis e não-duráveis, com taxas, respectivamente, de 3,4% e 4,1%.