IEDI na Imprensa - Indústria é o Setor Mais Dinâmico da Economia, diz IEDI
Indústria é o Setor Mais Dinâmico da Economia, diz IEDI
Folha de São Paulo - 23/12/2007
Guilherme Barros
Mercado Aberto
Apesar de o peso da indústria ter caído no PIB brasileiro, ela ainda é o setor de maior dinamismo e que mais influencia o desempenho da economia. Os outros setores, como serviços e agroindústria, não têm o mesmo poder de influência.
A conclusão consta de estudo do Iedi intitulado "Indústria: um jogo a ser jogado", que será divulgado nos próximos dias. De acordo com o trabalho, se o crescimento do PIB deve ficar neste ano na faixa de 5,5%, esse comportamento se deve principalmente ao desempenho da indústria, cuja expansão é estimada em 6%.
"A indústria é o setor que mais puxa para cima os outros setores, inclusive ela própria", diz o economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Iedi e ex-secretário de Política Econômica da Fazenda.
A mudança feita recentemente pelo IBGE no cálculo do PIB fez cair o peso da indústria. Em 2005, pela série antiga, a indústria respondia por 37,9% do PIB, e, pela nova, o setor passou a representar 30,3%. Já serviços aumentou seu peso no PIB de 54,1% para 64%, e agropecuária caiu de 8% para 5,6%.
Apesar dessa queda, a indústria, segundo o Iedi, continua sendo, entre os três grandes setores da economia, a maior responsável pelo consumo de bens e serviços intermediários, isto é, os bens e serviços utilizados como insumo no processo de produção.
Em 2005, pela série nova do IBGE, a indústria respondeu por 60,8% do consumo intermediário total. Já o setor de serviços foi responsável por 34,6% do consumo intermediário, e agropecuária, por apenas 4,6%.
Entre as divisões que compõem a indústria, a área que mais demandou bens e serviços intermediários foi a indústria de transformação. Pela série nova do IBGE, a indústria de transformação demandou quase a metade (49,3%) de todo o consumo intermediário.
"Se o Brasil quiser crescer, o melhor a fazer é caprichar no crescimento da indústria de transformação", diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida.
O economista cita o exemplo da China e da Índia. Se esses dois países crescem muito, é porque a indústria está em franca expansão.